Alef Beit
Existindo Deus, sendo eterno, perfeito e apenas feliz, isso não significa que também possamos ser assim um dia, nem qualquer desejo. Se um texto que diz que isso é possível for considerado um tipo de revelação indireta de Deus, o que eu disse anteriormente também pode ser considerado assim.
Essa hipótese da seleção de “profecias” está em coerência com questões comportamentais, com um comportamento comum das pessoas. (…) A expressão ‘estatuto perpétuo’, por exemplo, foi considerada simbolicamente no cristianismo. Não vem ao caso aqui a contribuição trazida. Era menos comum o termo que foi traduzido por perpétuo ser utilizado no sentido de era. (…) Outro exemplo é a seleção de livros da Bíblia realizada pelo protestantismo. (…)
Naqueles aspectos, um indivíduo tem ideias teológicas superiores às da teologia cristã conforme minha consideração: diz que a Bíblia não é inspirada diretamente pela divindade, por exemplo. Aí se converte ao cristianismo, estuda teologia cristã até se considerar doutor em teologia, então apresenta ideias teológicas naqueles mesmos aspectos inferiores àquelas de quando não era cristão. Abandonar o cristianismo pode contribuir mais para se ter aquelas ideias teológicas superiores do que aquelas ditas formações em teologia. O problema não é a teologia, embora eu considere que devesse ser substituída pela ciência da religião.
Reflita bem antes de criticar a Bíblia para não correr o risco de inconsciente lhe pregar uma peça. Superego pode agir em coerência com moral, mesmo que a pessoa não participe mais desta moral. Talvez orações de religiosos para alguém se converter favoreçam de modo parapsicológico que esse alguém critique a Bíblia e depois considere que fez uma crítica injusta, para que pense que aquilo que criticou tinha mais valor e para que fixe alguém nesse sentido. (…)
(…) Em muitos casos, o cristianismo é um sossega-leão em sentido de tranquilizar. (…) Participando dessa religião, também é comum ocorrer de se camuflar diante de si e de outros cristãos o quanto se é selvagem naquela perspectiva. (…) Pode se tornar inimigo da sabedoria acreditando estar fazendo a vontade de Deus.
(…) Ser influenciado pela verdade e esta se tornar mais popular são dois dos maiores medos de muitos religiosos. (…)
(…) A sociedade concernente a Jesus avança para chegar a uma concepção superior em um tema referente a Deus parecida com a de alguém que nasceu antes de Jesus. (…)
A maior provocação de todos os tempos: eu imitando um pássaro diante de Atena. Digo isso de modo simbólico. A minha religião é a grega reformada e simbólica.
Supondo que a vida imponha a um bom autor escrever, então, quando seus escritos que dão asas são lidos, talvez tenha certo sentimento ruim relativo a sadismo.
Existindo um Criador, uma coisa que de fato foi dita indiretamente por Ele e podemos entender em nossa época é o seguinte: “Ser ateu, deísta ou agnóstico no planeta não me desagrada”. Perguntaram-me se eu era ateu ou crente. Eu perguntei se não tinha uma opção que, escolhendo, eu me sentisse mais imparcial. Por serem imparciais em muitas coisas que não quero ser, os crentes, ateus e até agnósticos são comumente conhecidos. Afirmar que oração não tem relação com o sobrenatural não é imparcial: é verdade absoluta.
Quando apenas a religião não ajudou, criaram em conjunto o direito. Ou será o contrário: quando apenas um direito primitivo não ajudou criaram em conjunto a religião?