Andre Pesilva

Perguntam quem sou. Penso e não mais estou. Mãos à obra,
pé na estrada...

Sem deixar cair
o orgulho e a alegria de um brinde,
com vinho do Porto debaixo da ponte, outro brinde
a vida
que vivemos juntos!

No café, charme de Lisboa,
o cartão postal retrata,
o meu encontro com a estátua do Fernando, feito em pessoa!

Os animais fogem para a cidade, os homens, para a selva.
Rastro de pétalas, caule e espinho. Vereda de flores feridas, fragrâncias fúnebres.
Corpos tremem, frio e medo,
correm para esquentar, covardemente nus, inimigos morrem abraçados!

Que faremos, meu amor!
Em tom de delicadeza, nesta ternura e tristeza, ouçamos a tempestade!

⁠Não sei pra onde vou,
mas não ignoro de onde venho.

⁠Nasci destinado a te amar,
se o meu destino mudar.
Nascerei de novo!

⁠Ao falar, ao escrever,
aprendi que não se deve ter
medo das palavras.

A paixão é nascente com a sorte.⁠