Andre Pesilva
Pitágoras me empresta uma máscara,
para que eu possa conquistar um amor
somente com o poder das palavras.
Pra que mendigar por falsos valores,
e morrer por esta riqueza?
Sinto inveja apenas das flores,
da sua suprema beleza!
Vou iniciado pelo amor,
lutei e venci a dor,
que encontrei pelo caminho,
em busca da virtude e da verdade,
conquistei a liberdade.
Mas ninguém nasceu
para viver sozinho.
Os jovens Liverpudlians
e aquela canção para a mãe;
deixe estar, com luz
apago a tristeza,
e deixe estar.
Por onde os meus olhos possam ver.
Eu te vejo, da varanda da casa escondida,
por detrás dos tijolos à vista.
Mudemos o assunto:
O mistério sem providência,
cobram imposto
sobre a alegria.
Sou caçado, torturado e preso!
Por só negar tristeza!
Protelei a ligar, vinte e duas
chamadas perdidas,
logo retornei, linha muda:
A cor do tecido,
a vista do horizonte,
o trajeto do trem,
o destino de um homem.
As promessas não valem mais (nada) que:
A matéria da coluna fraturada.
Não valem mais que Construção de Chico Buarque.
Não valem mais que Um Sonho de Eugênio de Castro.
Não valem mais que um fio do bigode do Leminski.
Não valem mais que uma viagem para salvar a dor.
Não valem mais que um amigo que late e abana o rabo.
Mais que um espinho que nasce no pé da flor!
Mr. Dylan, não cale
as canções que nasceram
em meio ao calor
da Guerra Fria.
Reflexão que volta
na triste visão
da memória.
Ao menos farto de anos
comemoro os melhores dias nesta vida. Até que eu pisque um olho, acordado quem é já nasce pronto!