Alexandre Machado dos Santos
Se eu tivesse o conhecimento de metade do sofrimento que passaria ao negar que existia o amor, ao negar permanecer ao lado de uma pessoa interessante por nada, ao brincar com o sentimento de outras pessoas, e ao me preocupar com o que outras pessoas pensariam, teria vivido diferente, e vou.
Num número que gira na casa dos bilhões, há somente pessoas são escravizadas pelos padrões que a sociedade impõe.
A presença do sofrimento é normal para todos, saber lidar com determinado grau de dor é individual. Ninguém pode dimensionar as dores que o outro sofre, mesmo que você tenha sofrido da mesma maneira, porque os graus de dor e a forma com que cada indivíduo lida com a dor é diversificado.
A assimilação que temos com o mundo é variada, porque somos pessoas únicas e insubstituíveis com interpretações feitas e desfeitas ao longo da vida.
Nenhuma brevidade traz felicidade plena, tudo que pouco dura traz felicidade temporária, e essa, mesmo que tenha sido iniciada de forma incrivelmente deslumbrante, disforma-se no decorrer temporal.
Os seres que se vangloriam e se contentam com méritos, não têm constância de felicidade, porque há demasiada temporalidade implicada nisso.
O valor das coisas está no tempo que elas duram, porque a intensidade é um afago cruel quando se torna lembrança.
Quem cultiva momentos, não colhe nada. Quem cultiva planos, colhe vida. Se os planos não derem certo, cultiva a ti mesmo.
O dois únicos julgamentos que podem tirar sua vitalidade, é o julgamento que você aceita das pessoas, e o pior deles, o julgamento que você faz de si mesmo.
O camaleão se move lentamente para não ser notado, usa sua língua grande para capturar presas pequenas e precisa trocar de pele para aumentar sua resistência. Na sua vida há pessoas como o camaleão, que te rodeiam lentamente, usam a lingua grande e precisam ser esse tipo de pessoa para se sentirem mais fortes. Não seja uma presa pequena!
Quanto mais cansado o ser, mais o ego se expande. Neste caso, o ego amplia o sofrimento e minimiza o regozijo.
Definitivamente não somos o que queremos! Nós somos fruto das relações familiares e sociais, que controem nosso caráter para reagir as situações.
O que você pensa sobre você, e o que você pensa que os outros pensam sobre você, são achismos, não são reais.
Para viver não existe manual, não existe filosofia que possa ser aplicada à todos. Manejar a vida da forma que você quer não é ser livre. Ser livre é minimizar seu ego, e entrar em plena harmonia com tudo. Note que harmonizar não é desistir, mas aceitar com serenidade o que aconteceu ou o que está acontecendo.
No boxe a contagem se inicia nos dez segundos e para no zero. Na vida a contagem se inicia no zero e para no desconhecido.