André Luz Gonçalves

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Bom dia sim!

Esse mote de pássaro me amanhecendo,
Trazendo musica enquanto sonho,
me abrindo...
Ouvindo suas dores e seu amor
Na voz lucida de cantador.

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E agora que morri?

Me jurou de morte
Trazendo me no sangue da sua palavra
Afiou em minha língua o teu punhal que me guarda
Disse que me beberia
Que eu não era de verdade, que arei sua dor
E sente muita saudade, saudade de flor!
Me acusou de roubo
Furtando meu passado pro seu julgo
Quis que o mundo me expurgue
Agora que morri pra ti
Não acenda vela ou apele prece, pois virei vento
Olhe para o seu céu de centelhas
E se agradece!

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Guarda-Roupa

Paz se veste de paz
Assim é que se acalmas
Revestir de guerra
A Paz se erra
Em resposta a nunca ter respondido
Eu digo, não brinque mais com meu abrigo
Se não: não serás nem terá sido, paz.

Inserida por 1andreluz

não há vagas Um gosto amargo, no doce que me cabe...
Uma garganta seca por palavras que te traga.
Riscos imersos de solidão...

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Fenêtre

Não tenho palavras,
Pela primeira vez me vejo sem elas
Todas sumiram e se somaram numa unica: espera!
Feito você que tanto olho e não vejo
No desejo da minha janela.

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Lapa

Nunca se sabe
O que livra e nos guarde.
Até que passe
A ânsia que nos cabe

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Cela

Te ver é como sair de uma prisão
Querer te é como estar dentro dela.

Inserida por 1andreluz

A parede do meu piso

Ela é meu tempo forte
Minha véspera de feriado
Aquele copo de sede, muito gelado...
Minha previsão de alegria
Minha mão amiga
Ela cuida da minha magia
Sabe lá onde é que minha nega vai parar...
Nega de Obaluaê...

Inserida por 1andreluz

Mande-se numa mensagem
Dessas densas que aguçam miragens
Pra Eu ler sem ninguém ver.

Inserida por 1andreluz

Desalinho do meu simples caminho
Derrota sem dessiso
Delegado sombrio do meu brilho
Pretenso desafio rítmico, descontínuo

Maldito Senhor do Destino
Esmola meu querer
Leva feito vento sem tempo
Desaba uma sina sem graça ensina a farsa o cume da faca Suplico Senhor do Destino
Me deixe assim desde menino
Sou tanto amor que eu te ensino
Não faz pouco desse destemido
Apenas dai me o tempo desses sentidos

Inserida por 1andreluz

Soltos secam pingos ao vento...

Inserida por 1andreluz

Capim de saudades

Comprei frutas frescas
Correndo rindo, me levei de criança
E espalhei tudo pelo seu jardim
Penduradas uma a uma em mim

E as suas flores todas que eu vi lá
Abriram se como se eu as deixasse
Num cair de cada pétala, feito plumas
Roçado fino na solidão de espinhos
Dançando no vento em num “polir” do chão
Feito pensamento que desmancha...

De maços vagos me catapulto em anseios lúdicos
Enrolados como fumo de raízes de amor puro

E aquelas cores todas de no seu pomar e as folhas soltas...
Foi-se no tempo tornando-as ocres, terra nova que pousava

E aquelas frutas-eu que eras pra te aguçar
E morder me suculenta em matar sua fome

E foi-se temporada...

E agora da varanda daqueles seus sorrisos
Alegrava se uma saudade feita de um casal na rede

Dessas paixões de boa tarde
Delicado tempo venta porta de trás

Até me invade porta a frente
Capim de saudades

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Travesseiros brancos
Macio feito suas coxas
Onde eu debrucei
e flutuei no dormir
Entre as nuvens do seu sonho

André Luz

Inserida por 1andreluz

As vezes quase me lembro
os melhores poemas que cresci
eu feito uma arvore
Onde já caíram tantas folhas
que cresce do compasso
Um torto tronco
Num tomado de galhos
Toda hora em voga
fazendo sombra
outrora raios de luz
e de quase tudo
um esqueci
Quando me pousa um bem-te-ti

Ela me serviu um café
Amargo e frio
Sem sorriso ou poema,
Disse que eu tinha partido
Não dividira o pão,
Nem me olham os tascos...
Um velho bolo insosso grudado
No céu da boca de pecados,
Sem doce, luz negra
Bom dia, tchau.

Inserida por 1andreluz

Dedos soltos

imprudentes cachos endoidados
me cegam macios
caindo no tato desse pescoço
onde me caibo

nesse todo louco
que por fim
desfaço de mim
nos seus laços despenteados

quando louco

puseram em mim um hospício
pessoas sãs
julga a imensidão
como indícios
sessões vãs
terapias
Agudos precipícios
em mim
em mil
toques míopes
medem 7 buracos minha cabeça
eletrificam cavas
odes a ironia
conselhos
pingo nágua
visto a vista
intercedo agonia
dando carinho
passarinho encanto
amago canto
então acho tudo
nem tanto...

Inserida por 1andreluz

Orus

Te incluo em minhas rezas
Recluso em preces verso
Todo meu tom de quem sou som
Me levo
E agora que não virei Deus
e adoro contrario de qualquer desejo
Maligno-ro me
E a cada cerimônia
Que um poema cria
Faço me de um pequena oferenda
Compondo me em liturgias

Inserida por 1andreluz

Ao poeta resta dar abrigo As almas no relento.

Inserida por 1andreluz

Aonde você vai tem poesia?
Então leve!

Inserida por 1andreluz

praça o tempo
carrega a gente
feito uma balanço
nessa gangorra de par
o vento vem dançar

Inserida por 1andreluz

Banzeiro

Poesia Amazônica
Parece prece
que enverdesse
Flertes da palavra mata
Onde as ruas são rios
Desse banzeiro
que me envolvo.

Asa da águia nos cubra feito casa
No Mundo do Samba
Que quando vai sua gente bamba
O Surdo quase mudo
Toca num ponto forte
Anunciando a morte
De uma vida de sorte
Tum de sambas
O silêncio vivo da Portela

Inserida por 1andreluz

Comigo não levo cadeado
Nem sonho perdido
Não tem fato impossível
Tudo que sente se expande
Nu pensamento que tange
Não soul de vento,
venho e vou do tempo doutro levante
Onde lamento e versos
Eram brisas de errantes

Inserida por 1andreluz

até no jardim
a tragédia
flores e folhas mortas vivem lá
assombram a luz
com suas secas
desprendida solidão e liberdade
no outono dos galhos enraízes
esperança a lembrança do orvalho
sombra o sol passado
em ramas de um perfume antigo

Inserida por 1andreluz