Alexsandra Zulpo
O pior inimigo não é o que põe em risco a sua vida, nem o que esvazia o seu bolso, nem o que macula a sua reputação. O pior inimigo é aquele que aniquila a sua fé em você mesmo.
Quando resistir é inútil, o melhor é adaptar-se. O mais sábio é sempre aquele que consegue tirar proveito das circunstâncias inevitáveis e fazer com que elas funcionem a seu favor.
A indignação é um sinal de falta de óleo da Graça de Deus. Deixemos que o óleo do Senhor conserve a nossa temperatura branda.
Nada mais terrível do que um homem murado dentro de si mesmo. Aquele que corta toda a comunicação profunda com os outros, que se isola, que se fecha, para se tornar inacessível, é o mais infeliz dos homens.
Um amigo é exatamente como o sol. Não precisamos vê-lo todos os dias para saber que ele ainda existe.
Amigos são os que na prosperidade aparecem sem receberem convite, e na adversidade aparecerem sem serem chamados.
Depois de um tempo você percebe que chorar não muda as coisas. Percebe que permanecer trancada no quarto, encarando o teto e esperando as coisas melhorarem, não faz com que os ponteiros do relógio parem ou se movam para trás. Percebe que noites em claro não são a solução para se livrar de sonhos ou pesadelos, pois estes te perseguem mesmo quando está de olhos abertos. Depois de um tempo você percebe que cortes no pulso não tornam o dia mais bonito ou mais claro, e que giletes não servem como antibióticos-contra-dor-interna. Percebe que a indiferença dói, mas não mata. Que um coração partido, nunca volta a ser o mesmo de antes, e que uma vez quebrada, a confiança não se regenera. Um dia você entende que chega uma hora na qual lutar se converte em sua própria derrota. Uma hora em que desistir, deixar partir, fugir, é a única alternativa. Você percebe que há momentos que duram uma fração de segundos, mas podem causar danos que durarão décadas. Depois de um tempo você entende que a palavra desistir é relativa, que o verbo esquecer é involuntário, e que amor nem sempre é plural, e que quando singular, dói. Você então percebe que a mês após mês, dia após dia, hora após hora… Você percebe que o tempo não é constante. Percebe que ele muda, que ele passa depressa, e que vai eternizando momentos, arrastando lembranças, sequestrando pessoas. Você percebe que mesmo sem viver, você sobrevive… Mesmo sem querer, você segue. Então percebe que quando esse “depois de um tempo” chega, você não sabe o que fazer. Percebe que talvez, nunca saberá.
Há dias que não recebo seus carinhos, seus beijos, seus amores, sua presença, me chamando de amor. Até quando tudo isso vou tem que segurar?