Amauri
O Quanto crer para valer
Por: Amauri Valim
Ainda se acredita na cura pela força através da espiritualidade que faz parte de um sistema enraizado, na genética, no sangue. Quando não comporta em si um sentimento de maravilhas resta atribuir a alguma graça divina, que parece mais uma evocação mecânica do “graças a Deus, do se Deus quiser”. Assim nunca se sabe com exatidão o que é graça o que é força. Observa-se que o corpo possui processos mecânicos assim como a mente. Quando uma imagem espiritual de uma divindade é reproduzida cria-se uma espécie de exorcismo dos males. Mas quando não suporta a dor e o sofrimento resta recorrer a alguma avaliação clinica; graças às especialidades científicas doutoradas em salvação. Em uma crítica sobre o organismo humano por suas dores e sofrimentos cabe uma análise do poder que nele se encontra, e do poder que se busca para a salvação das ameaças diabólicas percorridas no cotidiano. Pode-se observar o modo como um cavaleiro cuida de seu animal, agradece a “Tudo” o que ele confia, mas para garantia amarra-o. Se a mula é amarrada a mula não escapa. Assim se rezar para chover choverá. Se rezar para acalmar a tormenta ela acalmará, e por fim se nada o fizer o mesmo acontecerá. O status da tradição religiosa traduz uma única verdade sobre tudo, o que parece não ser condizente com a psicanálise de Freud que pressente abalar os saberes estéticos sobre a criação, e nem com a análise crítica de Nietzsche em seu livro “o Anticristo”. O processo de salvação não parece ir além do surrealismo dentro dessa estética difundida. Essa de Queiróz satiriza de uma forma elegante os poderes das divindades contra os poderes diabólicos. A estética religiosa é surrealista, é o mesmo que sonhar com a aparição de um “artista”, mas que não tem hora pra chegar. E assim somos adultos com fantasmas entranhados desde criança sem nenhuma comprovação das veracidades sobre “Tudo”. Como explicar o complexo do desconhecido sem chegar à conclusão por uma única fonte verídica e uma única verdade. Acredita-se que a verdade deva ser mudada sempre, não se tratando de posição diretamente antirreligiosa, mas de uma posição que percorra a partir da análise dos padrões da crença. Não é exatamente crente aquele que acredita que a religiosidade não possa proporcionar uma vida sadia, mas pode-se crer que a religiosidade muda comportamentos que por consequência tornam os hábitos saudáveis de vida, por atender os anseios dessa estética. Belzebu é um dos personagens mitológico criado e cultivado no imaginário comum humanamente espelhado no cristianismo, dotado de estratégias inseridas em seu comportamento. Belzebu sobrevive pela alimentação dada dos espíritos fracassados e malignos. Porém com uma semelhança de poderes altíssimos que lhe é dado pelo próprio homem que o teme, tudo é fortalecido pelo quanto se crê. (A. Valim)
Como cão adestrado: o homem convertido, catequizado, doutrinado. Tornado a criação perfeita para a preservação dos rituais como mero costume. O engessado propósito não muda costume, para não desvirtuá-lo no paraíso. A gula, avareza, luxuria, ira, inveja, preguiça e orgulho são concepções natas do ser humano; os sete pecados do sistema são necessários à sobrevivência do ser. Pecado mesmo é a construção da ideia apocalíptica, impregnada na gene, nascem, crescem e se multiplicam. Não há consciência para as verdades novas, e, ouvidos novos para novas músicas. A clerezia é para que a consciência da ideia nova permaneça muda. (A. VALIM).
Tudo o que parece ser tão simples e lógico, pode ao mesmo tempo ser irônico. “Depois da tempestade vem a bonança”. Também à enchente e a lama, a bagunça e as doenças vêm. Assim a paz termina com a chegada da tempestade. (A. VALIM).
Deus criou cobras e escorpiões, com poderosos venenos da morte, e, ao mesmo tempo deu poderes para o homem matá-las, através da força do seu pisar; desde que o homem não seja picado. “isso nada explica”. Como poderia Deus autorizar o homem a pisar sobre cobras e escorpiões e considera-los inimigos entre as espécies; as suas próprias criações. O problema não está em Deus, mas no homem por suas escritas, por suas explicações soberbas, interpretações errôneas. Todo o animal assim como o Homem tem seu instinto de sobrevivência, na defesa ou no ataque. Por fim basta, o homem deve deixar de criar inimizade entre a própria espécie, entre cobras e escorpiões. (Sobre: Lucas 10: 19). (A. VALIM).
Transcorre suavemente a vida, quando há equilíbrio na emoção e na razão. A curiosidade deve cultivar a vida e estar ligada diretamente à alegria e satisfação de vivê-lo, sem transgressão. Para tantos saberes, a melhor resposta a uma crítica, não é o silêncio. Se primeiramente buscarmos a compreensão na visão hábil do crítico, contribuirá na capacidade de ser e agir, permitindo a motivação das boas emoções. Queiramos sempre novas habilidades e equilíbrio entre a razão e a emoção. (A. VALIM)
O amor é necessidade, estado de aparência, estética social. Amor é falta de segurança, é dependência, vácuo de si. Amor não é sentimento, talvez uma busca da satisfação das diversas carências do organismo e de suas peculiaridades. O amor é uma busca intensa da compreensão e do prazer, visto como aparências e necessidades, como rituais que exigem esforço recíproco entre dois e repetição contínua. A busca do amor ao outrem é uma exigência de prova, que não busca em si mesmo, “logo o amor não existe”. Buscar o amor próprio no alheio parece imprudência com as próprias certezas, não passando de umas fantasias, conto de fadas. Parece mais: o amor é uma falta de amadurecimento das emoções. Assim não existe prova de amor, apenas uma manipulação, poder de convencimento, e, quanto mais o: “eu te amo”. Muito mais o: “eu te preciso”. O: “você para as minhas necessidades”. O amor é um sinal de posse, poder egoísta, é um sentimento acima do senso de justiça. Assim foram criados por um meio: o amar. Sendo o mesmo meio: o Fim. (A. VALIM).
a Onipotência
O sistema mais complexo verbalizado pelo homem, - “a Onipotência”. Sustentado por um espírito; “plano clérigo”. O pecado é a maior invenção do homem depois da onipotência. Porém o pecado é “clemente” pelo plano divino, criado pela clerical e sustentado pelo populacho. A Sé vem massacrando a mulher a milhares de ano, por uma cultura machista e impostora, impregnado em cruzes e simbologia comercial, um viés da fé. A Sé é detentora das verdades incontestáveis. Sendo o maior massacre da humanidade: a inquisição, imposta por um sistema religioso da cristandade. O homem é naturalmente um renegador de suas teses contextuais dogmáticas, verdades explicitadas apenas no trancafiado pensamento, separados por uma leve e transparente cortina de medo. Quem dera uma virtude pela antiga certeza de que a compaixão traduzisse as verdades, sem necessidades de sustentar-se prostrados por um plano clérigo. Eis o mistério da fé e a simbologia da Onipotência. (A. VALIM).
Existem somente três tipos de pessoas no mundo:
EU, aquela que bebe comigo, e aquela que não me conhece. (A. VALIM).
Moisés é o criador do decálogo, “as dez leis da pedra”, e, para dar veracidade referiu-se a Onipotência. Assim o homem segue criando sistemas de diagnósticos, entrelaçados na vida cotidiana. Os processos da gênese são como normas de vida e os homens situados de julgamentos e condenações baseiam-se no criacionismo, norteiam; seguem; vivem. Os eventos do castigo são baseados num livro de trechos diabólicos e de condenações infalíveis, apocalípticas. Não bastam os transtornos mentais; os destroços do organismo; a fraqueza; a fome e a peste. É preciso associar ao advento da Onipotência. O homem é um ser dependente de um “Se Deus quiser”, de um “Graças a Deus” e de um “Deus nos acuda”.
Amauri Valim.
As mulheres não se acham suficientemente Lindas, Gostosas, Maravilhosas, Magras, estão sempre procurando em si um defeitinho qualquer, e, para dar forma uma ou outra reforma.
“Quarta-feira, Sexta-feira” Não comer a carne é um ato de autopunição, a maneira mais fácil para dirimir o pecado. Bendito seria esse o prazer do mendigo, comer a carne com o mendigo é um ato quase impossível. Sendo assim é muito mais fácil à autopunição. A autopunição também pode ser um ato de covardia diante da falta de atitude por uma causa mais nobre. “Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes”. O que come não despreze o que não come; e o que não come, não julgue o que come. (Romanos 14:2-3).
As festas juninas têm como principal finalidade a ludicidade (diversão e prazer) nas escolas. Apresenta também um lado preconceituoso em relação ao caipira, ao sertanejo por seu modo de vida no campo. Qual é a compreensão que as comunidades têm principalmente a escolar, em mantê-lo o comportamento nas instituições educativas? Os significados e simbolismos aparentam uma singela e inocente representação? O Fato é que estes eventos ainda são mantidos como cultura. Acredita-se que estas festas foram adotadas e cristianizadas pela igreja católica, fortalecidas pelas divindades como Santo Antônio, São João e São Pedro.
Amauri Valim
Tributo ao Tempo.
Há trinta e três chamados anos...
Descobria a vida, a vida vivida...
Cheia de descobertas...
Prosperidades muitas...
Preocupações diversas...
Até mesmo aflições...
Passamos nestes trinta e três anos..
Dividindo o mesmo teto...
Aprendendo até, as mesmas lições..
Amando cada dia e redescobrindo cada noite..
Aprendemos que o amor, nos olhos da pessoa amada..
Não é o sentido da vida ...
Mas, faz por vezes, a vida ter sentido..
Obrigado, Miriam...
Pelos trinta e três anos, entregues ao tempo..
Tempo que torna a vida..
Não a razão, mas a emoção de cada dia !!
Um louco disse:
- Meu DEUS tu precisa dar uma passadinha aqui em baixo pra ver como andam as coisas, e olha, já vou lhe avisando, vejo daqui do meu lixento quarto o tédio que muitos vivem, nenhum programa satisfaz nem remédio tem que cure. Vejo os desatinos dos pensamentos transeuntes. Deus tu nem aparece para talvez der uma direção. Mesmo não havendo agora nenhuma nuvem no céu que possa pairar, talvez queira comigo fazer uma caminhada eu te contaria o resto.