Aillon Dias
COMCISÃO
Era grande
E aqui não ia caber
Com precisão cirúrgica
Cortei o que não me era essencial
E agora podes ver o que sobrou
SEXTA 13
Um dia como outro qualquer
Mas há quem diga que não é
O que há de errado com o dia 13 do mês
quando cai no dia da semana 6?
Quem vê como um dia sorte
se mantém forte
E uma outra porcentagem
em que se ausenta a coragem,
tudo parece visagem.
Medo pra quê?
Pra que superstição?
Pois outras sextas como esta virão
Mas se vir um gato preto, mude de direção!
Despedida
Um ciclo se encerra em minha vida
É mais um momento de despedida
Mais uma batalha que por mim foi vencida
Mas chegou o momento da ida
Não esquecerei o que aqui vivi
Os laços de amizade que estabeleci
Sinto, mas devo partir.
VAIDADE CASTIGADA
Olho no espelho e não me vejo
Oh, maldita maldição que me aprisiona!
Castigo para um ser tão vaidoso como eu
Trocaria a imortalidade
para poder contemplar a minha vaidade
CHUVA DE VERÃO
A chuva começa a cair repentinamente
E eu adoro quando isso acontece
Sem mais nem menos, começa a chover
Pegando todo mundo de supetão
Só eu que não!
De certa forma eu pressentia o sublime momento
E isso me enchia de contentamento...
Contemplo as gotas caindo em mim
Tocando-me suavemente
Mas cessam de repente,
não mais que de repente...
NOSTALGIA PROPOSTA
Eu canto o Amor
E nestes versos vou propor
Um apelo à nostalgia
De uma paixão fui co-autor
Experimentei aquela dor
Que só quem ama vivencia
Nos lábios senti o esplendor
que brotava em teu interior
e o meu corpo todo envolvia
Num infame dia, tudo acabou!
Mas em mim ainda restou
Um pouco de fantasia