Alessandro Lo-Bianco
As palavras saem das escalas e ânsias retomam seus meios. Calam-se de imediato para que as amarras desçam pelo meio. Sai sofrido, dilacerado, sente-se aos prantos e em orações. O peso aumenta até esvaziá-los, para preenchê-los com novas emoções.
Liberdade! Ele não pede mais por liberdade. Ele agora exige novamente a sua existência. Basta! Poderá abrir novamente os olhos além de escutar! Daqui pra frente, estará sempre ao seu lado. Basta apenas que ele escute e abra os olhos...
Aqui a cultura não é pra todos, como se a cultura fosse estudar... Cultura é tudo, é o vivido, não o que se lê para gravar.
Mas sem voltar atrás, preferiu lutar contra o tempo através de suas inquietações. No mais tardar, aquele homem dito irredutível, enfim, estava apto a mudar! Porém, escolheu o caminho mais doloroso. Precisou ver todos seus egos de joelhos diante de seus semelhantes.
Às vezes, nada é simples e não são todos que percebem as coisas. Então, elas vão continuando devagar e aos pouquinhos.
Ele sempre saía de perto quando algo acontecia e, de longe, preferia imaginar e fazer mil sugestões.
A cada dia ele renovava seu destino fazendo uma promessa. Usava uma promessa de cada vez para se perdoar.
De tudo ficou a indiferença dos acertos. Foi mesmo embora.
Precisou de mais espaço para cometer seus erros...
Hoje, taparam essa janela por culpa da razão. Mas apesar de terem ido os sonhos, restaram-lhe a certeza daquela visão.
Estou a espera de quem não foi e não sabe se um dia irá, mas deseja ir...Contra aqueles que já estavam lá, estiveram ou estão, porém, sem darem conta de onde.
Consentindo em credos e ações interpretadas ao descomunal acesso de sensações, o amor é o mais devastador se posto a um final imediato, como o mais recompensador enquanto presente.
Se flores fossem, não mais exalariam seu cheiro com o passar do tempo. Seu cheiro se apoiaria numa essência acima de tudo que o tempo poderia fazer com a matéria.
Deve-se passar sempre o sentimento ao papel! Assim fala a regra número um da poesia! Por isso, fizeram existente por agora o sentimento, acreditando vir depois os versos, sabe lá o dia...
Pois o poema que efêmero é: não foi sentido nada em sua primazia... Mas aquele que é feito com amor, ao ser lido uma vez, será lembrado sempre um dia!
Quer ver se o amor vilareja?! Ou se fica parado no ar?! A vida te ensina num tempo, um dia. Pretensão, não sou eu quem vai te falar.
A noite dobrou algumas páginas que escaparam ao relógio. A partir de agora, um dia, fará a necessidade da existência de outro. Encontram-se latentes agora todas as suas intenções.
Quando leu o livro, imaginou como seriam as luzes! Comparou com as luzes reais que conhecia. Teve a certeza que deveria continuar imaginando. Mesmo que as luzes reais não estivessem mais iluminando tanto, ele sabia que sempre existiriam na sociedade indivíduos que poderiam, ao menos, manter a luz acesa para sempre.