Aleff Lavoisier
É
Tantos Joãos vendo suas Marias dando adeus,
Histórias que terminam antes de.começar.
Tantas Joanas discutindo com as Claudias porque ela ainda não tá pronta pra se assumir.
Tantos Ricardos fortões trocando o amor de seus Rodolfos, porque sua aparência atrai milhões e ele opta por tantos.
Tanta Hosana que nasceu Pedro apanhando nas ruas por ser quem sua alma é.
Tantos Robertos recebendo olhares estranhos por declarar que gosta de amar o Ryan e a Bruna.
Tanto Estevão sem coragem de revelar sua multiplicidade, porque não compreenderiam.
Tantos Silas esbanjando ódio e escubando desejos por detrás disso.
Tantos Marcos se apoiando na religiosidade pra curar o amor que sente pelo Vitor.
Tantas Victorias negando a si mesmo a aceitação do corpo, porque uma revista americana ensina o tipo certo.
Tantos Kevins desejando o automovel do ano porque o globo ensina a girar em torno disso.
Tantos Rubens desejando a tanto tempo um amor sincero, e encontrando desperdicios.
Tantas Annelises sendo maltratada só porque se move sentada.
E no fim, tanta estupidez humana
Incapaz de ver a singularidade que cada um carrega,
Mundos tão particulares e interessantes,
Justamente por serem terras distintas
Que são atraentes.
Histórias que mudam,
Com pesos carregados que ninguém deveria julgar, mas faz.
Isso apenas porque o homem
Carcereiro de sua propria armatilha,
Tenta aprisionar as almas corajosas
Que vivenciam sua realidade no impulso da vontade de viver
E aproveitar tudo que tem direito.
Por isso sendo Aleff, Alana, Shirley ou Cleyton,
sua realidade, sua vida,
Só você é seu juiz
E não se condene a opinião vazia do outro,
Que é tão oco quanto a mesma.
O medo daqueles que sonham,
caminha do lado como simples lembrança
de que coragem não significa não temer,
mas ir mesmo temendo,
porque seus sonhos ultrapassam
a sua insegurança.
Caminhando vai,
Não para menino,
Pois o medo é apenas
Tua desculpa pra não
Descobrir o prazer da novidade.
Há algo no mistério
Maior que esse medo minusculo
Em teu peito.
Viaja além do comodismo
E alcança os horizontes
Que só aguardam tua chegada.
Vai, o mundo é seu.
O principe na floresta dourada
Caiu no baú do seu quarto e adormeceu.
Desperta num mundo paralelo
Onde a realidade se distingue
Daquela que está habituado.
3 pontes de simbolismo,
Levam os visitantes
Do portal mágico a floresta adormecida.
A primeira desenhada nos moldes franceses do século xx, com desenhos cinzentos e em pedras brilhantes.
O principe não quis atravessar por ela,
E foi para a seguinte.
A segunda era rodeada de flores e possuía animais pelo caminho, que assustaram ao pobre principezinho.
Ao chegar a terceira,
Se sente encantado
Pelo segredo que esta aparenta:
Possui uma imensa porta no meio do caminho,
Coisa que jamais viu numa ponte.
Ao chegar proximo da porta,
vê que não existe fechadura e decide bater.
E eis que surge pairando no ar,
Uma figura luminosa
Semelhante a um anjo duende,
Com asas negras, cabelos cacheados, orelhas pontudas e olhos claros que lhe diz:
-O caminho de volta se fechou para você, e para seguir, terás de me responder uma pergunta.
-Qual?
Qual a força mais poderosa,
Capaz de mover da mais pequena criança ao maior dos adultos?
-E se eu não responder, o que acontence?
-Ficarás preso pra sempre no meio desta ponte. Te dou apenas uma chance para descobrir e apenas 7 minutos.
O pequenino senta pensativo,
Procurando desvendar tal coisa.
Ao findar do seu tempo, soa um tambor anunciando o seu momento.
E a resposta lhe é cobrada:
-E então garotinho, qual o segredo do tal mistério?
(ele sorri)
-Chega a ser divertido
Ter que imaginar uma resposta,
E ela ser justamente a imaginação, essa capaz de criar coisas impossiveis aos olhos dos incredulos.
-Jovem sábio, como te chamas?
-Me chamo Joe, sr.
-Pois bem Joe.
Diante da sua demonstração de sabedoria, te entrego a chave para a ponte, que te dá o direito de retorno quando desejar. Bem-vindo a floresta dourada.
Ao abrir da porta,
Apaixona-se pela visão privilegiada
Que tem de um mundo novo,
Onde os troncos são feitos de ouro e as folhas de esmeralda.
E então vê uma garota saltitante e sorridente
Correndo por entre as arvores.
-Espera menina, espera!
Ao conhecê-la de perto,
Nota que ela se parece muito com uma boneca de pano
E seus cabelos são feitos de água.
Akira é seu nome e é a guardiã da alegria e fontes cristalinas.
Juntos, eles fazem festa por todo percurso na água e marcam o próximo encontro.
E sempre que Joe chega da escola,
Tranca-se em seu quarto e viaja em seu baú mágico.
Porque a mágica está na sua imaginação.
Outro dia me vi só.
Tanta tristeza nos olhos
Que aquele que me encara,
Bebe da minha dor.
Vi a lágrima trancada,
Os olhos se recusam,
Mas a alma sente.
O riso se abre,
Os olhos brilham inclusive...
Oh imenso teatro!
Me pus a chorar lágrimas secas,
A dizer sandices,
escrever asneiras
sobre histórias pela metade.
Vi-me esvaziar nas notas
nos vazios mais profundos,
Retorno para o inverno mais congelante.
Tudo que gostaria
Era ter sido
Primavera com você.
O poeta escreve,
Mas por vezes mente,
Encena, ilude.
Na real, um ser mutavel,
mais triste que alegre,
De onde tira profundidade.
Oceano ao invés de rio,
Toca o céu enquanto pisa o inferno,
Cidadão de lugar nenhum.
A constante dúvida
Do real e da sanidade,
Especialmente da própria.
Virose das palavras,
O veneno que esvazia,
Injetado nas veias
Na perdição.
Adorador das decepções,
Histórias com finais duvidosos,
Das ambiguidades,
Das calúnias costuradas no tempo
E rasgadas com tesouras da justiça.
Duvida de tudo que existe,
Inclusive do que disse a segundos atrás,
a ideia jamais permaneça intacta.
Duvida inclusive,
De sua capacidade de escrita,
São tão somente,
delírios constantes.
Ninguém sabe,
Mas sorriso anda com choros
Amarrados nas costas,
Disfarçando as evidências
Do coração contrito.
Dias de sol
Com tempestades
Engarrafadas em seus olhos.
Se cura ao fio da navalha,
Na contramão do sinal.
O alien mas não alienado.
Sua estranheza,
É seu encanto
Que não sabe como obtêm,
Só sabe que escreve
Lamentação
Ainda estou de pé,
Mas isto não significa muito
Sob a queda do amor.
Trago nas feridas vivas do meu coração
As marcas de um amor bandido,
Sonho em solidão.
Suicidou-se
a esperança suicidou-se no dia
Que os deuses jogaram os dados,
E decidiram o seu destino
Em minha vida.
E toda tentativa vã
De ressurreição do animo,
Me arrasta às memórias
Queimadas no carvão.
Mas no caso de você voltar amor,
Eu não estou.
Nublei as janelas, mas já não chove.
A mão que soltaste,
Fechou e se endureceu.
Te amar e odiar não é
Assim tão fácil,
Menos ainda tentar envenenar
Esse sentimento todos os dias
Depois do adeus.
Mas eu vou,
Sobrevivo,
Quem sabe um dia
Eu vivo de novo.
Ainda te amo porém,
Não te entregarei sequer um oi.
Adoro teu cheiro
E desprezo o odor das mentiras
Que saem dos lábios
Que um dia eu beijei.
Espero que sejas tão bom amando
Quanto quando mentes.
E o terrivel de tudo é que
Eu te amo,
Te odeio e
Te deixo ir.
A pedra e a estrela da esquina lunar
Ouvi os anjos cantarem
Nas mansões celestiais.
E tocaram o amor
Em harpas tão solenes
Envolvendo todo o universo
Numa celebração da existência.
E no cume da montanha celeste,
Contemplou-se o menino Deus sentado
Riscando uma estrela sobre
Uma pedra.
E do pó das estrelas
Nasceu o encantamento.
E sobre as nuvens,
Lá vai o menino
Fazer arte lá na lua.
Empina pipa a noite,
Caça vaga-lumes de dia,
Desde cedo brinca de impossível.
Amarra as cordas do balanço nas estrelas
E pega impulso na ponta dos pés sobre a lua.
Reembaralha a ordem das estrelas,
Seus vaga-lumes inalcançáveis
Aos homens lá embaixo.
E olhando o céu brilhante,
Mal imagina o homem
Ser Jesus brincando
Nas esquinas perto da lua.
Eu espero que para você,
o amor não seja um jogo.
Corações não são bolas
num jogo de sinuca,
para ser encaçapado
em buracos na sua pontuação.
Cuidado, é tudo que te digo para ter.
Trago luas em xícaras de neve,
lágrimas de sabão
que me lavam a alma.
.
Dou nós na água
e corto as pontas da minha mágoa.
Na imensidão do céu faço caminho,
pra não esquecer que sonhos
estão no alto e é lá que devo ir.
Tenho algodão doce no peito,
pra nunca esquecer de amar.
Não sou criança,
nem louco,
mas um inventor de teorias,
de casos, de sonhos.
Viajo além dos limites naturais
porque o universo me fez assim.
No sonho eu comi
cacos de vidro e me cortei.
Ao despertar,
A mensagem estava entregue:
"Se dói ao colocar para fora,
Foi porque mastiguei
Mesmo sabendo da dor que teria depois."
Floresci entre quatro paredes
E discos dançantes
Movimentaram meu corpo nu
Pela sala de estar.
Peguei o controle remoto
E me desliguei do mundo.
Cansei do código de barras,
Não sou seu produto
Para que me use,
Sou produto da minha criatividade,
Que me transporta onde
Você nem sonha ir.
Quadro em flor,
Flor emoldurada,
Moldura de sonhos,
Sonhos despedaçados.
Pedaços agora multiplos,
Multiplicação das horas,
Horas inconstantes,
Inconstância da permanência,
Permanece a ausência,
Ausência de você.
Você que já se foi,
Foi não sei pra onde,
Onde não quer ficar.
Se fica, quer voltar
E ao voltar, não sabe se quer.
O que quer, já se perdeu,
Perdeu ao te esperar.
E a espera me fez
Entre paredes
Sentar-me invernecido
Vestido de mangas compridas
Novamente reproduzindo
As notas dolorosas
Da antiga caixinha de música
Que diz que a dor não cessa.
Enfeito-me de um colar inventado
Com peças achadas
Num velho guarda-roupa,
Igual àquele antigo amor
Para quem já me enfeitei.
As rosas jogadas ao chão
São sinais do romantismo que se perdeu
Diante das farsas que presenciei.
Os cristais que julgava ser
teus olhos brilhantes,
Logo se mostraram pedras falsificadas
Por especialistas do meio...
Num mundo onde almas baratas
Não se transformam,
Mas vendem sua preciosidade desvalida
Em vitrines de poder.
O violão tem seis cordas
Pra emitir as suas notas,
e alguns homens tem seis faces
Para mostrar seus
Cinquenta tons de mentira
E essa música não quero ouvir.
Se for pra cantar seus enganos,
Procure outra vitrola,
Pois aqui não entram
Seus discos fuleiros.
A música agora é,
O canto da liberdade.
Deito em nuvens
Macias como algodão
Colho as flores
Espalhas pelo chão.
Faço a barba,
Compro goma de mascar,
Solto risos
Colorindo todo o ar.
Faço versos
Mil poemas pra você.
E te faço
Sempre perto por querer.
Faço bordas,
E invento o meu inglês,
Trato nas horas,
De afinar meu português.
Mil estrelas
Vou colhendo pelo chão,
Estou compondo
Hoje aqui essa canção.
Pra te dizer
Que o amor pode durar,
Um milênio
Mais as estrelas
Quanto dá?
Fragmentos
Espalhados pelo ar,
Dão sinais
Que não vai se apagar.
A esperança
De viver o grande amor.
E onde andas
Que não estás aonde eu tô?
E eu vou cantar
Até te ver voltar,
Esta canção
Que escrevi pra te lembrar.
Que meu amor
É maior que a imensidão.
Te ver voltar
Já faz parte da oração.
Eu peço a Deus
Pra cuidar só de você
E te lembrar
Do quanto eu amo você.
Por isso vem meu bem,
Provando do meu ar,
Me leva mais além
Num novo patamar.
Subir degraus no amor
E me jogar de lá,
Deixar o paraquedas,
E te fazer pirar.
Por isso vem meu bem
Nas ondas desse mar,
Fundando um novo tempo,
Uma razão de amar.
Sentindo a areia quente,
Com peixes a nadar,
Fazer folia ardente,
Na fogueira a dançar,
Luau a lua nova
Um samba inventar
Um passo novo eu danço
Para te embalar.
Por isso vem meu bem
Não deixe a te esperar
Viver esse momento
É todo o meu cantar
Querer um novo sonho
E nele te encaixar...
E te amar.
Mandamentos,
Nas tabuas do meu coração
01- Amar sobre todas coisas,
Apesar das falhas, limitações e diferenças.
Amar por amor, mesmo esperando retribuição, não cobrar se for inexistente.
02- Não por o dinheiro no mais alto status da vida, pra não perder os momentos
Correndo atrás dele.
03- Não desrespeitar a minha vida, mendigando afeto de quem tá de coração em off.
04- Aceitar a vida que me abraça
De modo a perceber que ninguém sobra. Temos proposito, embora não o conhecemos ainda.
05- Dizer a verdade que me habita,
Embora a mesma resulte em danos nas mais diversas dimensões.
Ou simplesmente, calar pra não mentir.
06- Não aceitar de bom grado
Qualquer verdade pensada por outra cabeça. Minha vida, minhas idéias.
07- Ser honesto comigo mesmo,
Dando-me o direito de chorar quando tiver lágrimas,
E sorrir quando a alma solicita.
08- Reconhecer os tempos dificeis
E lembrar que a todos
Sobrevivi até aqui.
09- Nasci e partirei sozinho.
Isso é um sinal de que não há problema algum na solidão, sempre temos a nós quando se vão. A idéia antes da companhia alheia, é a de se acompanhar também.
10- Se eu não fizer o que amo,
De nada me valerá viver. Por isso, o amor me leva onde bem desejar.
Meu coração é quem me guia.
O Senhor Debaixo
No metrô de SP
Lá vai o senhor
E sua bagagem.
Às 6 da tarde
Com um envelope na mão,
Desce ele desse trem.
O senhor debaixo da neblina,
Acende o abajur no parque infantil,
Tornando visiveis
Os fantasmas que o rodeiam.
Envolto na nevola,
Um sussurro se faz ouvir:
"O pendulo da morte,
É a seta apontada pro peito do homem
Que vaga sem definir seu destino."
À caminho da catedral,
Avista o tempo transbordando
No peso de megafones,
O grito de desespero
Das almas que não partiram.
Exala do perfume funebre
E corre para a catedral.
Esta se encontra a meia luz vermelha
E o Cristo crucificado
No centro do altar
Chorando pelas almas perdidas.
Vermes circulam as velas
Que adornam o ambiente sagrado
E o Cristo desapontado
Com os homens,
Se retira do templo.
O senhor debaixo
Da sagrada escritura,
Resgata o bilhete do Cristo:
"A vós vim com o amor
E tudo que presenciei,
Foi a repulsa as minhas palavras.
Portanto, Aviso-te
O amor não habita
Em corações fechados."
Ouve-se o som bizarro
Da ambulancia a circular.
Sob o comando do palhaço
A gargalhar dos homens,
Incapazes apenas de praticar
As palavras do seu Cristo.
Ao abrir da porta traseira,
O paciente na verdade
É o próprio Cristo.
Não com marcas da salvação,
E sim feridas no peito
Fruto do abandono ao seu semelhante,
Jogando pelo ralo,
Toda a pregação .
Então o senhor debaixo
Do misterio que o cercava,
Apenas abriu sua mala
E levou o tal bilhete.
As pistas agora se encontravam
Como mais uma lembrança
Do descaso.
O Cristo se foi, mas o homem,
Ah o homem...
Nem sabe o que faz.
Do mesmo modo que,
a negação pode ser proferida
pelos lábios de alguns,
uma palavra de incentivo
faz as incertezas dissiparem
pelo ar como fumaça.
E logo uma luz irradia
em todo ambiente,
é a esperança
num coração.
E bastou que a acendessem,
para que refletisse
para todos que,
todos podemos ser
a luz que ilumina
ou o melhor que possa existir:
aquele que acende
a chama da esperança nos corações.
Então... Vamos nos iluminar?
Princesa das Pedras
Era uma vez,
Tão somente uma...
Está avisado:
Uma historia
Sem felizes para sempre,
a queda do conto de fadas.
A princesa mandou
demolir seu castelo
E abriu mão da coroa.
O principe encantado não veio,
O encanto tão somente é
O engano que o coração
Fermenta no peito.
Jogou cimento nas crateras do peito
E ali velou sem sonhos
A despedida.
Serena,
Serenou ao relento,
Esvaziou-se.
A princesa das pedras
Se perguntou:
Quando ensinaram
Tão bem a
Partir do que ficar?
E partiu,
Ou melhor,
Se partiu.
E dos caquinhos
colhidos do chão,
Notou sua nobre essência.
Não dadas a princesas
E gente de poses,
Mas apenas
A uma alma genuína:
-Oh pedacinhos de coração,
Achei que se acabou,
Mas o que fizestes?
E os colheu para si
E saiu de cena
com pensamento formado:
A tragédia maior
Não é o amor
Nem o desamor,
Mas o que vem após.
O problema dos corações quebrados,
É que os caquinhos
Continuam amando.
-Aleff Lavoisier
Palavras Gravadas
Nas Linhas De Um Coração
"AmarCurado"
Do amor à renascer
Vi flor brotar no campo.
Sem questionar o porque,
Aceitei a semente da terra.
Reguei-me por meses nas lágrimas,
O sol lembrou-me de aquecer
O peito de prazer.
A mais alta árvore
Me explicou que,
Minha pequenitude
Não revela meu proposito,
Este reside na paciência.
Os duros momentos,
As pisadas no peito,
As mágoas, tudo,
Tudo isso é o agricutor
Preparando a terra.
De semente lançada,
Só restou renascer.
Crescer das duras batalhas
Em segredo;
Acender o sol da esperança
E abrir as flores do perdão.
Quebrando o feitiço da mágoa,
Para amar curado.
Não gosta de gays?
Não seja um.
Não gosta de religião?
Não tenha uma.
Não gosta de ateus?
Não seja um.
O importante é respeitar quem é
e fixar seus olhos em si mesmo.
Ao invés de criticar os outros,
analise-se, corrija seus erros.
A única mudança que você pode fazer é em você mesmo.
Não deixe que tentem lhe mudar
mas também não tente mudar ninguém.
Aprenda a respeitar uma opinião diferente.
Cada um carrega sua própria verdade.
O segredo é não deixar as diferenças impedir a existência do amor.
Por isso ame
ame religiosos, ateus, brancos, negros, héteros, gays, etc.
Ame o ser humano.
No espelho,
Olhando pra mim
no reflexo pude te ver.
Tu,
No brilho dos meus olhos
Busca somente você.
E diante do murmurio
Da contemplação,
Silenciei-me.
Não valia mais a pena.
Nos contornos dos meus olhos
Ainda podiam te ver.
Mas e eu?
Como poderiam
Se por dentro adormeci?
Sufocado nas palavras,
Desmaiei de amor
E você não estava lá.
Na maldição do poço,
Derramei meus baldes de lágrimas.
Rios correm
Dentro de mim.
Então fluí
Em outra direção.
Nessas águas,
Ainda não me afogarei.
Se for preciso,
Vou de barco,
O esquecimento
É logo ali em frente.
Vou trocar a alma de roupa.
Como não sirvo a ti,
Tomarei meu afeto de volta
E vestir-me-ei.
E as dores que acamparam,
Preparam bagagem
Para a partida.
Amar não é assim tão fácil,
porém não amar
Não é coisa
De quem tem coração.
Ao invés de permanecer
Na exaustante
Busca em ti,
Brotarei a cada dia.
No meu silêncio,
Na quietude,
Só,
Porém amor.
Semente de cada dia
Rezando Às Estrelas
Estrelas cadentes que iluminam ao céu
E nos encantam a cada noite,
Acendei a esperança na vida da gente,
Assim nos olhos como no peito.
Seja feita uma boa mudança,
Tanto por dentro como ao redor.
O sorriso nos lábios surjam hoje,
Tanto na minha casa como ao redor de nós.
A paz na alma nos dai hoje
E que nossas dividas sejam apenas
Mais amor a oferecer.
E não nos conduza para longe do perdão.
Ensina-nos a ser magnificos sem invejar quem brilha do lado,
Assim como o brilho, a beleza e o infinito é teu, para sempre.
E as estrelas dizem: amem.
(uns aos outros)
Flash na memória
Teletransporta a mente
À cidades distantes
Onde a esperança fez morada.
Nos escombros desérticos do museu das recordações,
Num estado relativo
Encontra-se algemada
Perene entre os galhos secos.
O menino olho de vidro,
Mirou ao sol com o olhar
E ascendeu para o meio das nuvens
A chama viva das lembranças
No reflexo do espelho no meio da face.
Na roleta do tempo
Arremessou os dados.
Do resultado dos números do jogo,
Obteve a crava do universo sobre si.
Fez com isso brotar da constelação
Uma nova estrela,
Esta vermelha como sangue,
E a viu cair sobre a terra.
Movido pela curiosidade,
Correu para avistar
Do que se tratava.
Viu que era um anjo vermelho
E que esse carregava arco e flecha.
E este se dizia defensor
Das historias de batalha
De cada ser vivente
E daqueles que aqui passaram.
E ainda revelou ter
Outros como ele
Em suas respectivas missões.
E naquele dia,
O menino olho de vidro
Pode visitar, além de suas memórias,
A cidade oposta por detrás do arco-iris.
Para abrir os portões majestosos,
O anjo vermelho usou
Seu arco mágico.
E com isso, abriu o arco-iris ao meio
Permitindo que passassem.
E lá foi levado com o único proposito
De ser ensinado sobre
Como o passado
É algo constante.
"O passado era o agora de ontem,
O hoje é o passado de amanhã
E logo passado, presente e futuro são um só...
Um todo de uma vida
Interligada nos acontecimentos,
Conexões e solidões que
Acrecentam aos homens
Bem mais do que enxergam.
A vitalidade dos tempo
Cronometrada em seus relógios,
Jamais encarcera aquele
Que corre livre na existência.
O tempo fez-se incontrolavel.
Quanto o homem diz não ter tempo,
O tempo é tudo que tem,
Mas sempre tá correndo demais
Pra perceber que tá contando.
Matematicamente,
Vivem sua metafora atemporal
Nos segundos do ponteiro.
Deixa o tempo,
O temporal dos anos
não é nada preocupante.
Preocupa-te em
não contar os números a seguir
E conta-me tuas memórias.
Sob o mesmo flash,
Desejo descobrir
As histórias que
Compõem a biografia
Das tuas pisadas.
E com isso aprender mais sobre as lições
Que o tempo nos ensinou.
O inverno da minha alma chegou.
O frio dos lábios fraudulentos
Já não se faz incomodo.
Fecho os olhos
À suas palavras
E abraço a escuridão
Do fundo da caixa.
A noite me envolveu
De modo a transmitir
A fumaça do abismo
Que cavaram em
Meu coração despedaçado.
Por isso o frio
É meu aliado
Na proteção
Da minha existência.
Para que jamais
Me queime no
Fogo da enganação.
Fiz-me de cego
Até que o inevitavel aconteceu:
Vi de perto.
Vi que a ilusão
Era a mais pura realidade,
Que meu ser
Viciava na dor.
Vi a verdade dolorosamente
Cortando onde
Eu já havia desenhado:
"Bem aqui, pode cortar".
Vi o que eu já sabia
E não queria saber.
Que fosse mentira,
Mas a mentira foi
Eu me enganar
Um tempo a mais.
Fiz-me de cego,
Mesmo agora enxergando
E ciente de tudo,
Permaneço de olhos fechados
pensando em você.
Foi um amor
Tão intenso
Que ainda estou
Degustando de
Olhos fechados.
I Love Your Broken Heart
Amo a forma que ela
Escorre em tua face macia,
Como costuma pesar
Antes de deslizar
Por entre os dedos.
Cativa-me comtemplar
A presença da tua
Alma em lamúria
Através do sussuro
Dos lábios que
Se atormentam
Com o desgosto
De ser esquivado.
Adoro sentir como
Teu corpo inteiro
Treme diante
Do circulo em que
Te jogaram ao relento.
Não é tua dor que
Me emotiva,
Mas tua sinceridade
Estampada nas lágrimas,
Retraço das pequenas porções
Daquele amor que
Sobreviveu ao naufragio
Da embarcação.
E hoje continuas
Derramando
Amores liquidos
Dos seus lindos olhos.
É bonito ver que
O amor permaneceu
Em sua alma
E ela só quer
Se esgotar da tristeza
Que te deixaram
E se recusa a beber.
Por isso chora,
Tua alma agradece.
E eu vou continuar
Amando teu coração partido.
Que, semelhante a lenda grega,
Permamece como o
Passaro em chamas:
Quando mais queimam
E o arruíram,
Das cinzas surge mais belo.
Não é questão
de dor querido,
É como tem força
Num coração partido.
E bate,
Mais,
E mais uma vez.