Abner Esteves
Se para o jardineiro é triste plantar o que não floresce, imagine para quem ama? Segundo Freud, o que amamos é o retorno do amor do outro.
Na Psicanálise não se fala em superação. Nada superamos. A ferida faz parte da nossa história. O que muda é a nossa forma de lidar com ela.
Carregamos na linguagem um laço feito do material do nosso Desejo e, inconscientemente, nos enlaçamos no (desejo do) outro.
Por sentir-se inferior, o neurótico sempre tece comentários afiados na tentativa de desonerar o outro de suas virtudes (desejadas e invejadas por ele).
Feliz dia dos que amam em Silêncio. Dos que guardam histórias de outros (des)amores, de outras paixões. Feliz dia dos nós dos nossos enlaces.
Feliz dia dos desencontros, dos amores proibidos, das estrelas dadas de presente. Feliz dia dos que amam, e também dos que desejam amar.
Incrível quando em análise o sujeito percebe seu sintoma por meio de suas repetições. É um doloroso insight, mas libertador quando ressignificado.
Não há temporalidade no inconsciente. Há sobreposições de tempos, onde o Sujeito enxerga uma lembrança de um passado distante com o olhar do presente.