Andrea Ramal
Temas como educação para a saúde, educação para a paz, para a sustentabilidade do planeta, para o respeito às diferenças não podem mais estar ausentes do currículo das escolas.
A sala de aula é um ambiente de comunicação, no qual pessoas com diferentes interesses e afinidades se encontram para aprender umas com as outras.
Se com a internet mudaram as práticas sociais e as formas de pensar, precisam mudar também as formas de aprender.
Um educador não é só expositor de conteúdos: ele desperta a paixão pelo saber e nos faz pensar, para além da escola, nas motivações para nossa vida.
Educador é quem prepara para a vida e assume a ética como programa, formando pessoas justas, solidárias, honestas e equilibradas.
As provas escolares deveriam ser encaradas com mais naturalidade: elas não são uma punição, e sim um diagnóstico.
A hora de fazer prova não pode ser um bicho de sete cabeças: ela é simplesmente o momento de checar quanto rendeu o estudo, se o aluno desenvolveu as competências esperadas e se pode prosseguir avançando.
A criança deveria ser estimulada a se auto-avaliar na escola: isso a tira do comodismo e favorece o autoconhecimento e a superação dos próprios limites.
O conceito de educação inclusiva se afina com a ideia de uma sociedade capaz de incluir a todas as pessoas.
O objetivo da educação inclusiva não é tornar todas as crianças iguais, e sim respeitar e valorizar as diferenças.
Colocar uma criança com deficiência na escola regular e não atendê-la adequadamente é fazer uma “inclusão excludente”: reforça a visão de que a criança é incapaz, acaba sendo uma forma de retardar o fracasso e torná-lo ainda mais doloroso e definitivo.
A inclusão e o diálogo podem ser aprendidos, mas só as escolas que sabem incorporá-los na prática são capazes de ensiná-los.
A escola é um laboratório do mundo: nela, a criança pode aprender a reproduzir a sociedade ou a transformá-la.
O professor não é mais um transmissor de conteúdos, e sim um orientador da aprendizagem: está mais próximo do aluno e o estimula a pesquisar e compartilhar o conhecimento com iniciativa e autonomia.
As crianças têm mais chances de gostar de ler quanto mais prazerosas forem as primeiras experiências com leitura.
A questão para os pais e mães de hoje é: que tipo de jovem você deseja formar: uma pessoa que viva plugada como um autômato num monitor, individualista e consumista, ou um agente de transformação da sociedade, que coloque a tecnologia a serviço da mudança das estruturas injustas?
Hoje os pais precisam ajudar os filhos a lidar com a internet, para que eles não se tornem consumidores passivos de produtos e valores enlatados da web.