Ana Tereza ATAB
Sempre tomei a frase: seja leve, tudo passa, como um antídoto e, de tanto ingeri-la diariamente, criou-se uma imunidade tão poderosa que hoje em dia o único medo que corre nas minhas veias é um louco medo de ter coragem para tudo.
As vezes somos muito parecidos, em outras tão diferentes, mas o nosso sentir nos liberta para voarmos em nossos céus... Não precisamos ser igual, cada um tem sua excência única. Diferentes, porém iguais no coração e Livres para amar sem fronteiras
Que um dia todos os habitantes de todos nossos jardins interiores; tenham flores, que se multipliquem a cada semente presenteada pelo coração...
Mãe terra; mãe das mães... Viva tua Vida que acolhe seres viventes do teu ser... Perdoai-nos: ESTAMOS TENTANDO APRENDER...
Amor de mãe é incrível, tem avós que são mães, tem amigos que atuam na maternidade, tem gente com sangue diferente, mas ama te amar como filho, tem amor de pai que é mãe, tem amor de tia mãe, tem madrinhas que seu bem querer é materno, tem mães que só são mães para aprendermos a viver, tem também amores de gente que nunca entendemos, mas nos amam como filhos... Um amor maternal como a terra MÃE que traz os filhos para aprenderem a viver a mando do nascer do amor...
Fingir-se de burro; às vezes é a melhor estratégia para reconhecer mais rápido os que se acham inteligentes e não são.
O coração ainda vai dilacerar em milhões de vidas, até aprender; o que o viver tem para nos fazer gente, por isso: Eu vou divagando... Cantando sem medo de gritar as melodias da alma...
Busquei-me na selva do teu ser.
Encontrei nossas terras perdidas.
Raios de sol iluminaram nosso coração.
Tupã nos abençoou.
O nosso universo transformou se em amor
Juntei o teu sabor ao meu..
Uivando de saudade; faço me de loba.
Nas noites de todas as luas; brado teu nome.
Ignoro todos os outros caminhos pra seguir te .
O meu amor sempre foi teu.
Rendida a ti; me entrego de corpo e alma.
Os guerreiros que seguem seu coração, sempre estão armados de amor. E a um passo a frente nas batalhas. Sem ele qualquer luta se torna inglória. A vida é quem profere essa bendita sentença. O amor, somente o amor, pode nos salvar das flechas do mundo.
O menino Índio E Sua Amiga Comprida
Era uma vez em uma tribo, lá pelos lados do Amazonas... Existia um índio que tudo que queria, era que todas as tribos do mundo fizessem um tratado de paz para cuidarem de sua mãe Natureza e serem amigos.
Ele era sempre o primeiro a querer participar das caçadas pela floresta, não temia quase nada, gostava de ser índio e tinha muito orgulho da sua tribo, sempre pedia a Tupã, para lhe dar forças para defender todos as tribos que lutassem pela paz e sua preservação.
Um dia os brancos começaram a habitar sua tribo e ai sim, começou seus pesadelos, que era que a comprida ( como chamava a cobra grande) engolisse os seus. Ele cresceu acreditando, que em frente da sua tribo, onde uma praia aparecia, quando chegava a seca, na realidade era a carcaça de uma cobra grande.
Ele temia muito, porém pensava( vou lutar contra meus medos e ser amigo da comprida) que, que se a cobra grande, acordasse, devido aos mau tratos a natureza, engoliria os seus.
Um dia o índio, partiu para conhecer outras tribos, mas seu coração sempre estava conectado as suas origens, até que um dia recebeu em sonhos um chamado do feiticeiro, que pedia para ele voltar, por que a alguns dias, seu povo estava sofrendo com o ataque da comprida, que estava cerando sua aldeia, não conseguiam nem dormir, de tanto medo de serem engolidos, as crianças viviam chorando e o povo da tribo, já estava até pensando em sair daquele local e procurarem outra aldeia.
Ele respondeu telepaticamente ao seu pajé:
- Estou voltando agora mesmo, e vou falar com ela,confiem em mim...
Ele partiu em busca da comprida, passou vários dias e noite procurando e nada de encontrá-la. Quando já estava quase desanimando, escutou uns ruídos diferentes, e foi atrás para saber o que era, quando chegou mais perto,viu a cobra rolando na praia e chorando de dor, suas lágrimas se misturavam com as águas do rio.
Ele perguntou excitante:
- O que houve com você comprida cobra?
- Estou sofrendo a dias, menino índio, as pessoas de sua tribo, estão poluindo o rio e entrou em meus dentes, grande lixo, que apodreceu e me causa muita dor e não consigo voltar para o rio, tentei procurar ajuda, mas todos tem medo de mim.
-Claro que irei te ajudar, mas vai doer um pouco, mas você tem de ser forte, porque irei puxar de uma vez só.
-Tudo bem,quero me livrar de uma vez dessa terrível dor.
E ela deu um grande ruído, que foi ouvido até na aldeia. Lá os seus manos ficaram muito preocupados e se perguntando se o bravo índio estava bem.
-Estou livre desse lixo, que bom! Você foi muito valente indiozinho, o que posso fazer para agradecer sua ajuda?
-Gostaria de ser seu amigo e que você conhecesse minha aldeia e também se tornasse amiga dos demais índios que vivem lá.
-Sério?
-Claro que sim, todos lá tem muito medo de você e quero que eles percam esse medo bobo, pois sei que você não nos faria mal algum.
-Agradeço sua confiança e irei sim!
Quando os demais índios viram de longe, o guerreiro da sua tribo, chegando com a enorme cobra, ficaram apavorados e correriam de um lado para o outro com medo de serem atacados.
-Não tenham medo, ela é nossa amiga e veio em paz, ela só estava rondando a nossa tribo, por que poluíram sua casa e entrou grande lixo nos seus dentes e precisava de alguém para tira-lo. Eu já o ajudei e trouxe-a aqui para ela falar um pouco de onde ele vive, assim podemos conhecer melhor sua casa e ajudar a cuidar dela também. Tudo na natureza, faz parte da nossa família, só precisamos entender e zelar por todos,, para nem uma tribo sofrer e nós fazerem senir medo, quando precisarem sair de seu habitat natural, e buscar o nosso, por que destruimos os seus.
Depois desse dia a a tribo começou a se preocupar para não sujar mais a tribo dos outros e entenderam que somos todos filhos da mãe da Natureza e só precisamos nos respeitar e proteger-nos, para não fazermos sofrer outras tribos,com os nosso lixos.
Sou muitos tentando plantar... colher e ser...
Do meu sangue pensei que seria a terra, pra todo meu corpo mergulhar....
Sou..sem saber como é... tento escrever na vida, um roteiro do meu interior...
E pra alimentar os filhos que vivem em mim, passei fome.
Sete crianças, sete bocas inocentes, esses corações em um só...
Em cada dia da semana um, era eu...
Muito pobre, mas contentes de ter vida rica; pra aprenderem a respirar novos dias.
Trabalhei em todas as estações, e nas chuvas, que queria que me lavasse, me fizeram tremer de frio.
Mas preciso me estudar mais e lembrar seus nomes... e ai quem sabe: Chamar, um por um, para sermos meu todo.
Meu sofrimento, ahhh!, meu Deus valeu a pena... valerá sempre... foi assim, é assim é...
Foi com muitos sentimentos e muita vontade de preservar o que minha selva escondia dentro de mim; que os alimentei toda semana de todo mês do ano... Gritava dentro de mim, e pedia a localização pra nos acharmos..
Sete diplomas dos meus, recebeu cada um, vinte a quatro horas de todo ano. Os meus EUS estavam reunidos.
Assim penetrei em mim e ti senti...
Consegui escavar, mas jamais existiu terras para tampar novamente, esse espaço que arrancaram do meu terreno...
O meu corpo, minha alma, meus olhos se encheram de terra.
Sei que preciso continuar profundamente.... Porém, antes disso: localizar um terreno limpo para guardar todos esses EUS; seria a maior expedição de vida, a trilhar em todos os dias do meu ser...
Precisamos parar e pensar....
Para quando a colheita chegar...
O que será de nós, quando o sol não despertar?
E... o mar secar...
E tudo que tinha vida se acabar?
O que vamos fazer?
E quando o azul do céu desaparecer?
O solo apodrecer...
E tudo adoecer?
Onde vamos viver?
Para onde vamos correr?
Marte, Júpiter, Saturno ou Plutão?
O Planeta Terra é nossa casa..
Nossa verdadeira mãe (natureza) está a morrer...
Pela falta de respeito, consciência e compaixão...
Podemos fazer nossa parte...
E ajudar, quem tudo nos dá..
Pensemos, repensemos, refletiremos e respeitaremos a tempo?
Vamos dar as mãos e cuidar do que é nosso...
Ainda é tempo de mudar...
Ainda dá para salvar a nossa tão preciosa morada.
A decisão é nossa...
Nossa casa (Terra) nosso corpo de carne, nossa alma...
Dependem de nossas escolhas...
Vamos nos preservar para nossa casa não se acabar...
Só depende de mim, de você: DE NÓS...
A índia e a panela de pressão
Eu estava agora em um piscar e outro acordando e comecei a pensar o que ia fazer de café da manhã, pra nossa tribo e lembrei da panela de pressão que a comadre Modernina,( minha vizinha que vive na fazenda do lado da nossa reserva) me deu, ai como um pensamento se mistura com outros e vai se juntando com os dos outros, até temos um só nosso, pensei com muitos sentimentos, admiração e gratidão a nossa MÃE NATUREZA, por ser tão perfeita e sempre nos ensinar, que precisamos nos atualizar no mundo que vivemos, assim como ela faz... dia a dia, sol a sol, chuva a chuva, noite a noite...
É como se fosse sua lei maior: Nos adaptamos voluntariamente, ou a força.
Precisam parar o ritmo alucinante da rotina e observa-la para aprender mais a respeito de nosso comportamento. “A natureza nos mostra que tudo na vida é mutável. Que nada é eterno e tudo morre. Mas renasce. Tudo tem um ciclo natural. Nós aprendemos que há o momento mais indicado no ano para plantar mandioca e que leva um tempo para crescer e colher. Logo, não adianta plantar na época imprópria e colher antes da hora.” Isso me faz acreditar que nossos processos internos, são reflexo do que se passa na natureza, do lado externo. “Há que se aceitar nosso ciclo de vida e suas atualizações... Aceitar as mudanças,significa não só acolher o que não pode mudar naquele momento, como conhecer o que está estagnado.Uma situação duradoura pode significar um momento de casulo, de aparente inércia, mas na qual processos incontáveis estão acontecendo, assim como a semente sob a terra que ainda não germinou.
Quanto mais conectados às mudanças e transformações próprias do processo natural da vida e do mundo, mais fácil será cuidarmos da NOSSA MÃE NATUREZA e fazermos nossa vida mais rica de felicidades, prosperidade, amor e paz...
Por isso hoje resolvi usar a panela depressão para cozinhar mandioca pra nós, com o tempo que vou ganhar, sem ter de cortar lenha e fazer o fogo, vou aproveitar pra me inspirar, admirando o sol, sentindo o cheiro do mato e me inspirar com a nossa divina MÃE DE TODOS...
"Sabe aquelas manhãs, que parecem um dia inteiro?
As vezes tem dia, que vivemos uma semana, mês, que sentimos como se fosse um ano. Aí... Nada melhor que nos refugiamos no coração e ficarmos uma vida inteira... só sentindo as estações de nossa natureza; moldarem a alma..."
"Apagou a Luz do dia, pra a Lua entrar e o Sol ficar na janela do Tempo, no silêncio da Noite escutando o riso das estrelas e sentindo os beijos do universo..."