Andre Saut
Todos deveriam perder um tempinho para tentar resgatar o que perderam mas o importante é conservar o que conquistaram.
Eu não te esqueci! Nossa história foi linda. Só te tirei da cabeceira da cama e te coloquei na biblioteca das alegrias que vivi.
Coleciono botões de momentos costurados ao acaso sem nenhum planejamento, mas harmoniosamente compondo a felicidade e a alegria de conviver.
Lá na vila do mingau tem
só uma casinha onde moram 12 criancinhas.
Na porta da casinha tem uma cesta de sentimentos
em forma de camisetas. Tem roxo invocado,
amarelo feliz, verde emburrada, vermelho de amor,
branco carinho, marrom zangado e muito mais,
uma cesta cheia.
E todo dia quando cada criança sai pela
porta da casa da vila do mingau, coloca uma camiseta.
Às vezes até coloca duas ou três.
Coloca a camiseta e sai pelo mundo.
E você quer saber?
As camisetas funcionam assim:
A criança que sai com uma camiseta
verde, sai emburrada arrastando
uma tromba de elefante por onde passa.
Ninguém chega perto. Mas quando ela veste
uma camiseta verde emburrado com uma
amarelo feliz por cima, não fica feliz da
vida porque às vezes dá para ver o verde
emburrada por baixo, mas as pessoas vem
conversar com ela e perguntam o que ela tem,
o que ela está sentindo e tentam trocar a
camiseta de baixo. E também as vezes a
camiseta verde está por cima da uma
marrom zangada e de uma roxa invocada.
Quando está assim só uma azul da paz com uma vermelha de muito amor mesmo para resolver.
Mas também em gente no mundo cheia de camisetas
azuis da paz, elas distribuem para os zangados
e carrancudos e eles ficam azuizinhos, tranquilos
e até podem vestir uma amarela feliz, se quiserem é claro.
É verdade meus amiguinhos, quando as criancinhas
da vila mingau que fica lá num coração derretido
saem de casa elas podem vestir a camiseta
de sentimentos que quiserem, uma por
cima da outra e a outra por baixo da uma.
Mas também podem trocar na hora que quiserem.
E eu aconselho a trocarem, principalmente
uma tromba por um sorriso porque é
muito mais fácil de carregar.
Não existe mulheres de poucas palavras. Não falo das que elas pronunciam, mas das que tentam defini-las.
Porque eu gosto de caminhar na chuva, não tenho guarda-chuva. E penso que este artefato é um tanto mentiroso. Ele me guarda da chuva, mas não guarda-chuva. Não tem reservatório, não tem calha, enfim não tem vocação nenhuma para usar este nome. Sugiro mudar o nome para repelente de pingos de chuva.
Olhei para o relógio e ele estava parado. Mas mesmo que os ponteiros não marquem as horas, o tempo está passando, rápido, devagar, silencioso, barulhento, ele vai embora arrogantemente sem se preocupar com ninguém, apenas cumprindo seu ofício: passar. E nós dividindo opiniões por vezes achando que uma hora é muito e outras, muito pouco. Lembro a primeira vez que beijei, foi só uns 10 segundos, mas aquela sensação de medo e alegria durou uma eternidade, aliás, ainda dura. Lembro também da demora que a ambulância levou para chegar durante um acidente, mas também como passou rápido e de repente estavam todos bem. Lembro quando fui buscar uma filhotinha de labrador que nos encheu de alegrias e de repente passaram-se quase 12 anos e ela virou aquela estrelinha lá no céu, a da direita que está piscando de saudades. O tempo passa, passa, passa mas a duração dos segundos, dos minutos e das horas, depende da nossa capacidade de aproveitarmos, nossa iniciativa de fazer e na nossa vontade de viver.
O porto que deixa o barco ancorado e seguro, é o mesmo que com suas amarras priva-o de desfrutar da liberdade dos mares.
A vantagem da desvantagem é por ninguém esperar nada dela, ela pode alcançar seus objetivos no tempo certo, sem nenhuma pressão.