Antonio Cândido

Encontrados 11 pensamentos de Antonio Cândido

Temos que entender que tempo não é dinheiro. Essa é uma brutalidade que o capitalismo faz como se o capitalismo fosse o senhor do tempo. Tempo não é dinheiro. Tempo é o tecido da nossa vida.

Antonio Cândido
Glass, Verena. Antonio Candido inaugura biblioteca do MST e fala da força da instrução. Portal Carta Maior, 8 ago. 2006.
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Ler infatigavelmente o texto analisado é a regra de ouro do analista.

Antonio Cândido
Na sala de aula. São Paulo: Ática, 1999.

Entendo aqui por humanização o processo que confirma no homem aqueles traços que reputamos essenciais como o exercício da reflexão, a aquisição de saber, a boa disposição para com o próximo, o afinamento das emoções, a capacidade de penetrar nos problemas da vida, o senso da beleza, a percepção da complexidade do mundo e do cultivo do humor. A literatura desenvolve em nós a cota de humanidade na medida em que nos torna mais compreensivos e abertos para a natureza, a sociedade e o semelhante.

Antonio Cândido
Direitos humanos e literatura. In: Fester ACR (org.) Direitos humanos e ... . São Paulo: Brasiliense; 1989.
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Inserida por TiagoDiasJC

Acho que uma das coisas mais sinistras da história da civilização ocidental é o famoso dito atribuído a Benjamim Franklin, "tempo é dinheiro". Isso é uma monstruosidade. Tempo não é dinheiro. Tempo é o tecido da nossa vida, é esse minuto que está passando. Daqui a 10 minutos eu estou mais velho, daqui a 20 minutos eu estou mais próximo da morte. Portanto, eu tenho direito a esse tempo. Esse tempo pertence a meus afetos. É para amar a mulher que escolhi, para ser amado por ela. Para conviver com meus amigos, para ler Machado de Assis. Isso é o tempo. E justamente a luta pela instrução do trabalhador é a luta pela conquista do tempo como universo de realização própria. A luta pela justiça social começa por uma reivindicação do tempo: "eu quero aproveitar o meu tempo de forma que eu me humanize". As bibliotecas, os livros, são uma grande necessidade de nossa vida humanizada.

Antonio Cândido
Glass, Verena. Antonio Candido inaugura biblioteca do MST e fala da força da instrução. Portal Carta Maior, 8 ago. 2006.
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Não há povo e não há homem que possa viver sem ela [a literatura], isto é, sem a possibilidade de entrar em contato com alguma espécie de fabulação. Assim como todos sonham todas as noites, ninguém é capaz de passar as vinte e quatro horas do dia sem alguns momentos de entrega ao universo fabulado.

Antonio Cândido
Vários escritos. São Paulo: Todavia, 2023.

Nota: Trecho do ensaio O direito à literatura.

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Inserida por pensador

A literatura corresponde a uma necessidade universal que deve ser satisfeita sob pena de mutilar a personalidade, porque pelo fato de dar forma aos sentimentos e à visão do mundo ela nos organiza, nos liberta do caos e portanto nos humaniza. Negar a fruição da literatura é mutilar a nossa humanidade.

Antonio Cândido
Vários escritos. São Paulo: Todavia, 2023.

Nota: Trecho do ensaio O direito à literatura.

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Inserida por pensador

O amor pelo livro nos refina e nos liberta de muitas servidões.

Antonio Cândido
Glass, Verena. Antonio Candido inaugura biblioteca do MST e fala da força da instrução. Portal Carta Maior, 8 ago. 2006.
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Dado que a literatura, como a vida, ensina na medida em que atua com toda a sua gama, é artificial querer que ela funcione como os manuais de virtude e boa conduta.

Antonio Cândido
Textos de intervenção. São Paulo: Duas Cidades/ Editora 34, 2002.
Inserida por pensador

Uma sociedade justa pressupõe o respeito dos direitos humanos, e a fruição da arte e da literatura em todas as modalidades e em todos os níveis é um direito inalienável.

Antonio Cândido
Vários escritos. São Paulo: Todavia, 2023.

Nota: Trecho do ensaio O direito à literatura.

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Inserida por pensador

Quero dizer que as camadas profundas da nossa personalidade podem sofrer um bombardeio poderoso das obras que lemos e que atuam de maneira que não podemos avaliar.

Antonio Cândido
Textos de intervenção. São Paulo: Duas Cidades/ Editora 34, 2002.
Inserida por pensador

⁠A luta pela justiça social começa por uma reivindicação do tempo: "eu quero aproveitar o meu tempo de forma que eu me humanize".

Antonio Cândido
Glass, Verena. Antonio Candido inaugura biblioteca do MST e fala da força da instrução. Portal Carta Maior, 8 ago. 2006.
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Inserida por pensador