Aimara Maia Schindler
O pecado é como um caminhão desgovernado, dirigido por um motorista, pecador, completamente bêbado; descendo velozmente uma ladeira, sem freio, direção ou controle. O legado, dessa iniquidade e compulsão, é o choque, tragédia, dor e morte.
Tempo é uma oração proferida que não depende de nós!
Num simples olhar que abarcava todo o porvir/ Tempo onde se escondes de mim???/ Sonhando sem lupa o florir/ Da rosa que desvaneceu sem carmesim.
Sem a santidade jamais veremos a face do nosso amado Redentor; a sombra da luxúria sempre será um entrave que encobrirá a nossa visão, nos tornando inaptos, para tomarmos posse de nossa verdadeira cidadania, santos, filhos de Deus.
Um homem amante de si mesmo, com as suas próprias mãos, todo dia dilapida a obra prima de Deus, com borrões indeléveis, o seu corpo, templo do Espírito Santo; a sua alma, que não lhe pertence e sim ao Senhor!
Aquela mão que desfere um tapa, aqueles lábios que ferem com uma palavra impensada, aquele que se galardoa das suas ínfimas conquistas, machucando outrem; será o mesmo que minguará os desafetos, a solidão e a execrável desdita do repúdio no porvir.
Deslealdade é como uma foice, a foice que o maligno coloca em nossas mãos para golpearmos sem dó nem piedade os nossos entes amados, o nosso próximo...
Se não permitissimos que as bestas-feras uivassem tão alto, reinassem soberanas nos nossos relacionamentos, uma e outra, disputando a posse do trofeu de nossa derrota, de quem é mais egoísta, insano, maligno; nós poderíamos ser pacíficos, amorosos, filhos de Deus, e sempre amar e viver harmoniosamente, uma só carne, por toda eternidade.
O Senhor Jesus veio ao mundo pra nos unificar, irmanar; pra que o Seu elo de amor nos circundasse fortemente, eternamente; quem abriga no seu coração, preconceitos, divisões, racismos; não aprendeu a preciosa lição:
O Imaculado Cordeiro veio ao mundo pra nos limpar, purificar de todos os pecados!
A graça é estendida pra todos, sem acepção de pessoas...Basta apenas crê que Ele é o Filho Amado de Deus que deixou a Sua realeza, por tanto nos amar, pra nos livrar das trevas; sendo LUZ pra nos alumiar!
Eu sou a criança, bailarina, persistente...Que ainda sonha com seus passinhos coerentes, perfeitos, os arabescos de 90 graus. Bailando, bailando...Querendo imitar e acompanhar o grande passo de Deus perfeito!
Perdão ofertado, concedido, é o estigma do amor de Deus por nós; bem-aventurados, aqueles que são absolvidos, lavados, pelo Sangue Precioso do Cordeiro. E de graça compartilham com o seu próximo a mesma graça que recebeu.
Muitas vezes sonhamos, imaginamos beijar o ser amado; mas por mais que este desejo seja realizado, sempre teremos ânsia, sede, de mais beijos, afagos...
Mas o Senhor Jesus ao se dá a si mesmo como sacrifício vivo, o Cordeiro Imolado na cruz; Ele nos deu um beijo eterno, e nele sanou toda a nossa sede, desejos, e selou não só os nossos lábios, mas as nossas almas, os nossos espíritos para a eternidade ao Seu lado, num abraço que jamais terá fim!
Os urubus voam, pairam sobre os restos das suas presas, se deleitam nas suas carniças; algumas pessoas pensam, cobiçam, praticam, e se deleitam nas suas maiores aberrações, iniquidades!
A carne milita contra o espírito, e não discerne as coisas espirituais; ela só quer sentir, sentir, e nunca saciar...O espírito milita contra a carne, e só quer libertar a carne da prisão que ela mesma é sua carcereira e entregou a chave em mãos alheias, ao usurpador de seu corpo, alma. Antagônicos são os que militam na carne e os que militan no espírito; depende da nossa escolha quem irá prevalecer neste maior desafio, batalha travada, dentro do nosso ser!
Eu sou uma flor que desabrochou nas mãos de um Jardineiro Fiel que acreditou em mim; mesmo quando eu estava despetalada, infiel, açoitada pelas tempestades da vida. Ele perseverou em me amar, tocar...Olha, que bela flor me transformei! Menina, flor, serva do Senhor Jesus, Amigo Fiel, a me acompanhar, cuidar.
Meus pensamentos são livres como os pássaros voando...Mas pra que esta dádiva ocorresse e se tornasse realidade em minha vida, nossas vidas, foi preciso que o Ser mais livre se tornasse carne, preso a nossa esfera de dores e limitações, e se fizesse pássaro tolhido, abatido, por todos nós.
Para que deste modo, fossemos livres, livre-arbítro de escolhas, pensamentos, pássaros que voam.
Por que será que ainda existem pessoas que são pássaros engaiolados, presos aos pensamentos efêmeros, pequenos...?
Com sindromes de escravidão?
POR QUE ???
Quando nos afastamos da LUZ somos como espantalhos, só atraímos as trevas, negritudes, urubus, para nos depenar, lesar!
Pulsares, estrelas de nêutrons, meu coração pulsa como elas, ao compasso, ordem, orientação do meu amado Pai, Criador, Coração Pulsante, Uníssono, Eterno!
Tamanha doçura, sorvo, a cada dia; durmo plenamente saciada com a Tua presença ao meu lado.
Não sinto mais o desejo de sorver o fel dos prazeres abomináveis; diante da eclosão dos rios de água viva correndo do meu ventre, me purificando abundantemente.
Olhe para a cruz, onde nela foi fincada todos os nossos delitos, iniquidades; um Cordeiro imaculado foi imolado, sacrificado por todos nós...
Neste momento, imagine todos os sofrimentos, as humilhações e os escárnios que o Senhor Jesus Cristo sofreu pelo imensurável amor nutrido e concretizado, no seu maior ápice, no Calvário.
E sem jamais esquecer desses momentos, enquanto há tempo, contritos, constrangidos por esse amor inigualável, devemos produzir frutos dignos de arrependimento.
A maioria das pessoas prefere o mouro, a ilusão dos aplausos, moucos e vazios da multidão; do que a exortação plena, única, sincera e eficaz de um (a) servo (a) obediente, temente a Deus.
Cuidado, sua maior galhardia não está nessa densa esfera terrestre!
Na profundidade do meu ser, eu sempre busco o élan para retornar a superfície; tendo a paciência de viver e conviver com a ilusão rasa, terrena e tão mundana.
A contemplação do porvir me inebria; a antevisão de mim mesma sendo adornada, agraciada com a coroa da vida; a ilusão da morte, as momentâneas trevas, se desvaneceram na presença da Luz..
O amor é cultivado, alimentado, em pequenas brincadeiras, do dia a dia; a ilusão da seriedade se esvai ao primeiro pulo, ao menor afago.