A.P. Abranches
O homem não tem uma vasta gama à sua escolha, ele não adquiriu esse status; se quer liberdade não tem segurança, se quiser segurança; será escravo.
O silêncio é sábio e agradável... Vai chegar o dia em que não haverá sons de vozes, não haverão cordas vocais, nem mesmo boca. Conversaremos através da mente, e isso será indesejado... Depois; sentiremos saudades dos beijos...
Enquanto alguns ainda estão tentando ler os códigos secretos da linguagem falada, a codificação secreta das imagens que é "infinitamente" mais ampla, tem ficado à espreita silenciosa...
O racismo está na percepção da pessoa... É coisa de sensação... Coisa de lei da atração... Se te incomoda, vai atrair...
O andarilho e o nojo:
Muito me incomoda o andarilho,
alguém caminhando fora do trilho, sem rumo, crenças mundanas e descompromissado...
Um ser quase inanimado, transcendente, desinteressado, bi-dimensional...
Animal sem presas sujo e fétido, vestido de carne putrificada.
Esse ser errante é agressão viva, às concepções das minhas moralidades esdrúxulas!!!
Combatido e não vencido, é como um Deus encarnado que escarra, mija e caga na cara do mundo, sobre a face da alma desesperada e disfarçada!
É uma presença tão incômoda que parece dizer: Será que você não vê a verdade à sua frente, idiota?
O andarilho, esse ser errante quase ilusório e transitório existe pra me incomodar, toda a santa vez que os meus caminhos se cruzarem com os dele; derramando sobre mim o meu próprio nojo.
Às vezes vendo pra onde caminha a humanidade, fica claro pra mim que os Deuses esconderam-se por vergonha.
A dualidade está presente em todo ser vivo, e o dualismo na ação de interesse deste.
Um bandido não é bom ao matar uma vítima, e o policial que defende os interesses da ordem social também não. Uma mãe compreensiva com seu filho rebelde não é boa, uma vez que aceita os maus atos de seu filho, mesmo que seja meiga e amorosa. É bom lembrar o ditado: Deus está nos detalhes...
Viver a vida com intensidade faz sofrer... Depois as coisas mudam... Depois o tempo passa... E só fica a dor da lembrança e da saudade... A dor da saudade é dos que vivem... Dos que lutam... Dos que amam... A dor da lembrança não atinge os prevenidos menos envolvidos... Eis uma insanidade racional.
A busca de um novo poder ou a volta do antigo, faz o criar de uma nova linguagem, um novo ambiente, novos olhares, novos sentimentos, e novas regras...
O criador de novas regras de pensamentos e condutas, se mantém com o cetro em punho e a coroa intocada, porque sua boca não cessa mediante às orelhas voadoras amantes da obediência.
Este inventa novas teorias do bem, como idéias morais de crítica ao racismo, machismo, homofobia, xenofobia etc, com a real intenção de implantar separatismos, e acirramentos de intolerância.
Com isto feito o caos instalado distrai, toma o tempo do oprimido da percepção desse controle, e o domina através do medo...
Quem cria as regras é sempre o emissor (mídia) que impõe um poder, e quem obedece é o receptor sempre menos criativo, menos comunicativo, menos informado.
Qual a melhor forma de ser o mais informado?
Sendo inventivo; criando a informação!
A Filosofia Oculta é indefinível, porém não indefinida... No saber do obscurantismo nada se define plenamente, mas quanto à tarefa filosófica; não há dúvidas!
Eu não falo do Mal de Alzheimer... Falo sim de um aspecto programado de desmemorização que por suposição imaginática, ou mesmo suspeição com base na filosofia oculta, não pode ser descartada, como é também considerada pela teologia e outras vertentes milenares... Podemos sim por essa base, repetir, e repetir, e repetir... Mas isso mesmo que fosse ou seja fato, não seria ou é tão desesperador quanto parece... Nietzsche parecia gostar do tema.