Aldo Teixeira
É difícil admitir
Te ver partir, assim,
Sem ao menos me despedir.
Dói saber
Que cada amanhecer
Sem você aqui, é padecer.
Não sei viver,
Não sei perder.
Sou despeitado,
De saudade desesperado,
Ou o que quiserem dizer.
Mas queria tanto te ver...
Agora!
Exijo você de volta,
Ora essa.
Diz que nos pregou uma peça,
Mas volta.
Não importa quantos dias irão passar,
Quantas lagrimas irão rolar,
Quantas vezes vou lembrar,
Toda saudade só parece aumentar.
Tanto tempo se passou,
Quanta dor restou.
Quando vou te encontrar,
Não sei não.
Mas sei que vou,
E isso conforta meu coração.
Saudades meu irmão!
Muita luz onde quer que você esteja!
Já faz algum tempo,
Distraído que só,
Perdi o sentido da vida.
De tão leve talvez se foi com o vento,
Ou talvez se decompôs e virou pó,
E parou no livro de histórias envelhecidas.
Hoje não faz sentido procurar.
Já corri, já li, voei e sonhei,
Tentei, só eu sei o que fiz, e porque fiz.
Já quis a morte, já briguei com a sorte,
Perdi o norte, tive que ser forte.
Fracassei, chorei, passei por maus bocados,
Dias pesados que minhas estruturas tremiam,
Meus pensamentos temiam, minhas esculturas lhes contavam.
Mas ninguém lia, ninguém ia me ler.
Um ser tão estranho, que não sabe querer,
Com alguém vai querer entender?
Deu vontade de me tornar um desertor
Fugir dessa guerra e me poupar da dor.
Sair, fugir desse invisível inferno.
Dai foi que percebi que o conflito era interno.
E que os enfermos eram de minha autoria,
Que se eu plantasse destreza não colheria harmonia.
O triste disso tudo,
É saber que ao amanhecer,
Pode ser que, tudo esteja revirado.
E a guerra dos meus eu's incomodados
Queiram aparecer, dai já viu,
A mente vai a mil por hora
E parece que vai ser agora.
Deixa me ir antes que o discurso mude.
São tantas mentiras e mentirosos envolvidos,
Que não sei se mentem que estou vivo
Só pra poupar meus ouvidos.
Ontem mesmo eu lia:
Um avião que sumiu assim do nada,
Estatais investigadas.
Em nome de Deus uma marcha da família,
Lavagem de dinheiro em refinaria
Super faturada.
População indignada?
Só se for no jornal da terra encantada.
Eu não imaginava que brotasse assim do nada,
Um alguém que me fizesse não dormir na madrugada.
Que reservasse, sem querer, muitos minutos do meu dia.
Que só de me olhar me causa disritmia
Que reservasse sem querer muitos dos meus pensamentos
Não cheguei imaginar alguém pra balançar meus sentimentos.
Cada segundo que passa eu imagino
Como seria de nós dois se dividíssemos o mesmo destino?
Se eu pudesse ao menos te contar
Que esse amor recém nascido
Não vou conseguir guardar
Que já perdi noite de sono a imaginar
Cada segundo já perdido pra poder me declarar.
Eu crio mundos ilusórios de um amor intenso,
Voltei a escrever sem forçar meus sentimentos.
Meu coração já vai de acordo com o vento,
Sem vela mas chego ao porto a qualquer momento.
Queria ao menos que você soubesse
Que tento esconder mas ele não obedece.
Quando te vê dança em sons, não sei o que acontece.
Baila sozinho na esperança da dança padece.
Quando te ver não me segurar,
Vou olhar nos seus olhos e te contar
Pois não consigo, já é maior que eu
E esse amor já é gigante desde o dia que nasceu.
O apocalipse está próximo!
O fim do mundo está tão próximo como nossos cílios.
O fim do meu mundo, do meu mundo, meu...
Tão meu e tão seu, sem que você soubesse.
O fim está próximo.
Mais um final de semana e BUM!
Minha falta de otimismo é a dinamite principal.
Espalhará estilhaços de ilusões por todo espaço que restar.
Não quero de novo ter juntar caquinho por caquinho,
Fingir estar tudo bem, pra todos de bem que me orbitam.
Não tá nada bem.
Eu nem sei o que fazer, acho que tenho ser mais de palavra...
De uma palavra só como diriam os antigos.
Não vou mais amar ninguém.
Ou melhor, gostaria de não amar assim.
Ser amado é um segredo gigante, mas ninguém nunca me contou.
Ouvi dizer que a chave das grades
Era a famosa liberdade.
Eu fui atrás, mas
Fui com vontade.
Apesar da pouca idade
Eu caduquei, enlouqueci,
Procurando a liberdade
Me prendi.
Cada vez mais,
Correntes de pensamentos alheios
Eu tropeçava.
Quanto mais fugir eu tentava,
Mais adentrava no meio.
Ora essa,
Tanta vontade de entrar na orquestra
Fizeram-me escravo do instrumento.
Hoje, não prego, mas vivo
A abolição dos pensamentos.
Em meio a guerra civil,
Nunca se viu que financiou.
Financiadores unidos seguirão,
Tudo pra todos os filhos da nação.
Se alguém for contra, eles passam por cima,
Pra lá da linha da fronteira só existe matéria prima.
Não se deprima com essa rima, por favor.
A realidade chega a causar mais dor do que você imagina,
Na Palestina, em Hiroshima ou ali perto, na esquina.
Os heróis da Marvel nunca ouviram meus apelos.
As etnias, pouco interessa, pra quem tem fome e pressa,
Um compressa de água da Amazônia pode causar insonia em um país.
Ou também pode sedar, como sempre se dá... A um "povo feliz".
Liberdade,
Um dia jurei que eu a encontraria nos braços dos livres, mas não foi assim. Outro dia jurei que se eu saísse por ai, encontraria na metade do caminho, mas também não foi assim.
A liberdade é algo tão livre que não está entre nós, ela nunca será encontrada, ela pode ser vivida, mas jamais tocada. Ela é um estado de espírito totalmente seu.
Se você fizer tudo que uma pessoa livre faz, você será um condenado na liberdade alheia, e não provará da sua, e isso é uma prisão. Viver pra ser livre igual ao fulano nunca dará certo. Liberdade é igual personalidade, você pode até copiar de alguém mas nunca saberá o sabor da sua.
Socorrista ou taxista do Universo,
Ouça meus gritos ou leia meu versos.
Tudo aqui é pesar,
Por sorte, ainda posso fazer o apelo: venha me buscar!
O conflito generalizou,
Entre raças, etnias e classes
Já nem sei quem eu sou
O de que lado tenho ficar.
Muito azar, não?
Eu que tanto já mudei,
Do mel do fel, já provei.
Não sei, logo pensei
Em provar uma nova dimensão.
Já que nessa não há mais solução.
No aguardo da resposta,
Desta liminar!
A liberdade, no meu ponto de vista
É escolher as grades que lhe convém.
Ciente de seus atos, definir a sabor dos seus pratos.
Se vegano, carnívoro ou vegetariano.
Alcoolismo, overdose ou catolicismo.
Liberdade é não dar a mínima pra demais liberdades.
Se quiser, se entupa de vaidade.
Disfarce a idade,
Ou ande nu pela cidade.
Não importa, viva a sua, e se sentir vontade...
Faça, pois por incrível que pareça
A liberdade ainda é de graça!
Cuidado, de graça e desgraça são quase confundíveis!
Um vazio imenso,
Na imensidão dos pensamentos
Turbulentos.
Sem lamentos, os vazios destes momentos
Me enchem reflexões .
Tais situações complicam ainda mais
O dias que nunca foram de paz.
Otimistas discursam como remédio
Tentam curar meu tédio de sobreviver.
Quem veio me ler?
Se o mundo girasse ao redor do meu umbigo,
Enxergar um lado positivo, não mais consigo.
É tudo tão insignificante.
Os loucos, os roucos e os amantes.
Todos desinteressantes.
Um adeus
Aos que ainda são meus,
Sem posse, mas meus!
Acaba de cair o atual governador do estado de consciência interna. A revolta dos pensamentos atacou com confusões e dúvidas do futuro, e o atual governador renunciou ao cargo forçadamente hoje, por volta da hora do café. Os pensamentos cercaram as vias de desvio de foco, e protestaram todas suas dúvidas no centro da cachola.
Queimaram vagas memórias de rancor, ódio e frustração. Incendiaram alguns desejos materiais e revidaram as agressões do estresse trabalhista. Alguns pensamentos acabaram detidos pela depressão, mas foram liberados após prestar esclarecimento.
Não se sabe ainda quem governará esse novo estado, mas sabemos que um novo tempo se iniciou hoje e que a loucura nunca mais será censurada.
Todo dia,
Participo de uma festa
Uma festa à fantasia.
Todos dias nessa,
Nessa pura monotonia.
Ninguém é ninguém,
Fantasia de bom moço
Pra poder comer o osso
Soletra palavra amém.
Outros dizem que estão zen.
Juntam a mão em oração,
Mas só pra fotografia.
Eu também estou na festa,
Ora essa!
Disfarçado de poeta,
De atleta na maratona
Do mercado de trabalho.
O disfarce é liberado.
Dragar-se também é,
Cada louco quer um pouco.
Um se droga de bebida,
Outro de máscara caída
No fundo, no chão sujo do salão.
Eu preciso ocupar minha cabeça
Antes que o pior aconteça,
E alguém me esqueça
Antes que eu enlouqueça!
Cada adeus dos amigos meus,
Dói mais que o furo nos encontros teus.
Como os ateus,
Sem ter se quer um Deus,
Com quem desabafar.
Já tenho certeza que não vai funcionar.
Queria poder naufragar
Na imensidão desse estrelado mar.
E no final da tarde, em um café,
Te encontrar, e poder te contar
Como ando a pé.
Sem fé, sem lei, sem rei, sem nada.
Uma vida desgovernada,
Sem caminho, sem parada.
Tanto quis pisar aqui, e hoje quero sair da estrada.
Afinal não há quem me suporte,
Não tenho nem pessoa amada.
Não tenho nada.
Eu preciso afogar minhas magoas em qualquer mesa de bar.
Mas não seria capaz de algo tão familiar.
Se eu tivesse um papel naquela hora, agora eu teria em mãos, a descrição daquele olhar. Se eu tivesse um papel na mão, desenharia minha emoção em versos sem rima. O frio clima, aquecia minha antiga solidão. Eu morria de vontade escrever uma poesia. Eu morria de frio. Talvez tivesse realmente morrido, pois era um sentimento que não senti em vida. Um sonho de morte feliz. O primeiro de muitos. Eu sabia que ia morrer, antes de entrar no clima.
A maldita gravidade não permite minha queda,
No abismo do universo.
Cismo em cismar com versos e etiquetas,
Uma imensidão de sala solar, no bairro Astral.
E eu aqui trancado na gaveta.
Eles te convencem a ter o cordão,
O carrão, a mansão.
Ai quando o cidadão que mal tem o arroz e o feijão,
Se vê atrás da multidão,
Financeiramente nessa situação,
Não escolhe por profissão
Grudar um cano na mão
E se igualar na ostentação.
A vida é assim, meu irmão.
O objeto é um só na vitrine do cifrão.
O playboy, filho patrão,
Não precisa sujar mão,
Correr risco de vida ou prisão.
Não!
Vê bem ai qual é a real,
Se o consumismo tá no comercial.
Dentro barraco de como mal.
Escapou pela avenida,
e num beco sem saída,
a vida se foi.
A cobrança era gigante
Ou se comporte como um tal
Ou a vida vai de mal a pior.
Mal de mar, eu subi pra navegar
Num lugar de água suja e mal cheirosa
Vi tubarões nas paredes
Expostos com suas cabeças e dentes
Um relógio boiava em aquário sujo.
O tempo era curto, e a mão também.
Não peguei o tempo a tempo.
A embarcação se irritou,
Contra a parede me lançou
Antes de causar outro desastre
Me lancei ao mar.
E por falar no tempo,
Era hora de acordar.
O cavalo marcha conforme o cavaleiro.
Enquanto houver espora financiadas pelos fazendeiros,
Será facilmente domada a tropa de selvagens.
Basta a banda do celeiro tocar,
Pra bicharada se conter e pacificar.
Aos sabiás, faltam-lhes coragens.
Com quantos patos se faz um travesseiro?
Proteger seu dono, qual a vantagem?
Um osso mordido, um chinelo e um reio.
Qual a unidade de medida do ego?
Sou um carrapicho na barra da calça
De uma santidade falsa?
Não consigo ver, será que sou cego?
Preciso de um microscópio,
Ou telescópio?
Ócio?
Um relógio?
Ilógico ou lógico?
Qual jogo rodeia meu ego?
Qual a formula para se calcular essa inflamação?
Quantas cálices preciso pra dizer o que sinto?
Qual a diferença da vida de um elefante e de percevejo?
Não vejo.
São vidas que deviam ser preservadas.
Mas ai entra o maldito ego, em um superiorismo.
Meus trinta e dois dentes,
Sorridentes,
Talvez lhes contes,
Quantos muros e pontes
Há daqui para amanhã.
Meus cálculos errôneos
Lustram um neon
Sobre as maçãs.
Das costelas de um Adão.
Um cheiro de pomar,
No vácuo flutua um multidão de embrião.
A magia da fecundação,
Gametas são cometas.
Nesta constelação,
Ainda em gestação,
Uma só mãe espera minutos a contar.
Uma estrela não guiará,
Pois há fumaça e luz civilizada,
Isso embaça a vidraça.
Mas há de vir.
Nos vitros de banheiro,
Prevalece a vaidade,
Cremes e mais cremes pra esconder a idade.
Um medo gigante, desespero!
Produtos pra manter os cabelos,
E não deixar cair mais.
Todos eles testados em animais.
No ralo muito cabelo,
O cabelo muito ralo.
Aguentar a vaidade o dia inteiro,
Despejar mil produtos
Juntos com a água do chuveiro.
Adultos, cada vez mais jovens!
Só eu não sabia o quanto é bom amar?
O quanto é bom confiar em alguém?
Acordar, e logo pensar, como é bom amar!
Só eu não sabia?
Que amar permiti flutuar em dias de chuva acida?
Que a vida toma um ar colorido, toda vez que o olhar é dirigido pra pessoa amada?
Que os vários quilômetros de estrada entre eu e ela, viram centímetros quando penso nela?
Por que ninguém contou antes que era tão assim?
Se eu soubesse, desde de 2011 já estaria com ela.
Eu deveria ter lido os romances publicados em livros.
Talvez lá estivesse descrito que o amor é tão lindo!
É tão maravilhoso esse momento, que sem ressentimento,
Desejo que todos possam provar um amor como o meu!
Esse amor, tão lindo, entre ela e eu!
Se fosse tão fácil explicar
O que sinto por você,
Eu não procuraria uma poesia
Como forma de dizer...
Daquele dia em diante,
Ineditamente, como nunca antes,
Encontro-me assim:
Descartando diamantes,
Rasgando dinheiro,
Cantando belas canções no chuveiro.
Só eu não sabia o quanto é bom amar?
Daquele dia pra cá,
Passo o dia a me lembrar,
Do seu corpo, do seu olhar,
Do jeito de lidar, seu jeito de me amar!
Sinto um abalo sísmico de dentro pra fora,
Toda hora que você diz que me ama. Toda hora!
Revira a a madrugada, mistura neblina com aurora.
Enquanto o céu chora, amor, me namora?
Namora? Mas namora agora!
Agradeço imensamente
Cada momento da gente!
Não vá embora, nunca, por favor!
Pois não sei viver sem você,
Meu grande amor!