Amanda Lemos
E parece que bem lá no fundo daquele lugarzinho apertado e sufocante... como é mesmo o nome ? ah é ! coração.; A gente ainda crê que ao menos alguma coisa dará certo e espera que tenha,no mínimo, algum sentido.
Ou melhor, que dê certo sim, mas que não faça nenhum sentido mesmo.
Nós sabemos muito bem que dói amar errado, esperar demais, aceitar demais, falar demais e não dizer nada.
Sim, Nós possuímos plena consciência disso.
Mas quem disse que coração fajuto, bobo, tosco, errado, incompleto e mesquinho tem consciência ?
Quem disse que paixão se escolhia e amor era jogo de sorte e azar ?
Quem nos avisou dos riscos que seria se entregar para uma pessoa e esperar um mundo de ilusões em troca ?
Quem pregou em nossa testa que decepção chega quase a rancar um pedaço desse coração tão pequenino e rabugento ?
Quem disse que paixão teria remédio ?
Não.
Não tem, já desfaço essa esperança sufocante.
É inevitável que nessa vida você não se apaixone, nem que seja aquela paixão de colegial, com gostinho de chiclete de menta com pipoca de cinema, e beijo molhado de chuva.
Nem que seja só isso.
Mas gostar de alguém, todo mundo vai acabar gostando.
Amizade não seria uma prova disso ?
Uns até irão encontrar o amor de suas vidas, convenhamos, não direi alma gêmea, pois ainda não acredito.
E quando encontrarem, esses muitos deixarão escapar em um piscar de olhos.
Outros, irão amar e desamar, se é que se pode ser feito.
E se casarão ao final de tudo,
Sem comunhão de bens, inclusive.
Uns poucos irão fechar tanto o coração que a porta vai acabar trocando de fechadura.
Morrerão sós, como vieram ao mundo.
E uns raríssimos.. (ah, desses eu tenho uma inveja nata., )
Estes raríssimos, irão encontrar um amor tão grande e que lhe faz tão bem que, uma vida inteira seria muito pouco para se desfrutar;
Ao final da história , existindo para sempre ou não, eles ficarão juntos.
Acordarão de madrugada só para sentir a presença do outro em uma parte da cama,
tomarão café da manhã juntos como se fosse o primeiro de toda uma vida,
se arriscarão em uma noite de tirar o fôlego.
Haverá brigas, é claro.
Mas nada que dure mais que algumas horas de resmungos e caras fechadas, .
Haverá paz e uma doçura de se querer o bem e propciar o mesmo.
Haverá amor;
Sem pressa, sem pontos, sem vírgulas, sem raiva , sem limites.
Mas sem amor não, por favor.
...Ah meus caros, me deu uma sensação tão estranha de adiantamento que gostaria de sentir esse amor que muitos julgam que sentem.
Deixa ver,.
Fluir.
Barquinho na correnteza, Deus dará.
A grande questão meus caríssimos, é que escrever de algo tão clichê e algo tão basicamente inexplicado, é justamente a dificuldade em transpor as palavras.
É uma vontade esquisita de querer falar bonito e mostrar eloquência,
É querer falar de amor como se eu fosse experiente "a beça " no assunto.
É querer mostrar maestria em um assunto , quando não se tem.
Eu não escrevo na tentativa que meus textos alterem em alguma coisa.
Na verdade, não alteram em nada.
Afinal de contas, não se trata de alterar, se trata de aprender a viver como se está,.
Ajustando os ponteiros, e não trocando o relógio inteiro.
Viver com as armas que se tem.
Por vezes, penso como o amor em si é tão lindo, tão declamado por poetas e cantado por artistas.
Tão inocente, puro, meigo, frágil.
Porém, ao mesmo tempo, causa tanta dor, faz desabar tanto sonho, faz quebrar tantas expectativas, faz decepcionar tanto coração.
O motivo disso tudo acredito que seja a espera.
Esperamos de tudo.
Das pessoas, dos momentos, das cobranças, dos sentimentos, da razão,
de nós mesmos.
Seria diretamente proporcional se dissesse que de tanta espera,um almejar tão grande..., a queda fosse tanta que se reerguer já seria quase um milagre,
se é que acredito mesmo nisso.
Além de tudo isso, não se pode esquecer, em uma ambiguidade,
a espera mata.
Tortura.
Esperamos até um telefonema depois de uma saída casual na madrugada,
Esperamos que anotem nosso número,
esperamos que nos liguem no dia seguinte,
esperamos que não nos esqueçam,
esperamos que se apaixonem em meros segundos,
esperamos ser amados quando não podemos ser.
Esperamos, enfim.
Bom..., ao final de tudo, eu ainda confesso que sobra um pontinho de esperança e um pouquinho de êxtase nesses nossos corações e nesses nossos sentimentos que escapolem rápido.
Claro, não acredito em contos de fadas, nem adianta se animarem.
Acredito que é sempre bom a gente definir para o coração quem é que manda aqui, e saber que amar demais, machuca em dobro.
Pois é.
Vale o risco ?
Eu não sei explicar, mas parece que as melhores amizades são aquelas em que a gente se depara nas situações mais inesperadas e improváveis. Porém, são estes os momentos mais sinceros e felizes.
Chega-se em um ponto que não dói mais, arranha sim,.
Mas a dor, com o tempo, foi passando despercebida
É tão melhor ser a gente mesmo.
ter nossos próprios sonhos, nossos próprios erros, nossas próprias escolhas.
É tão melhor não ser cópia barata ou perfil forjado.
É tão melhor ser quem a gente realmente é.
Há algum limite ?
Ultimamente ando lendo muitos artigos e dissertações de autores renomados e privilegiados à respeito de um tema que acredito ser “gabaritadíssimo” e que venha a suscitar polêmicas a mil.
A condição humana .
Dei enfoque as ações que levam o homem a ser quem diz que é, e a que ponto este chega para almejar aquilo que deseja.
Tive a oportunidade de conferir textos de Hannah Arendt e opiniões diversas vindas tanto de filósofos, tanto de sociólogos.
*Dica tal que deixo para muitos leigos que buscam escrever com tanta eloquência se baseando do nada.
Se me permitem um “puxão de orelha”, .... é imprescindível uma leitura eficaz para a produção de um bom texto.
É necessário domar as técnicas de bom português, bem como ter um conhecimento de mundo vasto, se tratando é claro de um bom texto dissertativo.
Poucos são os que começam maravilhosamente bem um parágrafo e graciosamente e descomunal encerram com um ponto final.
Muitas vezes gastamos horas de leitura, para levar no máximo uma para a escrita.
Isso é resultado de uma pesquisa contínua e incessante.
Sem leitura, sem prática, não se escreve bem.
Ninguém nunca disse que escrever seria tarefa fácil...;
Mas voltando ao tema foco,... Andei sim lendo à respeito.
E acabei me deparando com várias indagações:
Até que ponto chegamos ? O que se define por um limite ?
Reformulo.
Até que ponto o ser humano é capaz de chegar para alcançar
aquilo que almeja ?
Tendo em vista tantos assassinatos relâmpagos, sequestros pré determinados, roubos a mão armada , e o pior, é você assistir praticamente todos os dias aos noticiários e ver que há tantos jovens no crime que matam por dois reais, causas essas que são diversas,.
Sustento da dependência química, pressão dos demais.,dívidas, seja o que for, ...
Parece que a morte virou justificativa para erros humanos.
Andei lendo alguns termos no dicionário, enriquecedor de vocabulário , diga-se de passagem, para via de comparação, e encontrei duas palavras relativas ao tema que me chamaram a atenção:
- Esforçar : Tornar-se forte; trabalhar com afinco.
- Ambição : Desejo de poder ; fama; honrarias ; etc. - Aspiração, desejo intenso.
- Dicionário da Língua Portuguesa- Ruth Rocha. -
Quando é possível, e como, conciliar ambição com esforço ?
Como é possível conseguir algo sem afetar o próximo ?
Perceba que muitas das nossas ambições que resultam em atitudes fora dos limites são conseqüências de uma obrigação que temos para com a sociedade.
Usam drogas para fuga de problemas, outros para se aliarem a um grupo, outros para , digamos, causar.;
Roubam tanto para adquirirem aquilo que não tem condição .
Gastam mais do que possuem para comprar coisas desnecessárias para impressionar pessoas que não gostam.
Como é vida é hilária, não ?
Às vezes, temos pelo simples fato de ter.
Ou temos para simplesmente dizermos que temos e que podemos adquiri-lo.
Esnobismo ?
Há quem diga que sim.
Em termos pessoais, penso que ambição não seria um problema em si,
se tornaria sim quando não dosado.
Como um remédio que cura, mas em exagero, mata.
Sem ambição , do que viveriam as metas que traçamos ?
Do que valeria tantas noites de estudo se não almejássemos um bom resultado em algum vestibular ?
Do que valeria um bom médico se não buscasse a cura da AIDS ?
Ou um bom arquiteto que não quisesse vender sua idéia ?
Não valeriam.
Seriam um entre muitos.
Há de se ter objetivos em mente,
Sonhos, inclusive, são nossas metas em rascunho para um objetivo futuro.
A questão é quando esta ambição se torna descomunal e ultrapassa uma mente sã.
Quando o preço de tudo isso se torna alto demais a se pagar.
Como o assassinato de uma criança de 13 anos, ou um assalto à uma pedestre idosa, o seqüestro de um vereador rico, ou até mesmo a aposta de uma família em jogo.
Até que ponto você chegaria para alcançar aquilo que mais deseja ?
Ao menos uma coisa é certa:
Não temos resposta para todas as perguntas.
E ainda dizem que somos plenamente racionais...
Entenda que não basta entender.
Para você também que possui um curativo no coração, e um Band Aid nas feridas mais internas e que não entende o quão se torna difícil uma convivência..., bate aqui, não fazemos questão nenhuma de compreensão.
Até que ponto os nossos problemas ganham dimensões que nos limitam de viver o que há para se viver ?
Até que ponto, você, meu caro amigo, despeja toda sua felicidade em um outro alguém ?
Até que ponto somos dependentes de um sorriso alheio para propiciar o nosso ? ...
Eu andei pensando ultimamente o quão o tempo é influenciador em nossas vidas.
Nos faz descrer do impossível, abandonar uma ilusão, disfarçar feridas, secar curativos.
Há algum tempo atrás, esbanjava felicidade, e não uma felicidade qualquer, mas uma daquelas bem autêntica de, quem sorri até com os olhos , de quem ama só por amar, e de quem arrisca achando que a vida está para a brincadeira.
Há algum tempo atrás...
Eu ainda cultivava laços que nunca pensei que o nó iria se afrouxar, ou que uma dor tomaria tanto espaço nessa mente insana que só lhe cabiam palavras.
Há algum tempo atrás eu convivia com poucos, mas essenciais, admito.
Não que deseje descarregar toda culpa nesses novos relacionamentos formados. Turbilhões de mensagens e ligações. Furtivas amizades feitas,...
Não que seja isso, porém, em que medida, somos capazes de ganhar algo e no entanto também cultivar o que se tinha ? Em que ponto não pecamos em oferecer carinho de mais há uns e de menos aos que mais precisam ? Em que ponto podemos amar não um, mas dois corações ?
Não disseram que relacionar , conviver, despertar emoção em alguém, seria fácil.
E não é.
Pessoas são difíceis.
Não se pode confiar no que um sorriso diz por imaginar que há um milhão de lágrimas por trás.
Não se pode entrelaçar os dedos, por medo de se gostar demais, pois há certas coisas que fazendo juntos não teria como não se apaixonar.
Não se pode mais estar bem estando mal, ou disfarçar problema com bebida.
Não se pode mais amar sem medo de correspondência.
Não.
Não se pode.
Não se pode mais apontar a flecha para um rumo sem temer suas conseqüências.
Nesse caos de não poder, como, me expliquem, suplico, ...
como conviver ?
Soa muito mais fácil descrever tantas perguntas do que trazer respostas.
Não há resposta para tudo.
Uma alma tão intensa como a minha nunca se contentou com metades ou com algo que despejasse o morno ou o sublime.
É tão mais fácil viver em equilíbrio, dosar a dose, ou não respirar risco algum.
Sim, é mais fácil.
Mas graças a Deus, nunca me permiti ao mas fácil, nem dos amores mais fáceis tive vontade, sempre quis dar a cara a tapa e ansiar por aquilo que nunca foi possível , na teoria.
Nem da escrita mais fácil, carregada de palavras clichês, ou uma obviedade melancólica.
Nem se quer busquei a facilidade de vender simpática ao mundo inteiro, mas sim me doar à uns poucos e bons.
Mas foi nessa de sempre querer o impossível e , muitas vezes, o difícil, que caí em erro próprio.
Não há como deixar que a loucura escorra pelas veias apenas em momentos convenientes,
que seja louca, mas louca por inteiro.
E amar não seria diferente.
Tendo uma mente tão alucinada..., gostar, criar afeto, se torna tão excruciante, como alguém que não demonstra falta de carinho mas ser a pessoa que mais precisa.
Ser intensa nos sentimentos, ações e sempre imaginar milhares e milhares de coisas antes de dormir, se é que consegue fechar os olhos e descansar.
Como quem pensa e “trepensa” no outro mas que por um orgulho fútil não demonstra, ou se demonstra , demonstra por base de uma frieza incalculável .
Eu não entendo.
Minto.
Por enquanto, não faço nenhuma questão de entendimento, e peço que façam o mesmo.
Entendam apenas o que é cabível , do resto, quando fugirem todas as compreensões , não exijam entendimento algum.
Não deixem que o entender demasiado lhes impeça de sentir.
O peso da culpa
Peço que não levem para uma interpretação masoquista, no entanto, tendo já mencionado no último texto sobre em que ponto nossos problemas ganham dimensões incalculáveis e nos limitam de fazer aquilo que queremos, indago outro sentido, ..;
Em que ponto estando bem, diga-se bem de um modo geral, bem nos estudos, na família, nas relações pessoais, com os amigos, parentes, vizinhos, bem até em quesitos saúde e bem- estar, em que ponto, estando bem pode-se sentir-se mal ?
Talvez deva ser mais direta..., como é possível ter tudo e não ter nada? ...Como teoricamente deva-se estar feliz, mas , no interior, borrar em lágrimas?
Como em um baile de máscaras que todos fingem utopias e sorrisos forjados mas que se corroem por dentro.
Se corroem por um passado que embora tentem escondê-lo uma hora ele sempre vem à tona, .
Como seres humanos que se culpam todos os dias pelos seus vícios e manias passadas, por uma dependência química ou quiçá uma dependência psicológica, ou como aqueles seres humanos que se culpam até hoje pelos laços afetivos perdidos e que nunca mais, drasticamente, serão reatados..; Que se culpam pela morte de um parente ou um amigo querido, ...que se culpam por um acidente.
Acidentes.
Que se culpam por não ter dito palavras doces quando eram requeridas em ocasiões amargas, ... que se culpam por não estarem presentes nos momentos que deveriam estar.
Seres humanos que se culpam tanto por um passado que, possuem até o medo de se arriscar a não viver mais sob a própria culpa.
Culpa. Guilt. Culpabilité. 有罪.
Imaginem que sobre seus ombros esteja uma mochila bem pesada que lhe caleje de dor, e cause feridas em seus braços.
Imaginem que nela esteja toda a angústia de fatos, todas as perdas, todos os palavrões ditos ou até mesmo todo silêncio não pronunciado,...;
Imaginem todos os seus relacionamentos que não deram certo, imaginem toda dependência que lhe levou a uma reabilitação, imaginem todos os esporos de uma vida cosumida e desgastada com o tempo.
Imaginem toda culpa que carregam.
Imaginaram?
Agora, movam-se.
Não há possibilidade.
É pesado demais para se carregar.
Toda a culpa não se supera em pouco tempo ou,talvez nem em cem
anos.
É necessário que da culpa brote consciência, mas não me venham com textos melancólicos de auto-ajuda que nos submetam a uma psicologia barata de como a partir de uma perda é necessário manter-se vivo e como a partir de uma decepção é necessário prosseguir e recomeçar.
Estereótipos não cabem em determinados contextos.
Não é nada fácil, admitamos.
Não mesmo.
Talvez o tempo não cure nada, ou cure tudo, os talvez apenas desloque, como muitos dizem, o incurável do centro das atenções.
Mas leva um tempo danado.
Ferida nenhuma se cicatriza em pouco tempo, e mesmo assim, deixam cicatrizes.
Eu não dito normas a quem perdeu, a quem teve uma juventude jogada ao relento, a quem se rendeu as drogas, a quem perdeu um filho, um pai, um amigo, a quem se culpa até hoje por um acidente fatal, a quem se culpa pela perda de um amor.
Não me coloco nem de longe superior à dor dos outros. A de ninguém..., não seria justo.
Afinal de contas, estando a mil metros de distância do que realmente se passa é muito fácil proclamar poemas ou ditar 7 normas de como superar, ou até mesmo, escrever cartilhas.
Porém, é impossível saber o que se passa na cabeça de cada indivíduo, ...;
Não é possível saber o que leva uma menina de 14 anos ao suicídio, o que leva alguém a cheirar crack, o que leva um pai ou a madrasta a jogar a filha pela janela de um prédio, o que leva alguém a entrar no crime, o que leva alguém a fugir de casa em plenos 17 anos.
A dor, meus caros, é única.
Única para aqueles que a sentem nas próprias veias e que a veem sucumbir e se tornar fatal.
Por isso mesmo torna-se essencial que não se meçam os problemas com uma fita métrica, que não os definam em grandes ou pequenos.
Problema é problema, poxa. E cada um tem o direito de lidar com ele do jeito que bem lhe entender, seja a base de remédios faixa preta, seja a base de psicanálise, seja a base da escrita, ou seja até mesmo, e por que não, a base do diálogo.
Não meçam aquilo que você nem se quer chegou a vivenciar, ou digamos, nas boas línguas, não julgue aquilo que você diz meramente que conhece, mas que ao final das contas, não sabe nem um terço da história.
Tendo julgado tanto e se colocado nos problemas dos demais, o que se ganha com isso?
Afinal, nunca se sabe o que há por trás de um sorriso.
Gentileza gera gentileza
Talvez pensamentos tão esporádicos e estranhos não surjam em sua mente, como na minha.
Duas cabeças, pelas contas, pensam melhor que uma, é “vero”, a própria matemática explica.
Mas duas cabeçam pensam completamente diferentes.
Nesses últimos dias de reclusão da escrita, confesso. Estive imaginando cenas tão simples, bucólicas e pitorescas em minha cabeça que trazem um significado tão profundo que as próprias aparências simples disfarçam e nos fazem escapar de um sentido mais engajado.
Estive imagiando o quão importante seria a pessoa sentada ao meu lado no banco da braça, o quão importante seria a pessoa que está à sua frente em uma fila de supermercado, o quão importante seria o secretário de um estabelecimento ou de um guichê comercial.
As pessoas são importantes, e extrememante importantes, repito enfatizando.
Um importante não comum, mas um importante único.
É claro que essas dimensões de importância e notoriedade não nos atingem em situações tão corriqueiras. Por estarmos habituados à correria, as contas de casa à pagar, ao horário de uma reunião, aos deveres que nos chamam.
Vivendo de faces que pintam e tecem perfis limitados que não nos permitem saber o que se passa no interior de cada um.
Nem se quer passa de relance a importância que esta pessoa sentada ao seu lado teria para um pai, uma mãe, uma amigo, um amor.
Não.
Não passa.
E vice-versa.
Não passa porque rotulamos que não o conhecemos, porque somos tão teóricos que esteriotipamos que importância e respeito só poderia ser atribuído à alguém que se conheça, alguém que tenha a mesma conta bancária , ou que seja colega de classe.
Banhados em hipocrisia não cremos que o mesmo respeito ao patrão se deve ao empregado, que a faxineira do prédio é tão importante quanto a dona do estabelicimento.
Me perdooem, não levem apenas para a faixa circunstancial e econômica.
Não é neste ponto que quero tocar na ferida de muitos.
Embora, admitam, a carapuça serviu.
Não custa nada, caríssimos, um “olá”, um “como vai” um “boa tarde, lindeza”.
Educação é tão gostosa de ser dada e recebida, gentileza gera gentileza e , cá entre nós, gentileza também encanta.
Muitos homens podem até pisar no acelerador de um “camaro amarelo” mas sem educação não chegarão à lugar algum se pretendem chamar a atenção de alguma garota.
Sei que é difícil pensar que em dias estressantes consigamos ser “tão de bem com a vida” e oferecer um ombro amigo a um desconhecido, ou o tratar como você trata sua mãe, o que deveria ser feito, na teoria de uma civilização perfeita.
Pensem bem, reflitam um pouco, não seria as grandes e pequenas coisas baseadas no respeito mútuo ?
Quem respeita as adversidades, o erro de alguém ou a dificuldade do outro não é admirado por muitos ? Haveriam repartições e tantas guerras se todos se respeitassem ?
É claro, é claro, jovem, não é tão simples se constriur respeito vivendo em uma sociedade tão regada de ideologias, religiões e meio termos.,
Porém, acredito que, respeito seria um belo passo para se construir algo grandioso. Passos menores para depois alçarmos léguas e mais léguas.
Quando o stress diário for tão grande que sufoque e faça as veias correrem a ferro e fogo, faça um terapia diferente.
Fazer bem ao próximo nos faz um bem danado.
Mútuo.
O que é bom relaxa e expira tudo de negativo.
Comece por ai, e por que não ?
Por acaso você já ouviu alguém reclamar de receber “um bom dia” ou um elogio de vez em quando ?
Não é falsidade , é educação. Esta que deveria ser ensinada desde o cordão umbilical não cortado.
Passos lentos, eu sei, mas qual o motivo da pressa ? Grandes fortalezas não se constroem de um dia para o outro.
Somos tão jovens e temos todo tempo do mundo,
mas não há tempo a se perder.
A favor do " EU "
Como saber quando agir ? como ter a noção de que menos é mais ? como saber que às vezes afastar-se um pouco, dar um tempo as coisas, ou melhor, dar um tempo ao seu próprio tempo seria a melhor solução ? como saber o que fazer hoje se soubéssemos que não falharíamos ?
Me dei uma nova chance.
Resguardei um tempo para mim, o que não fazia há tempos, admito.
Decide que a única pessoa pela qual devesse ligar todos os dias, beijar no rosto, falar que ama, não estava muito longe, ou melhor não estava nem a meia quadra de minha casa, .
Estava aqui, onde sempre esteve.
Sempre ouvindo e ouvindo delírios dos próximos, atendendo ligações nas madrugadas, servindo de lenço encharcado para lágrimas, dando colo, dando beijo, dando amparo.
Sim,.
Esta pessoa estava sempre aqui, bem ali onde nunca parei para enxergar, de tanto olhar para o espelho para espreitar os cabelos, puxar os cílios com o rímel nunca me passou se quer uma leve impressão,.
Ah, mas estava ali.
Eu sempre estive ali.
Eu sim.
A única pessoa pela qual valeria noites sem dormir, e pensamentos fulminantes.
Me dou o direito agora a ser egoísta, e porque não ?
Como gritaria o mestre e enigmático Raul:
“Se você acha o que eu digo fascista
Mista, simplista ou antissocialista
Eu admito, você tá na pista
Eu sou ista, eu sou ego
Eu sou ista, eu sou ego
Eu sou egoísta, eu sou,
Eu sou egoísta, eu sou,
Por que não..”
Não que viva em uma fase “estilo de época romântica” prezando o individualismo e o puro ego burguês.
Me entendam bem.
Se trata de valorizar a única pessoa que pode lhe fazer feliz,... você mesma.
Alguém que você necessite implorar companhia e atenção,nunca mereceu se quer um “oi” no pré do relacionamento.
Não existe essa de correr atrás, garotas.
Não se iludam.
Se você correu, quer dizer que nunca era na verdade para acontecer.
Quando se gosta realmente de alguém, não se corre atrás, jamais.
Fica. Não parti, não deixa, não caminha de volta à porta da frente, não vai embora por motivos simplistas.
Trata-se do óbvio,
não me valorizando, quem valorizará ?
Está bem, está bem, tenho pais maravilhos, uma avó estupenda que dia após dia me tece elogios dos mais carinhosos, e sim, me valorizam como cada artéria que vibra em seus corpos,.
Nada de egocentrismo aqui, não me critiquem, e admitam também, vocês sabem muito bem o que é sentir-se amada por seus familiares.
Mas digo do valor próprio, daquela coisa bem íntima que cada um mede do tamanho que lhe cair melhor :
a auto-estima.
Aquela que faz você se sentir nas alturas, ou quiçá bem no fundo do poço.
Às vezes é bom mostrar ao coração quem está no comando, parar para refletir atitudes e se embrigar de felicidade.
E por que não ? Não machuca, pelo contrário,. Não fere. Cura. Não engorda. Satisfaz. Não limita. Abrange.
Me doei esse tempo ,
Merecido.
Época de férias, conciliando o útil ao agradável.
Descanso e um pouco de reflexão.
Recomendadíssimo.
Talvez percebam que muitas vezes em relacionamentos pesados cediam carinho ao próximo mas não era recíproco, .
Muito carinho sem nada em troca não é amor, não é gostar, não é afeto, .
É caridade.
Deixemos um pouco de lado o que fulano ou ciclano pensam a respeito.
O QUE VOCÊ PENSA A RESPEITO ? O QUE VOCÊ FARIA ? OU MELHOR, O QUE VOCÊ GOSTARIA DE FAZER ?
DOSANDO A DOSE,
VÁ E FAÇA.
Pode custar caro, eu sei, e ainda por cima pode ser uma tragédia.
Ou pode ser tão bom e inesperado que se você não tivesse feito se arrependeria pelo resto da sua vida.
Chute o balde de vez em quando e expire tudo o que há de negativo.
É certeiro.
Fazer o bem atrai o que há de melhor em dobro,
pode conferir.
Desistir.
Muitas vezes desistir ultrapassa o sentido de “ desistir “ como a própria palavra dita.
É ter horas em que se sabe dizer, : “ olha, eu sei que poderia ter feito melhor. Muito melhor. Poderia ter feito de tudo para dar certo ,. Oração, simpatia, cartas, telepatia, búzios... o que for. Mas eu preciso pensar em mim também.
Porque a gente sabe que mesmo não aguentando mais, mesmo com tanto problema, mesmo com tanta desilusão, a gente insiste,com o resto das forças que tem... porque né, vai que um dia a felicidade resolve dar de cara .
Insistir no que já desmoronou é o mesmo que multiplicar infinito por zero, no final, resulta em nada.
Desperta, encanta, fascina e informa... Quem é ela?
A LEITURA
A leitura sem sombra de dúvida é indispensável para o desenvolvimento psico-social do ser humano. É através dela que somos inseridos em uma sociedade cada vez mais informativa, onde o conhecimento técnico- prático vem sendo substituído pelo teórico geral. A educação, portanto, torna-se,...digo, não apenas torna-se , mas como sempre foi , o primeiro ponto de partida.
O cheiro dos livros, as bordas das páginas, e-books,...; todos estes mecanismos e diversos outros a mercê da visão humana.
Um turbilhão de palavras e um amontoado de acentos que levam o ser humano ao desbravamento de mundos inóspitos e quiçá nunca antes vistos.
Mistério, ficção, suspense e a própria literatura ganham vida plena .
Desta forma, torna-se necessário o incentivo primordial à leitura. Inserir dia após dia jovens e crianças em um universo didático e ilimitado, quesito imaginação.
O incentivo parte primeiramente da família e seus princípios. Educação e bons hábitos também se constroem com base em bons exemplos.
A escola é outro instrumento indispensável ao desempenhar um papel fundamental disponibilizando todos os recursos necessários ao crescimento profissional e informativo do aluno.
Hoje, neste mundo cada vez mais corrido, exigente e competitivo, a leitura mais do que nunca se faz necessária e essencial, aliada ainda a um profissional, aluno, ou estagiário criativo e bem informado.
Afinal de contas, não é de hoje que conhecimento é sinônimo de poder.
Direito à educação: Um bem de todos.
Toda educação seja ela praticada da forma que for deve ser à base de comprometimento e organização.
Só é possível se gerar bons frutos por meio de um ensino de boa qualidade e dedicação por parte de mestres e alunos.
A apredizagem é um processo, ou melhor, uma evolução que demanda bastante tempo e profissionais capacitados e qualificados que possam com segurança passar informações corretas a seus alunos.
Vivendo em um país como o Brasil, era de se imaginar, muitas vezes, que em grandes centros urbanos e megalópoles nacionais se encontrassem os melhores professores universitários e de ensino médio, afinal, é ali que se encontra também as aglomerações e conjunturas das melhores universidades e das melhores oportunidades profissionais, o que deixa a mercê regiões pobres do nordeste e norte do país.
O puro sertão brasileiro convive com escolas que nem estrutura física adequada possuem em conformes, em regiões ribeirinhas leva-se horas para atravessar o rio para uma escola ou centro educadional mais próximo, em zonas rurais , muitas vezes, nem escola se encontra.
São condições de vida que quem vive em pólos urbanos e cercados de arranha céus se quer imaginam.
A educação a distancia portanto, veio alavancar essa nova forma de se adquirir informações.
Os bons professores agora estarão acessíveis por meio de vídeo aulas a qualquer aluno com um computador a disposição ou até mesmo uma TV.
É a educação transpondo barreiras e levando cultura e ensinamento a jovens de todo país.
Em um segundo momento no entanto, todo aprendizado suscita dúvidas e estas só serão esclarecidas com um professor do lado, ao vivo e a cores, com giz no quadro ou pincel.
É este acompanhamento, essa relação mútua aluno-professor que leva muitas vezes ao conhecimento de fato. E isso, infelizmente, não é possível em uma tela de algum aparelho.
Educação a distancia não é a solução para suprir os elevados índices de analfabetismo e carência em áreas inóspitas do Brasil. Porém, é um bom paliativo, um pontapé.
É necessário medidas que levem profissionais , estrutura e materiais a essas pessoas aonde quer que estejam, afinal de contas, pela constituição, todos tem direito à educação.