Aldo Teixeira
O tempo passou
E pedi meu par de asas
Como um pássaro que não voou
Como filho que não sai de casa
O presente chegou
E calcei meu pé em brasas
Como alguém inconsciente
Que mergulha em piscina rasa.
O "amanhã" foi o que restou
Pode ser que eu fracasse
Oscilação cotidiana.
A loucura nunca atrasa.
Afogado em meio litro
Sigo quieto, evitando atrito.
A mente paranoica solta o grito,
Um disfarce facial.
A sisma com silêncio força usar o "normal".
Um acomodado incomodado, com as cordas mudas.
Planta sementes de um futuro, de uma ceia sem judas.
Um vulcão leva um tempo adormecido
Esquecido, aparentemente passivo.
De repente fumaça!
Predador vira caça, não embaça a visão.
Não, ainda não.
Parece confusão de valores,
Mas só saberão quando os doutores
Sentirem as dores de quem dormia.
Não conte comigo.
Vou hoje de amigo oculto.
As vezes me pego a pensar:
Se o tempo passar e for tarde demais?
Se eu não lembrar dos dias dos quais quase morri?
Sem querer sorri, na verdade em prantos.
Tantos são os dias
Já nem lembro o que queria dizer no dia que não disse.
Tolice talvez. Pra três ou mais que vinte.
Não sente, prisioneiro na atmosfera terrestre.
Sigo inocente.
Um universo gigantesco pintado a fresco por sei lá quem
A milhões de anos adormecido num além.
Brilhante artista, nunca assinou suas obras.
Nunca saiu na revista, nem direitos autorais cobra.
Egoísta?
Paranoia constante, por instantes me leva a loucura
Doença que não tem cura, a morte da lucidez que murmura.
As cobranças sem fim
Fácil? Nem pra ninguém, nem pra mim
Como vou vencer na vida se não vim
Pra competir?
Apesar da pouca idade
Não me comovo com faculdade,
Esses termos vaidosos e embaraçosos
De status e lugar ao sol.
Igual, todos iguais.
Formulados dos quais não pretendo enfurnar.
Talvez vão me internar
Antes um manicômio alternativo
Do que um diploma sedativo.
Agora tudo é lindo,
Super heróis sorrindo com suas mascarás
Vilões fictícios, aliás, vilões verdadeiros
Herdeiros da logomarca. Grande marca,
Mas conhecida como cicatriz.
Quando o canal sair do ar
O clima vai melhorar até pro nariz.
O bloco vai ferver a milhares
Os vingadores vão fugir pelas saídas auxiliares.
Artistas colaboradores fugirão da TV a cores,
Evitaram tomar as dores do patrão e do povão.
Assistir de cima do muro é mais seguro.
Até porque não corre o risco, as cicatrizes,
As varizes, as rebeldisses.
Comercias marginais, incentivadores
Conduzem ao sucesso dos dólares.
Destroem seus lares, com prazeres precoces
Do qual vocês não saberão quem é o vilão
O mocinho e o bandido.
Traído, isso que deveria sentir
Mas sorri.
A fração sem razão de horários,
Relógios, ampulhetas e fuso horário.
Contando os segundos e centésimos
Cobrando do futuro o que quiséssemos.
Medo ou esperança?
O futuro é a vingança positiva do presente
Que descontente lembra do passado.
Que jura ter fracassado no primeiro tempo.
As lembranças das lanças que lancei num futuro
Hoje fincadas no muro do desespero.
Olho por elas sem zelo, e espero lanças novas.
Atingir o auge dos tempos,
Sem correr, e sem parar.
Andando de vagar, sem ultrapassar a pressa que o futuro tem.
Ir contra o vento, o tempo sabe o que não faz.
Futuro sagaz, chega antes do esperado.
Bagunçando passado, futuro e presente.
Não contente ainda olho no relógio,
É lógico que não sei quando vou chegar.
Atrasado, mas não que esteja também preocupado
Com que horas devo chegar.
E sinto medo do futuro, assim como juro não ter feito.
O passado mal feito, um presente hedonista.
Pendura na lista dos primórdios
Dos quais não tenho certeza nem dos relógios suíços.
Eu não tenho nada com isso,
Ou talvez tão envolvido esteja
Que nem percebo o sumiço omisso das horas noturnas.
Inferno, em maus lençóis
Padece a mente fisgada por anzóis
Até o que dia?
A vida me pedia, e mudei.
Pensar não parei, mas não farei
Dizia a esperança.
Pesar das mudanças, em vão.
Assim não, não continuarei.
Presente de fuga na madruga,
Futuro não sei.
Longe daqui talvez.
Minha parte eu cumpri
Por favor apague a luz do passado pesado
Quando eu sair!
Gostaria muito de dizer que quero ficar,
Mas seria mentira.
Lembranças de passados presentes me causam ira.
Tira do sério, só de pensar.
Só de pesar.
Não julgue a minha desistência,
Por carência, ou insuficiência de paciência.
Espero o dia amanhecer, e anoitecer,
Espero não acontecer, o que posso prever.
Não descer novamente a contramão.
Acelera o coração, na despedida.
Desperdiça a chance da viver a vida
Do modo que sonhava, pensava, falava.
Até indagava. De vagar, com o passar.
Passou da hora!
Vou agora, vou embora.
De repente, eu vejo algo que não queria,
Que não devia ter visto.
Insisto, repito.
Se arrependimento medisse em litro
O sentimento afogaria, afundaria.
Morreria talvez, se tivesse sorte.
Perco o norte, nesse acaso.
E me atraso na prisão,
Até então voluntária.
Na fé contrária, corta como navalha.
Essa vontade de concertar.
Por medo do futuro,
Não posso piscar, e tudo já foi.
Eu, pela primeira vez,
Venho até vocês
Comunicar-lhes
Que não há mais recursos,
Nem esperança.
Que cada contra-fluxo
É um pedaço do muro que arranca.
Que já não resta mais base.
A parede, que estava no quase,
Caiu.
Já era esperado o que ocorreu,
Em vários pesadelos, tão meus.
Menciono os meus sentimentos.
E os teus?
Coração de cimento,
Afunda na piscina alcoólica.
Canal fora do ar, na parabólica.
Não sintoniza.
Um dia no bar talvez ameniza.
Um dia no ar talvez me procure.
Não faça promessas, nem jure
Se for em vão.
Escravidão sentimental,
Da qual não quero mais não.
Já dei o ultimato,
Esse é o ultimo dia do contrato.
Espero que tenha sorte,
Que seja forte.
Que mire em num norte
E siga até chegar.
Boa sorte ao caminhar!
Aprisionado,
Nesse planeta mal frequentado.
Sinto-me um rato de laboratório,
Vivendo em um regime observatório.
Analítico
Ou crítico.
Um cientista certamente faz anotações
De quais serão minhas reações
Diante de tantas confusões mentais.
Enchem-me de sedativos,
Como experimentos em ratos vivos.
Oferecem-me mil vícios,
Em paredes de ladrilhos.
A grade, que dos ratos é de vidro
A nossa é atmosférica.
Na terra esférica
Fica nosso viveiro.
Preso pela gravidade o dia inteiro.
Até o momento derradeiro
Não aceitarei a vida de prisioneiro.
Ao fim da abolição dos experimentos!
Lamento, observando as estrelas
Sobre o chão de cimento.
Envelhecido, meus pensamentos
Tocados contra o vento
Só por desventura
Ou aventura de viver a vida.
Envelhecida, segue perdida
As civilizações
Tomada pelas profissões
Mais lucrativas.
Envernizada, segue minha face na estante,
Em um instante muda tudo
Muda a visão do mundo
Em um segundo.
Inconstante, nesse instante,
Que mal saí da largada
Penso na chegada triunfante
Mal trapilhos ou elegante,
Indiferente.
Já cobiço o que evitam.
E desejo, encontrar-me com ela
Em qualquer beco ou viela,
Pra ganhar a liberdade que cobiço.
Já vaguei por vales,
Por estradas a procura
Da cura da loucura.
Não encontrei.
Pensei quando procurava,
Do que adiantava achar a cura
Se nem se quer quem sou, eu sei.
E me procurei.
Por entre os livros da estante,
As notícias manipulantes,
Os cinco mil auto-falantes,
Por um instante pensei.
Tanto me procurei,
Sem me encontrar,
Talvez daqui eu não seja.
Talvez por engano aqui eu esteja.
E hoje, sem paciência
Procuro a saída de emergência
Desse planeta em decadência,
Do qual não desejo morar.
Mundo a pisar,
procurar.
Vou pulando os muros,
De mundo em mundo.
Talvez lá no fundo,
Numa fração de segundos
Mais duráveis que milênios
Ouça gritos em silêncios,
De que cheguei a verdadeira resposta...
Talvez...
Só poderei saber quando chegar.
Minha mãe não me espere pro jantar,
Hoje eu vou pelo mundo vagar
Até me encontrar!
Um disparo!
Um diz para!
O outro siga...
Eu no meio da briga,
Dessa luta sem fim.
Já perdi a conta
Das vezes em que separei
O meu eu que aponta
Dos tantos outros que nem sei.
Mas basta uma distração
Já refaz a confusão,
E não sei onde parei.
E me reparto em pedaços
Nos pensamentos que faço,
Ou melhor dizendo,
Que pensei que estava fazendo.
Não entendo.
Fico vendo essas lutas,
Procurando qual daqueles é o judas
Que causa a discórdia e não ajuda
A resolver o "quem eu sou".
Pra onde vou também não sei.
São tantas perguntas.
O corpo é todo modelado,
As roupas são da moda atual,
Os conceitos estão nos moldes.
E os cérebros estão em baldes
Enterrados em terrenos baldios.
Todos são iguais
Com suas vidas normais.
Transitando a vida existente,
Onipresente.
Se fazem presente
Dentro e ao mesmo tempo
Olhando pra vitrine.
Manequins de um regime
Fútil!
Uma vida inútil.
Eles andam soltos nas avenidas,
Nos shopping, nas praças,
Nas vindas e idas
Da vida sem graça.
Manequins, vazios,
Ou lotados do conteúdo
Que as manilhas soltam nos rios
Da minha cidade!
Em meio a mil super-heróis
Eu estou desconfiado.
Sem escudo permaneço,
Sou mais um desempregado.
Os pés preso a corrente
Dos mil vícios da cidade.
Passarelas, viadutos,
Escondendo a verdade.
Do oitavo andar se jogam
A procura da resposta,
O mercado de trabalho
Não aceita outra proposta,
Triste sina.
Eu falo sério!
Praticante do stress,
Na esperança um "senhor",
Garante lugar no céu
Negociando com o pastor.
Lagrimas já nem se escorrem
Temem o medo de nascer,
Na poluição do mundo,
No que possa acontecer,
Temos medo!
Eu falo sério!
Automóveis atrasados
Levam vidas inocentes
E nos planos funerários
Não cobriram acidentes.
Tão ingenuo!
AVC, HIV e os PS brasileiros,
Leitos, super lotação
Não é turismo de estrangeiro.
Nada disso importa se vai bem a seleção.
A vida de gado segue
Sem ter prosperação!
Leptospirose e corrupção
Vem da mesma infestação.
Eu falo muito sério!
Vou direto ao ponto...
De partida.
Vou correr,
Cuidar da minha vida.
Que vem andando.
Girando ponteiros
Dos quais não tenho o controle.
Custa caro,
Mudar a cor do cavalo
No meio da corrida.
No caminho de volta
Penso na ida,
E versa e vice.
Essas conversas
De que devo melhorar...
Em que linhas deveria pisar...
Só me fazem lembrar
Das minhas loucuras
Que não abro mão.
Julgam sem razão
Pois minha ideia não dura
Mais que as normais.
Televisores e jornais
Infiltrados,
Escorrem a parede do pensamento
Daqueles que não separam
Nada do que querem dizer.
Imagino,
Onde mora futuro?
No bairro do destino?
Ou no jardim do acaso?
Cercado de muros?
Ao campo aberto?
Onde será o endereço certo?
Tão perto que nem alcanço?
Tanto que me lanço,
Danço atrás das paredes.
A procura da resposta
Pra saciar a sede.
E temo, gemo de medo,
De não saber como me comportar
Na presença desse mal estar
Parcelado sem juros,
Mas com mil juras.
Na mais pura das loucuras,
Fujo do futuro que tanto quis.
Espero a chuva pra apagar
O que foi escrito de giz.
Por mim,
No fundo do jardim
Da infância,
No auge do esconde-esconde
Os dias não encontrariam-me
E se perguntariam: Onde?
Por que será?
Será o porque?
A liberdade te liberta das grades
Mas nunca de você!
Por mais abolicionista
Que esse discurso pretenda ser,
As grades são invisíveis
Mas as correntes estão dentro de você.
Ambições constantes e falíveis,
Caçador do verbo ter,
Tem a sela, tem as grades,
Tem a vela e a vaidade,
Não tem amor por não merecer.
Reparem o desespero daquele menino,
Implora por resposta sobre o que será o destino.
Reparem, ele não é apenas um passado,
É a base do atual desesperado
Que chora e teme que o futuro apareça sem avisar.
Não sabe pra onde correr, nem como se comportar.
Um homem não chora, mas e agora?
Se a vida viesse com manual de usuário
Não temeria tanto o maldito calendário.
Mas o futuro toca a campainha, e aproxima da porta,
E agora não importa, não adianta chorar.
Vou atende-lo já, não sei onde vou parar
Depois de levantar desse sofá.
"Alô, presente, estou chegando, Alô futuro, já vou"
O dia foi corrido,
Oprimido destemido
Decidiu ser abusado
Colocou tudo de lado
Encontrou um dia certo
No meio de mil errados.
Encontrou a solução
Pra desconsideração
Que sofria os irmãos
Nas mãos daquela gente.
Foi taxado inteligente,
Gênio da nova ciência,
Por fazer a experiência.
Foi tamanha ironia
Que sentiu a nostalgia,
Medo da melancolia,
Desistiu da astrologia
Pra os sábios foi um furo.
Foi-se o medo futuro
Saltando por sobre o muro
Encontrou o que queria
Sei que alguém já previa
Essa tal de alegria.
Agora é ir pro trabalho
Ser o zap do baralho,
Já dizia Zé Ramalho.
Êh, oô, vida de gado.
Povo marcado.
Êh, povo feliz!
O grito do amor ecoará no vácuo do universo.
Não digo isso para tonificar meu verso.
Digo por é, e é pelo simples fato de ser
Do germinar de uma árvore ao sol nascer.
Do sinal mais profundo do materno amor
Ao simples e magnífico sol se por.
De toda tempestade que nos rodeia
Sou a mosca na teia,
O maça que alimenta e sacia.
A plana que ignora o chão de cimento.
Os quatro ventos que velejam.
Estou em ti assim como você está em mim.
O amor ecoa, como a menor partícula de luz
Na velocidade que a conduz em milênios.
Eu sou você!
Toda a vontade do saber, da verdade absoluta
Sou a luta entre o bem e o mal.
Sou a forma de equilíbrio mais oscilada
Entre todas as outras, que também sou.
Sou a chave da consciência
Atraída como imã e ferro.
Sou os trilhos do trem,
O verde do semáforo,
A água da fonte,
O monte, a montanha.
Sou toda forma e não forma.
O elefante, o leão, o homem e futuro infinito beija-flor!
Sou a decomposição, o nascer.
Sou a formiga, a vida.
Minha face está em tudo, assim como o tudo está no nada,
E no nada no tudo, como se fossem um só entre todos!
Sou o gameta, o último momento e tudo que está entre eles.
Sou o grito que ecoa no vácuo do universo!
Sou a tonificação involuntária do próprio verso!
Sou e somos!
O tudo e o nada!
A metamorfose da borboleta,
A areia da ampulheta.
Toda a melodia!
Toda história, a memória!
A árvore da vida que eu mesmo pedi.
Toda dificuldade que criei,
Tudo!
Sou a luz e consequentemente sou todas as cores!
Vou ecoar por toda eternidade, o teu, o meu grito de amor
Que mesmo no vácuo do universo propagará eternamente!
Tudo parece ser fascinante,
Conservantes, corantes e aromatizantes.
Deixam o produto na forma ideal
Retiram todos os nutrientes,
Habito alimentar já tende pro mal.
Se o produto enlatado já tem seus clientes
É cada vez mais difícil fugir do normal.
Quem dera não ser "civilizado"
E viver de forma bem natural
Não ver alimentos todos enlatados
Nem viver a vida artificial!
Nos tempos modernos é bem diferente
A vida não é mais presencial
Online é o futuro que virou presente,
E vira abstinência se falta o sinal.
Onde vão parar não se sabe ao certo
"A tecnologia aproxima quem está longe
E distancia quem está perto"
Quem dera não ser "civilizado"
E viver de forma bem natural
Não ver alimentos todos enlatados
Nem viver a vida artificial!
Hoje o tudo ainda é pouco,
Se o filho invoca que quer pelo em ovo
O pai põe galinha com um cachorro
Pra vela botar!
Ai do diabo se ele não chocar.
Homem é a prova que intromete em tudo,
Não se contenta em vê funcionar
Tem que meter o dedo no DNA.
Quem dera não ser "civilizado"
E viver de forma bem natural
Não ver alimentos todos enlatados
Nem viver a vida artificial!
Não quero ser só mais um reclamão
Com controle na mão em cima ao sofá.
Acompanhar novelas na televisão,
Não sei viver pra me aposentar.
Não sei viver pra me aposentar.
Não sei viver pra me aposentar.
Não sei viver pra me aposentar.
Eu não sei viver...
Tic-tac
Tic-tac
O despertador interrompe o descansar.
Na vida, segue a terrível luta contra o tempo.
Acordo cedo pra não me atrasar,
São duas horas só no congestionamento.
No caminho quase durmo dirigindo,
E ao chegar eu não posso nem piscar.
Os donos do mundo sempre exigindo.
São poucas horas para poder descansar.
Meus horários de sono ninguém abona.
E quando em casa consigo chegar,
Triplico as doses pra poder desestressar
E aguentar o sistema que rotula,
De qualquer forma sei que não vou aguentar
Pois não há tempo pra poder ler a bula.
Pois não há tempo pra poder ler a bula.
Não há tempo pra poder ler a bula!
Eu aguento tudo,
Todo mundo,
Mudo,
Calado.
Pra não ser taxado
"De cara errado pra minha filha".
E sigo nessa trilha
Sem saber onde vai dar,
Vivo à colher impostos pra poder me aposentar!
Eu já não consigo,
Eu mal tenho meus amigos.
Que também estão puxando vagões
Pra esse vilões que roubam minha vida
Em troca de comida e lugar para morar.
Entre vender a alma ao diabo
E aceitar tudo calado
Eu não sei qual dos dois lados
Pode mais me explorar.
E é por isso abandonarei tudo, e todo mundo
Quero ao menos um segundo de paz.
Sem ter em nenhuma central de serviço
Escutar aquela voz robotizada
Que nunca resolve nada.
Quase tudo conspira
Pra te fazer pagar até o ar que tu respira
E seguir essa vida marcado em "V"
A retina reversa, segue o suficiente pra sobreviver!
Por incrível que pareça, hoje consigo ver o que realmente acontece com algumas pessoas quando elas se sentem acuadas. Comportamento animal, mostra as garras e os dentes diante de um problema. Algo totalmente contraditório do seu discurso. Não é mesmo?
Hoje intendo. Vejo que o amor que juravam ter era totalmente momentâneo. Que virou ódio em tão pouco tempo.
Já previa este comportamento, afinal a verdade absoluta sempre esteve presa em seu dentes. O mundo temeria seu intelecto. Tudo isso é sem nexo pra mim.
Sempre esquiva de suas dificuldades, escondendo atrás da imperfeição que jura ter. É sempre assim, melhor do que correr ou enfrentar, é simplesmente se esconder. Não é acusação, veja bem. Estou te lembrando que também sei vir aqui e dizer o que também penso.
Um dia vai querer a liberdade que digo, e vai intender. Hoje não, não intenderá. Está com o orgulho ferido e isso cega pessoas orgulhosas e possessivas.
Um dos motivos de você não compreender é simples fato de completar a tela sem moldura que está em seu quarto. Você quer isso, quer a união entre a tela e a moldura em uma parede branca e esterilizada pra sempre. Paradas e imóveis no fundo branco, e sendo exibido a toda e qualquer visita que se encontre no local. Infelizmente detesto esses rótulos conservadores de família feliz.
Tenho a ciência que tudo seria mais fácil se eu pensasse diferente, mas não penso, e ninguém irá obrigar-me a fazer o contrário do que quero. Ninguém!
Apesar de não ter o grau de intelecto, nem eclético que você tem, quero lhe dizer que eu sei ler, e que ler as vezes dói.