A.P. Abranches
Ser maduro segundo uns é aceitar o homem e o mundo como eles são, e imaginar tudo como algo fixo que não evolui ou seja: ser escravo.
A ambiguidade está em toda a natureza. Observe bem e perceberá a sua sutileza indisfarçável. Eis a dualidade filosófica, eis a escolha diária e constante! O bem passa despercebido pois invisível, ao contrário do mal que argumenta com pedradas!
Creio que devido aos maus atos humanos, a nossa liberdade esteja bem limitada! A escolha (arbítrio) permanece mas a capacidade de ação não tem potência, bem como a boca do boneco de ventríloquo, fala tudo o de indevido.
Não temos a mente de um Deus, a mente de Deus é que nos possui... Somos parcialmente primatas, porque somos parcialmente humanos... Semelhantes ao homem, e não O homem.
Não há sapiens! O homem vive mergulhado em sua própria escolha.. Afogar a consciência dos desprazeres e despotencializar-se, é optar por uma mediocridade feliz, e meio de sobrevivência.
Talvez ir pro inferno tbm seja uma escolha. Tem gosto pra tudo nessa vida, tem muita gente que despreza uma vida harmônica... Uns gostam de harpas, violinos e violões, outros preferem o baixo e a guitarra, e tem ainda os loucos por tambores... O simplismo do debate religioso céu-inferno é algo cômico e desprezível, uma vez que as opções universais são tão mais complexas!
Quando leio sobre racionalidade, sinto no âmago da palavra a frieza dos carrascos. Racionalizar nada mais é, do que pensar com sabedoria envolto às emoções!
A consciência ao inverso do que dizem muitos pensadores, é um estado mental do qual não somos atuantes... É na subconsciência onde trafegamos por um desejo de poder... Criamos uma civilização baseada em sonhos, e a consciência desprezada tem sido uma condenação eterna à perdição; em nós mesmos.
As emoções devem ser compreendidas para darmos passos no sentido da nossa própria evolução individual... As doenças mentais circulam, permeiam e variam pelas atmosferas sociais... A ansiedade pela busca de uma sonhada felicidade, ou realizações impostas mentalmente massificadas por uma mídia selecionadora, produz um efeito destrutivo que será um dia superado pelos conscientizadores, e depois disto feito, alguém tratará de inventar outra falácia caótica qualquer. No fundo tudo é vão, e no vão.