amauri valim
Somos coagidos, vulneráveis e suscetíveis.
Somos a mitologia modificada de corpos e almas lavadas.
Somos cerceados fraquejados postados diante dos anciões.
Ninguém tem a tal liberdade de escolha,
Ninguém tem o direito de saber tudo sobre todos.
Muito menos a dos direitos iguais.
Muito menos a de ir e voltar.
Empreste-me os versos pra eu poder dizer como.
O tempo é seu, sem prometer nada,
Com uma esperança cheia de ilusão.
Eu só quero um lugar pra eu poder sonhar,
Dizer que posso não querer viver sem você.
Ela é como a nuvem nova que passa lá no céu
E dela se espera a chuva cair de novo.
É neblina chuvosa na serra de estrada sinuosa
Que faz chover e de mansinho molhar.
Ela é como o céu novo e horizonte de fonte límpida
É água que quem bebe rejuvenesce e ainda mais vive
É chuva que chove o mel e adoça a pele e seus encantos
É ar que se vive a respirar é magia de voar.
Ela é brisa suave e de suave movimento
É presença elegante de corpo exuberante
É perceptível, se chega é notada.
Deixo de falar das coisas que não pude ser,
E o que havia entre nós que se acabe.
Mas se ainda restar que fique no tempo
Que no espaço se perca.
Não vou ficar tanto tempo sem você
A saudade domina já não sei o que é melhor
A tua ausência é de angustia que parece não ter fim
A distância desse teu jeito meigo é nostalgia.
Não quero falar de flores nem de amores perdidos,
Nem das tardes de domingos que eu não sabia onde ir.
Dito os meus sonhos em tempo de ser normal,
Os desagrados que se some á algum desafeto e
Que fique pelas alças das malas que já não carrego.
curto umas e outras sem ritmo acelerado
Separo os desafios dos conflitos e dou tempo
Para o ciclo de cada coisa que aconteça.
Caminho sem perder de vista a razão,
Percebendo o tempo voar e a turbulência
Das emoções dos acontecimentos.
Passei alguns janeiros com vistas nos jornais e calendários,
Depois eu quis ganhar a loteria pra pagar todas as promessas e
Todas as prestações que venceram.
Pra viver sem entender o que mundo tem pra me dizer, viajo.
Sem inicio sem meios que me levam ao fim de tudo que já passei.
Não há nada tão bom que eu não possa melhorar,
já confundi e esqueci datas, troquei os nomes
mas não misturo colheres com faca,
nem mulheres com vaca.
Por você vou cruzar raios e nuvens,
Antenas de TV e sol ardente.
Por você vou voar,
Flutuar no ar sem chão pra pousar.
Até você perceber o que é o amor.
Vivo sem planejar travessuras nem paraíso pra nós dois,
Como a ingenuidade, sonhando sem querer acordar
Pois os sonhos há de vir em nós como manhãs renovadas
com alegrias e sentimentos que pudermos ter.
Madrugada de sereno,
Calma e fria.
Corpo Surrado,
Como a areia na praia,
Pisada, ondeada,
Espera por um novo dia.
Pelos bares
Por quaisquer lugares.
De cara uma mulher
Que toma uma bebida qualquer
Que Fala de sentimentos
Que fala do amor
Que sou meio louco
Que gosta um pouco
Que sonha em parar o tempo
Que abraça a todo o momento
Que fica assim a fim
Que encontra em mim
Um jeito novo de amar o amor