Alexandre Brandão
Desculpe mãe, por eu ser assim
Um moleque idiota, magrelin, mas sou seu fíh..
Não sou o que cê sempre quiz, mas lutei pra ser
E hoje faço esse poema pra você..
Sempre é hora certa de agradecer, pelo amor e educação que eu pude receber..
De uma mulher que lutou, que sofreu, que chorou
E além de tudo que passou, nunca me abandonou..
Ela passava anos pra me dá o que eu queria, mas agradeço por lembrar dos meus pedidos todo santo dia..
Dava dinheiro pra eu ir pro cinema e jogar bola..
E Disse: Vou batalhar mas meu filho nunca vai pedir esmola..
Me ensinou a ler e escrever
Aos 3 anos foi orgulho, eu pude perceber..
Na adolescencia eu sempre brigo com ela, mas percebo que minha véia é que sempre está certa..
Essa hora ela tá lá trabalhando, pra ganhar dinheiro e continuar me sustentando..
Mas isso claro que vai ter fim, vou aposentar minha véia e eu que vou trazer o dindin..
Dar uma casa nova pra ela morar e comida na mesa nunca mais vai faltar..
Ela merece isso e muito mais..
Minha véia me ensinou a fazer tudo que for capaz..
Eu não entendo o motivo do qual estou vivo..
Já vivi o que tinha que viver, mas parece que até a morte não me quer por perto..
Vocês já prestaram atenção?
Tudo que você faz com esforço ninguém dá valor..
Você faz seu melhor e ninguém sequer lhe diz ao menos obrigado.
O mundo não é assim..
São vocês que são assim..
Ele é apenas um espelho, ao qual se reflete a humanidade.
A luz é a única coisa que me faz acordar todos os dias pensando em um novo recomeço e limpar todas as lágrimas derramadas..
Dinheiro traz sua felicidade?
Então pode lamentar..
Ladrão existe de mais
E agora é hora de chorar..
Roubam sua felicidade todo dia e você nem pode reclamar..
Viva a realidade todo dia,
Dinheiro nunca vai te alegrar.
Veja o céu, infinito azul..
E as estrelas são como navios a navegar por entre as nuvens
Corais então são as luzes
Brilhantes sobre a cidade.
Olhe, veja quem ficou para trás,
Embora muito distantes
Estejam fora do alcance dos olhos..
Fantamas solitário a gritar,
Por entre o céu que pintado está, numa tela branca, então..
O vento deste mar salgado
Fez os pássaros chorarem.
Retratando um sonho eterno
Um eterno céu de inverno.
E as ondas..
Elas batem no meu rosto
Vento forte puro e seco,
Que me levam para longe e alegram minha casa, velha casa..
E o mar..
Ele disse adeus para a praia
E voltamos a viver solitarios na multidão..