Ágata Rosário

26 - 37 do total de 37 pensamentos de Ágata Rosário

Chegará o dia em que eu não terei de achar,
mas que serei achada?
Pararei de decifrar, para ser decifrada?
Porque infelizmente minha transparência não passa disto,
Sinceridade transborda, mas…
Realidade?
Naturalidade?
Passar isto ainda não consigo,
é bem mais fácil me manter atrás
de um bom português polido.

Inserida por StaWod

Se meu desejo é te tocar, eu peco?
Se anseio te enxergar com as mãos,
Se aspiro ver teu rosto com meus lábios,
Se almejo discernir tuas formas
num abraço apertado, eu peco?

Se detesto a distância, é possessão?
Se te quero na palma de minha mão,
Se desacordo dentro de você e…,
Se quero que a mesma coisa
aconteça contigo, é prisão?

Não que eu vá te amordaçar!
Nunca lhe proibiria de ter outras ternuras,
De sentir outros sabores
De ver novas cores…

Quero apenas gravar-me em ti
Porque estais gravado em mim
Quero te fazer perambular por meus desertos
Te mostrar sonhos incertos
Criar juntos nosso mérito

Se desejo não te deixar partir
Por que não fica aqui?

Nunca fecharia a porta da gaiola,
Aprisionar almas não é meu ofício,
Nunca cortaria tuas asas,
A impossibilidade me assombra

Só te peço que fique mais um pouco
Pois minhas asas não sabem voar
Minha maldição: é não poder te acompanhar

Inserida por StaWod

Extinguir, dissipar, cessar, desligar, desaparecer, parar

Qualquer botão que escolher
terá a mesma função,
Então some sem deixar marca!

Eu não sou similar a arca
Onde todos entrão, se espalhando pelo chão
Anteponho a sinceridade do ser!

Inserida por StaWod

Naquele dia faltou ânimo a minha anima...

Inserida por StaWod

Dissestes o certo
Bom saber que estás aberto
Para ouvir, para discernir e...,
Para estar perto!

Inserida por StaWod

Existem coisas que não professo nem em meu pensamento
Coisas indizíveis a meu próprio coração e ao vento
Permanecem coisas que deviam ter ido a muito tempo
E a consequência é bizarra, é árduo tormento

Onde está a alegria de sábado atrás?
Antes não precisava de alguém para ser
Mas agora sou dependente.........

Dependente psíquica
Dependente da reação química que você me provoca
Droga massageia meu ego, torna presunçoso meu “EU”

Aprendi a duras penas que devo deixar partir
Pois se fica cria fungos, bolor, odores indescritíveis

Pungente
Asco
Pisoteado por teu casco
Intransponível casca
Sentimento amargoso
Sabor ferroso deste licor rubro, rugoso

Conjurado está!,
Desconjurado estará
Se coragem não me faltar...

Inserida por StaWod

Já se perdeu de vista
E desejou, realmente,
que ninguém te encontrasse
Em meio aos teu cacos
teus erros e teus fiascos
Espalhados pela pista

Asco, entejo
Bulimia, solvente
Ojeriza, enojo
Orexia por dissolver sua
própria vida em eutanásia
Sessar a falácia

Eu estou viva,
por qual azo não sei
Incomunicável é Kairós
E Cronos não precisa a margem
de meu dias, óh, rei

Suma das minhas vidas
Faça a dor parar
Não desejo isto de fato!
Mas é incontestável pensar
Amotina-se minha mente contra mim mesma
Escuta(o) meus gritos sem som
E esquece-se das palavras ditas
Fato, sou besta entoando novo tom

Engoli o acaso de estar viva
Sorvi a vicissitude de vivente
Absorvi a casualidade de eu existir
Desprovida de mente para me omitir

Inserida por StaWod

Não se vá jamais, senhor
Cala meu imperdoável dizer
Com nossa solidão
Guia-me no regresso ao corpo

Se ainda há coração,
Creio que não,
Faça-me sentir o novo

Sou covo
Sou cova
Sou corvo
Estou morta

Como estrovo
Ponho a prova
Teu sentir torvo
Que minh’alma comporta

Despeço-te, me coas
Despertando-me em caos
Descanso em paz
Descaso a mais

Inserida por StaWod

Se neste verso há sentido
Meu corpo eu agrido
Com pensamentos e aflito
Volto-me a Ti

Inserida por StaWod

Parte de mim me diz que sim
Mas....., o que se faz
quando temes teu próprio medo?
E temes que o medo te atrapalhe
Que borre, pois bole o pensar

Em parte eu sei que sim
Mas o que parte de mim é não,
pois, não é o que não pode ser,
Muito menos o provável

Alucinação de variante infindável
Coração palpita indomável
Emoção incontida,
transgredida por teu próprio ser

Picha tua ficha
De rubro, de bronze
Vacila

Inserida por StaWod

Deveria sentir-me viva ao fazer o que quero
Porém tudo o que sinto é repulsa por mim mesma
Aversão a meus novos hábitos

Inserida por StaWod

É leve?, sempre leve
Oscila?, sim oscila
Mas é compacto e impenetrável
Com tempo torna-se inabalável

Pesado?, não, apenas grande fardo
Absoluto, até mesmo bruto
De forma delicada se desmancha apenas nos olhos teus
Teu sorriso meu dia vem clarear

Prazeroso e não penoso
Puro não malicioso
Que te levanta e não deixa derrubar
Virtudes de amar

No teu silencio e companhia
Vejo que estás presente que entende
Que meu sofrer já não posso descrever
Que em palavras não cabe

Farias tu mil malabares pra me ver sorrir?
Eu pergunto a ti, e então
Dê-me cá tua mão
Se a resposta for sim

Serei fortaleza, preservarei tua beleza
Em meu pensamento será imagem fixa
Tão raro como o mais puro ouro
Nos gestos, rixa de grandeza e gentileza

Inserida por StaWod