Alcindo Almeida
A mágoa plantada no coração é como um veneno que tomamos e esperamos que o outro morra, mas na verdade os envenenados somos nós mesmos.
Quando não deixamos a mágoa tomar conta do nosso coração abraçamos a gratidão dentro de nós. Damos vazão à graça divina que atua em nós colocando um sentimento de tolerância para com os que nos ferem e paciência diante dos que são menos graciosos.
Nós somos chamados pela graça de Jesus Cristo. Somos escolhidos pelo amor dele para carregar a sua paz no coração porque o eterno Deus nos ama com um amor eterno.
Somos amados dele chamados para o projeto da santidade, da vida de comunhão com o eterno todos os dias da nossa vida.
Precisamos aprender a silenciar o nosso coração para sermos sujeitos a Cristo. Precisamos silenciar o nosso coração para que guardemos a vida do Espírito dentro de nós.
Precisamos fazer uma gramática espiritual na vida através do arrependimento e o olhar para dentro de nós mesmos. Esse arrependimento nos faz olhar para a cruz de Cristo.
Um grande risco que vivemos hoje é que somos envolvidos pelo poder dentro de nós. O poder que nos faz querer ser melhores do que os outros.E por causa disso, algumas vezes pisamos em gente valiosa!
Tudo na vida se torna secundário quando refletimos a cruz em nosso viver diário. A cruz de Jesus de Nazaré é a realidade da morte do nosso ego.
O Evangelho não oferece só um contato com o Eterno, ele é a própria comunhão com ele por meio de Jesus Cristo de Nazaré.
Momentos de quietude e isolamento eram importantes para Jesus. Naqueles instantes de solidão não apenas ele derramava o coração diante do Pai como, também, o ouvia atentamente. Notem que é a própria palavra viva que tem esta necessidade de buscar a Pai e ouvir sua voz, ele é o modelo para a nossa vida.
A jornada espiritual se baseia na liberdade da graça, essa graça divina que atua em nós mesmo sendo pecadores e indignos dela. Quando a experimentamos desfrutamos da liberdade em Deus.
Escrever é como um processo no qual descobrimos aquilo que vive dentro de nós. O próprio escrever revela o que está vivo dentro de nós.
A mais profunda satisfação de escrever é que abre novos espaços que não tínhamos consciência antes de começar. Escrever revela o que somos, o que pensamos e o que respiramos. Por isso, sempre falo que escrever tem a ver com a alma!
Sem a solidariedade de Jesus que surge para trazer um novo começo na nossa existência, é impossível andarmos sozinhos diante das crises da vida. Somente na presença do Jesus divino, do Jesus solidário, que a nossa vida nasce de novo. Só nele há esperança, pois, somos extremamente limitados.
A grande verdade é que nos achamos melhores do que os outros, então para não ficar para trás, julgamos, medimos e condenamos as pessoas.
A realidade da imagem e reflexo de Cristo em nós criam uma dinâmica na vida de tal forma que caminhamos para a glória de Cristo e não de nós mesmos.
As palavras são nossas principais ferramentas para nos orientarmos no mundo cuja maior parte não podemos enxergar, cuja maior parte jamais chegaremos a tocar.
Quando desfrutamos da contemplação na oração, passamos a desprezar o desejo de ser popular, de ser relevante, de ser bem-sucedido.
A cruz não é uma tragédia, mas é algo que temos que carregar para que não nos voltemos para o orgulho. Assim imitamos nosso mestre que carregou sua cruz e sempre fugiu da plataforma dos holofotes.
Nós precisamos aprender depender de Deus e estar quebrados diante da graça de Deus e assim seremos vasos usados por ele, para a sua glória.
A experiência da oração nos leva a experimentar tanto os momentos de deserto como do jardim na vida.