Não há honra na servidão que vem da necessidade ou do medo.
Nem toda posse, ação ou qualidade que constitui sinal de poder significa Honra.
Quando uma opinião nos agrada, chamamos de ideia. Quando nos desagrada, chamamos de heresia, burrice, imoralidade ou incompetência.
É a Paixão, não a Razão, quem governa os rótulos desse mundo.
Quando Razão e Tradição divergem, escolhemos entre as duas por aquela que mais nos favorece ou agrada.
Assim como a Religião, a Ciência nasceu de nossa ansiedade em relação ao futuro.
A prática das Virtudes constitui o caminho e o meio para a Paz.
Culpar a Indústria por atender a demanda dos consumidores é como culpar o garçom da pizzaria pela epidemia de obesidade.
Talvez nenhum valor Moral seja mais negociável que a Decência.
O Estado é um especialista em mudar o culpado sem mudar a situação.
A Utopia, hoje, tende a substituir a Moral.
A descriminalização do aborto diz nada quanto à sua Moralidade: a Lei pode autorizá-lo, mas não é capaz de torná-lo banal ou inocente.
Responsabilidade é uma hierarquia de escolhas e renúncias.
Ser Competente é resolver um problema.
Ser Responsável é arcar com as consequências dessa solução.
O cinismo é a Verdade que deixou de se esconder detrás da hipocrisia.
O Relativismo luta contra a Moral Absoluta, mas deseja que sua Moral seja universalizável. É uma incongruência delirante.
Se os fins justificam os meios, o que utilizaremos para justificar os fins?
A legitimidade de uma Lei não a isenta do risco de catástrofe.
Do ponto de vista civilizacional, tudo que é possível será eventualmente feito.
Nada como um providencial manto de piedade para disfarçar nossa perene crueldade.
Quando muito, o Destino governa apenas 49% de nossas vidas. Os 51% restantes não são “destino”: são escolhas, responsabilidades e consequências.
O Tempo é a ordenação de percepções sucessivas.
O que a Filosofia oferece é a chance de avançarmos um passo além de nós mesmos.
Chamamos de Tradição a repetição de um determinado costume sem adicionar a ele qualquer novo raciocínio ou conclusão.
Se existe uma maldição assombrando o Homo sapiens, ela certamente atende pelo nome de Credulidade.