Ataque
Respirar não funciona
1, 2, 3
O tempo passa, passa e não para
3, 2, 1
A ansiedade borbulha
O sangue ferve
3, 3, 3
Mente confusa, as pernas bambas
Grito silencioso
Vejo o choro e ouço os olhos
Quando vão me escutar ao invés de me ouvir?
Quando vão me ver?
O tempo é relativo
Relativo é o tempo, não controlar é humano?
O tempo passa, o sangue esfria
O grito silencia
As pernas estáveis, as lágrimas sedem
O relógio não para, e eu não posso controlar
Não é preciso parar, para acordar.
Mantenha seu inimigo por perto. Assim você poderá antecipar o próximo passo dele e minimizar os danos de um ataque.
Na fila da condução, tá esperando o quê? Vai chegar cedo em casa pra ligar a TV? Provavelmente não tem nada urgente pra fazer, vai ver novela pra sonhar no que quer ser; levanta, sai, trabalha, volta, não sabe porquê. As horas passam como flecha pra você - os dias passam e são torturas pra te envelhecer, mas criatividade não põe tempo pra perder... Babilônia quer te iludir, Joga sujo para confundir - mas quem está acordado nunca perde o foco da missão... Esquece o personagem do bem, esquece o personagem do mal; hoje não vai ter velhas notícias no mesmo jornal, reality da tela na rua é muito mais real. Hoje não se renda a futebol e carnaval.
TUBARÃO
Se for visitar Recife,
tenha muita atenção.
Se quiser banhar no mar,
cuidado com o tubarão.
Tem um tal cabeça-chata,
e do tigre não escapa,
ele é bom de natação.
Não sei quem começou,
só sei que não devia
ter nem começado,
os meus pertences foram
espalhados e o meu abrigo
foi brutalmente incendiado.
Fugi da Ditadura para ir
para Pacaraima para
ultrapassar muito
além do nervoso,
agora estou aqui
sem sequer reagir,
e sem nenhuma ação
por aquilo que não
tem perdão por
causa de gente
sem amor no coração.
Só sei que tenho que ir,
porque tenho um
futuro para construir,
não foi por escolha,
mas foi por circunstância
insuportável a me exigir.
Não há mistério
sobre o acontecido
em Pacaraima,
e mesmo que
eu quisesse
esquecer disso,
não há como,
porque isso
tem nome e se
chama terrorismo.
Corre na veia o
sangue nômade,
com o terror não
tenho paciência,
porque só a Deus
doa a clemência
quando não há
autoridade para
investigar e prender,
quem passa a tomar
conta é o destino
e ele nunca
tem medo,
em nem tempo
com gente que
não presta,
pois para ele
não há nada
ali que valha
a pena perder.
Na fronteira sou
maior que todos
os que se
acham grandes,
enquanto eles
naufragam no ego:
eu apenas sou
uma brasileira
com alma de imigrante.
Quem não se importa com valor das primeiras peças de um tabuleiro de dama, dá as costas para o inimigo planejar um ataque maior e com jogadas individuais da morte.
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