Alexandre Sebin

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É Luiz, onde foi ?
foi por ai, fazer alguém sorrir.
E isso fazia muito bem,
não tinha ninguém que não fica bem
com seu jeitão fazia homem duro chorar
porque era difícil suportar o coração.

Luiz, Luiz, pucha a barba do Raul e conta pra ele
a história do carneirinho, conta também o Build,
quero ver se este baiano não vai cair de rir
agora não me venha falar que a dor vai passar,
isso não vai embora não, por que nem um tempão
vai ser capaz de segurar o coração,
prepara que logo logo a gente chega por ai,
e ai quero ver se este lugar não vai morrer de rir,
enquanto isso, nós vamos indo por aqui, engando a saudade
para que ela não invente de nos fazer chorar,
por que isso não vamos suportar,
vamos ficando com o vatapá, o sururu,
com o pelô e animando o coração, até quando poder te ver de novo, e o choro virar emoção.

( in memória Luiz gonzaga Bonfim)

Inserida por ALEXANDRESEBIN

Anda incomodando sua ausência, foi-se sem abraçar, sem assinar contrato de retorno, foi-se sem aviso prévio, e esta sua ausência torna os dias nublados, o sol sem brilho a lua sem cor, partiu de madrugada para que não houvesse testemunhas, embarcou na primeira estação e não disse até mais, o coração ficou descompassado, perdeu o toque, perdeu a sintonia, sensação estranha de não conseguir seguir, sensação estranha essa sua ausência.

O coração não suporta gritos, não suporta desaforo alheio, é contra a empatia, corre de assustado, morre de solidão, morre por falta de aproximação, o coração é teimoso, se recusa o resmungão, fica doente, fica carente, perde o compasso, perde-se no tempo, esse coração é o meu, que sem você, é apenas um coração, que não se sabe bater.

Aquela estação tem muito a dizer, aquele vagão, aquela estrada, aquela parada, observavam nossos encontros, que sejam testemunhas que não fui eu que parti primeiro, que deleguem o amor que dei, que te entreguem o mau que fizeste, mais quer saber, aquela estação nunca viu um casal tão apaixonado, aquela estrada nunca levou ninguém a conhecer o amor, e aquele vagão jamais confortou tanta felicidade.

Com o tempo você aprende que tudo o que você tem, é apenas emprestado para o seu bem, ou para o seu mau.

A porta se abriu lentamente naquele dia, o sorriso ficou para trás, naquele dia, ela não estava contente, não queria respostas, não queria desculpas, queria se despedir, colocar ponto final no que ela não teve, no que não lhe foi permitido, carregava contigo seu presente, seus bombons, ela o tirou da bolça e lhe ofereceu, que agora tornara-se amargo, perdeu-se o doce, perdeu-se a cor, ela estava disposta, que naquele momento não seria mais dele, não sonharia , não o chamaria em suas noites, virou-se deixando em sua mesa, o bombom amargo, e foi-se, ser feliz.

A gente descobre que felicidade é estar dentro dos braços de alguém, e que seu mundo cabe ali dentro.

Quando nos tornamos adultos, a grande saudade que temos é de quando eramos crianças, e que soprar a vela era realizar desejos, que felicidade se resume estar dentro dos braços de alguém, e ai quando crescemos, quando completamos 34 anos ou mais, queremos apenas ser acordados com um beijo de feliz aniversário, abrir os olhos, e vê que o tempo ainda não passou.

Por que o tempo só é justo com quem se arrisca e não fica na janela esperando , mais que sai pela porta e vai atras do que chamamos de felicidade

Saber aquele cobertor velho, aquela manta de criança, aquele lençol amarelo do tempo, que gostamos tanto de estar dentro deles, chega uma hora que é preciso abandonar o querido velho cobertor e trocar por lençóis novos.

Essa coisa de tempo é mesmo assustador, vivemos anos tentando se entender, procurando bons motivo pra ser feliz, e nesta coisa de procurar não aprendemos que perdemos, perdemos a chance de ver que a felicidade é um bichinho simples que esta na ponta do nariz, perdemos a qualidade de bons sorrisos, perdemos a chance de se jogar nesta metamorfose e gostosa aventura de viver. Vai o tempo escorregando pelas mãos mais uma vez.

Rir de verdade, rir pra barriga doer, rir da vida, rir da gente, rir por rir, quando a risada toma lugar no coração se descobre a felicidade, essa coisa de perder tempo de cara fechada, esconder sorriso, é a maior bobagem, é o maior desperdício. Essa vergonha de mostrar o sorrisão, não tem perdão. Ensaie com o espelho, se ache lindo ou linda, se ame de verdade, ria até cair, até chorar de rir.

Já já o passado fica por aqui, remoendo nossas vidas não vividas.

Por onde andavas as suas promessas?
Você me deixou viciado em ler seu olhar, me deixou apenas com o gosto do bombom, sua musica predileta ainda toca no antigo toca fita, aquela canção ainda faz barulho dentro de mim, aquela sua promessa de não abandonar nossa história, agora ando na rua procurando seu olhar, e aquele sorriso lindo que me conquistou, a como é gostoso ouvir sua voz gravada na secretária eletrônica, sua promessa se perdeu pelo tempo, se perdeu quando desviou o olhar, será que vamos nos esbarrar? o papel sobre a mesa rabiscado, palavras não ditas, querendo sair das simples linhas, um dia, apenas um dia seria o suficiente para dizer por onde andavas? pra ouvir e querer suas promessas.

Não ha poeta que resista a tanta inspiração, as palavras se perdem, o escritor fica cego, você é essa coisa que paralisa tudo, seu nome é musica, sua voz acalma a alma, como pode ser tão linda, tão intrigante, nascestes para dar brilho ao mundo, foi inspiração para as mais belas melodias, como és bela, menina mulher, menina flor, quero seu abraço, seu cheiro, quero ser o seu poeta.

Só não conte para o seu amado, que minhas maus traçadas linhas foram escritas pensando em você, não conte nosso segredo, guarde reservado em uma caixinha mágica, e toda vez que abrir, lá dentro terá o sopro que esconde apenas as coisas boas que me trazem até você.

Medo de que? medo de cair e não conseguir levantar, tem gente que tem medo de vida, tem medo de respirar, eu também tenho medo, mais é medo de ouvir a cadeira de balanço incomodar, de fechar os olhos e se arrepender de não ter caído, de não ter deixado viver, medo de não saber sorrir, de não pular. Medo que coloca o pé no chão e a vida na mão. Conheci muita gente com medo de não viver, conheci amigos que guardaram consigo felicidade reprimida, que não ousaram, esses amigos envelheceram, alguns morreram, outros se quer viveram, foram sepultados pela reprimiação, lamentaram os desejos guardados, hoje ouvem a cadeira indo e vindo e suas lembranças do querer.

Cuidado, em prolongar qualquer coisa que engane o coração

Inserida por ALEXANDRESEBIN

E se a gente descobrisse que o lugar mais gostoso do mundo é dentro d'gente mesmo.

Tirei a noite pra escrever, para contar de você, engraçado que tem gente que muda a gente, muda a vida, tem gente que permanece até quando tem que permanecer, mais deixa uma coisa, deixa vida, gente que embanana os pensamentos, que norteia o coração, gente que tem olhar de anjo, que nasceu para fazer o coração ser diferente, eu acho que nesta noite que resolvi falar de você, acabei dizendo de mim mesmo, acabei revelando que tem gente que faz a gente ser gente.

Seu livro? o meu, sua musica? a minha, nosso acordo? rir. Essa coisa de que os opostos se atrai é mentira, enganaram você, o amor gosta mesmo é de afinidade, é de cumplicidade, o amor não suporta desencontro, não suporta enganação, amor quer mesmo é identidade, quer nome e sobrenome, quer ser respeitado, vivido e não falado. Por que quer ser achado, e não arranjado, o amor é divino, é o combustível da felicidade.

E nos deparamos que a cadeira de balanço soa estranho, que o vento passa descompassado, que a musica toca sem ritmo, que as coisas estão fora de lugar, nos deparamos que vida nos levou ao descompasso, e que o relógio na parede ja parou o tic tac faz é tempo.

Só uma coisa diferencia todas as poesias, afinal somos bilhões, e alguém irá poetizar como você, o diferencial chama-se coração, este é individual e não existe cópias e nem réplicas.

Só podemos mecher na vida de alguém, quando este alguém nos der a devida permissão, caso contrário, caracteriza-se fofoca.

Inserida por ALEXANDRESEBIN

Então descobrimos que a viagem chegou ao fim, quando a janela já não registra mais nenhuma paisagem interessante.