Ana P. Scheffer
A vantagem de estar no fundo do poço, é que chega uma hora que você entende que não há mais nada a perder, por isso deve arriscar a ser feliz.
Dentro de cada um de nós existe o bem e o mal. Quando você avalia a questão política como uma batalha espiritual ou algo parecido, você parte de um pressuposto que existe o lado do bem e o lado do mal. O problema dessa visão, é que ela nos limita, impede de se abrir para o outro e com isso, também limita a democracia. A história está repleta de atrocidades financiadas por essa forma de pensar; o Talibã, que mata em nome de Deus, é um exemplo disso; a conspiração de Hitler contra o povo Judaico utilizou o mesmo argumento, são nós e eles, o lado bom e o lado ruim. Isso cega a ponto de às pessoas se enganarem acreditando que dessa vez é diferente, mas não é. O discurso de ódio se alimenta dessa dualidade. Por favor, não financiem essa visão perversa e comecem a enxergar o outro, que possui o direito de ter uma opinião divergente, com respeito.
A impressão que eu tenho, é que o Brasileiro ainda espera por um salvador da pátria que libertará a nação de todos os males. Nessa polarização, os males acabaram sendo personificados em dois candidatos, alimentados por grandes conspirações. Quando entramos nessa fantasia, fica difícil de tratar com realidade e o resultado passa a ser o agir de nossas pulsões. Independente de quem ganhe, com essa forma de votar, quem perdeéoBrasil.
Não é possível fugir da mudança, aceite antes que você se arrependa de não ter vivido, descobrindo nela a contraditória segurança que você procura.
Não se entristeça com a falta de retorno e atenção das pessoas. Isso não tem a ver com o seu valor, tem a ver, muitas vezes, com a incapacidade delas de se organizar e gerenciar o seu tempo, tem a ver com a falta de empatia e respeito, tem a ver com o egocentrismo, tem a ver com objetificação, ou seja, na grande maioria dos casos, tem mais a ver com ela do que com você.
A natureza pode lhe fornecer as ferramentas para você resolver o problema, mas, ela não pode garantir que você resolverá o problema.
No Brasil, a incoerência legislativa é tão grande, que muitas vezes a gente faz certo fazendo errado e faz errado fazendo o certo.
Podemos comparar as mudanças climáticas com o pó do chão de nossa casa. A gente não nota a sua presença, até que ele se acumule de tal modo que seja impossível não reparar. A única diferença é que o pó a gente limpa, mas, e as mudanças climáticas?
Com o tempo você vai aprender a perceber a sutil diferente entre as pessoas que precisam da sua ajuda e as pessoas que se aproveitam da sua ajuda. E então, ficará muito mais leve de não se envolver e se afastar.