Alpheu Mattos
O vazio da alma, o desejo insaciável pelas coisas fúteis e a falta de amor e confiança nas pessoas são os maiores problemas desse tempo.
Nós somos vermes na terra, parasitas sanguinários e insaciáveis, sanguessugas incontroláveis e o que nos espera no futuro é a conta por todo mal que corre debaixo do céu.
A experiência nos mostra que os relacionamentos não se tratam de eventos, nem de intensidade ou ainda sorte, mas de consistência.
Não fazemos o tipo equilibrado, não tentamos parecer duas metades de um inteiro, somos dois seres distintos e de um modo de vida parecido. Eu sozinho já sou imperfeito, por isso nunca exigi perfeição de nenhum de nós, dois inteiros de uma duplicidade, sem demagogia. Eu sou a pessoa que chute o balde, aquela que não exita em puxar o gatilho, ela é a querosene, o ar que inflama toda essa chama, juntos podemos ser destrutivos e ao mesmo produtivos em uma fusão paradoxal. O importante é que valeu a pena até aqui, anos de reciprocidade e dedicação, você apesar de todos os flagelos que enfrentamos está sempre a frente sorrindo segurando o escudo, resiliente de suportar alguém tão megalomaníaco quanto eu, sem criar expectativas, sabemos que se o futuro chegar para nós a maior parte do empenho foi seu, e a única coisa a fazer vai ser recompensar a paciência de Jó que emprestou a mim. Nada na nossa vida tem vindo fácil, é uma batalha atrás da outra, eu queria jogar esse jogo com algo além de uma alabarda de esperança, mas enfrentamos o mal com as armas que temos, pois eu sei que apesar dos obstáculos enquanto eu estiver com você ao meu lado tudo é possível.
Na natureza por vezes não existe algo chamado piedade, ou você é a máquina ou você é o combustível que a alimenta, a natureza é a maior prova que existe aristocracia.