Andre Saut
Combater o mal com o bem vai demorar muito. Melhor é, pela educação, constranger o mal ensinando o bem.
Em uma pequena vila, entre o céu, a terra e um riacho, morava um jardineiro que plantava árvores. Árvores que davam frutas, árvores que davam sombras, árvores que davam madeiras e até uma ou outra que não davam nada, mas eram lindas árvores. Regavas e podava seus galhos para que crescessem forte, e dessem belas frutas e sombra às margens do riacho. Centenas de passarinhos passavam por ali, deliciando-se a sombras das árvores, construindo ninhos e comendo as frutinhas, e com certeiros rasantes, bebiam a água fresquinha que corria pelo riacho. E assim o jardineiro deixou passar dezenas de primaveras, outonos, invernos e verões, sempre cuidando de suas árvores do mesmo jeito. Um dia então, ouviu uma voz diferente, um canto diferente, olhou e era um passarinho, era igual a todos, mas parecia diferente, olhava o jardineiro nos olhos. O jardineiro achou estranho, mas voltou ao trabalho. Mas disfarçadamente observava o passarinho todo dia, no mesmo lugar. Um dia o jardineiro se aproximou, e ela não voou. Então ele notou que a pequena ave, que olhava nos olhos, trazia em seu bico um raminho de algum tipo de planta. Ele pegou, e plantou. A Plantinha cresceu rápido, pois era bem cuidada pelo jardineiro, e constantemente vigiada pelo passarinho, que vinha todo dia. E o jardineiro esperava ele chegar, para começar a cuidar da plantinha. O canto do passarinho era maravilhoso, uma voz suave, e um olhar tão doce quanto as pitangas do pomar. Então um dia aconteceu: a plantinha, já era um arbusto e estava carregada de flores, só então o jardineiro, que não era especialista em arbustos viu...era um bouganville, com flores violetas, era lindo, e no galho mais alto estava a passarinha. Mas estava diferente, mal cantava, já não olhava nos olhos...o jardineiro percebeu, a missão estava completa. Agora em meio a tantas árvores, tinham flores, lindas flores. O jardineiro sentiu que ela iria partir. E ela, apesar de não estar em uma gaiola, também gostava de estar ali pertinho do jardineiro, mas ela era um passarinho, tinha de voar e espalhar as flores pelos lugares que não tinham... Então ela olhou o jardineiro nos olhos pela última vez despedindo-se sorriu, e ela voou...
e ele pensou no coração: Seja feliz minha adorada amiga...
As joias mais preciosas que existem são encontradas em lugares simples, como numa ostra, no leito de um rio, em meio ao barro, na terra e a mais bela: na sinceridade de um sorriso.
Entender não é compreender e, compreender não é perdoar. Palavras sem atitude, são só letras alinhadas, com significado, mas sem sentido.
Tenho tantas ideias que transbordam por isso aprendi a nadar no entusiasmo para não me afogar nas marolas da euforia, nem nas ondas de incredulidades.
O homem é um ser preguiçosamente criativo. Notem por exemplo a privada, como conhecemos, foi inventada em 1775, desde então sentamos, e nos acomodamos.
Quando você caminha de mãos dadas com alguém, muito mais que um passeio, é uma jornada em uma mesma direção. Onde uma mão está apoiando a outra, seja no tropeço, no cansaço ou a alcançar e ultrapassar cada percurso. Dividir o esforço para multiplicar as conquistas é um privilégio de quem tem a oportunidade de ao esticar a mão, encontrar outra para segurar e segurando não a largar mais. Andar de mãos dadas é andar bem perto, perto suficiente para muito mais do que falar, dizer. Dizer o que sente e como sente, contar o que quer e como quer. Perguntar para o outro o que ele quer também, e, se ao longo do caminho quer trocar de direção, quer parar para descansar, quer ficar quietinho sem pensar. De mãos dadas você saberá que não está só porque pode sentir no calor das mãos, as batidas do coração de quem escolheu caminhar ao teu lado.
Você pode prever onde o sol nasce e onde ele se põe, mas não pode prever o espetáculo de cores e luzes que ele apresentará durante estes dois momentos. O ser humano, do mesmo modo, ao nascer traz brilho para todos a sua volta, e o que esperamos é se como o sol, trará calor para germinar as sementes que plantará durante a sua vida, iluminando o caminho dos que vivem ao seu redor, para que no dia em que feliz e realizado sumir por traz da montanha de uma vida maravilhosa, deixe uma luz de saudade para suportarmos a escuridão da sua ausência.
Um coração vazio é como uma capela, basta você cantar com dedicação que a melodia se espalhará cobrindo cada cantinho com doces e aconchegantes notas de amor.
Um texto com muitas curvas e lombadas…
Estavam todos esperando, e eu pensei que estivesse a caminho, mas em um pensamento rápido de uma imaginação crescente, sinceramente, achei até que já tivesse ido e sem compromisso, chegado. Planejei tanto a viagem, enchi o tanque com os detalhes que queria descobrir e conhecer. Adquiri mapas, marquei as rodovias a percorrer, os restaurantes para suprir as tais “necessidades da carne”. Vibrei com a probabilidade da aventura já tendo em básica ideia, ido. Até pneus imaginados, furaram em estradas desventuradas em perdidas rotas sugeridas por um tal GPs falante: “dobra a esquerda…já passou…volta 500 metros” ……Mas num instante único que pareceram horas, voltei a realidade e, descobrindo, assim por dizer e concluir, em baixa voz, por motivos de gozações itinerantes de familiares pré dispostos a tal, que nem tinha entrado no carro e,…se não saí, pensava ter chegado onde? Então em uma conclusão única com uma ou duas provas incontestáveis onde a razão é decisiva, receba como sugestão deste confuso mas rodoviariamente percorrido texto, entre um gole ou dois de discernimento que, ter iniciativa não significa nada se em prática a ideia não for colocada com o pé firme compactuando com o pedal do acelerador. Com bem menos planejamento, sem esperar, porque, tenho certeza, que nas curvas do destino vou descobrir que poderia ter chegado vívido e amado, mas pelo excesso de sonhos, pensamentos furtivos, nem sai do lugar…então vem comigo agora e planejaremos depois. Vamos amar agora e pensar nos buracos da estrada durante a viagem a medida que eles forem aparecendo…