As Três Marias
De Todas a Marias - Homenagem a amada Maria Goreti.
Segunda, 07/07/2008 - 02:17 — Sirlei Passolongo
12login Maria Goreti
Toda menina por nome Maria
Trás na essência a luz da Paz
Toda mulher por nome Maria
Trás no olhar a força do amor
Mas existem as Marias ainda mais especiais
Marias que encantam almas...
Marias que lutam em todas as batalhas
Sem desanimarem jamais...
E existem Marias que presenteam sorrisos
Embora por dentro lágrimas esvaiam...
São almas reluzentes porém nunca iguais
e você é Maria Goreti...
Iluminada por todos os anjos Celestiais
Maria Poeta, Maria Mulher
Maria Amiga... Te conhecer foi bom demais.
Com Carinho
Sua Sempre amiga e parceria:
Sirlei Passolongo
Eu não sou o céu mais tenho as 3 marias em minha face,
Não sou palhaça sou apenas alegre demais,
Quando uma lágrima cai em minha face não quer dizer que sou chorona mas sim que assim como todo mundo também tenho necessidade de chorar,
Quando olho nos seus olhos é porque eu sei que as respostas que eu busco está em seu olhar,
Se eu estiver sosinha em algum lugar, isolada de tudo e todos, saiba não foi eu que escolheu estar assim,
Se um dia você me olhar e me ver seguir uma estrada de espinhos sabendo que eu também vi um caminho de flores, saiba que se eu não escolhi o de flores era porque eu tinha que deixar um pra você,
Se um dia de minha boca sairem palavras que te magoem saiba existiu um motivo maior,
Quando todos os meus amigos me deixarem para trás, quando eu olhasse pro meu lado ficaria muito feliz se visse você,
Sei q não sou certa e muito menos santa, não gostaria que você me colocasse em lugar de louvor num pedestal, mais iria ficar muito honrada se tivesse um pequeno lugar em seu coração,
Gostaria que minha voz fosse como música pra seus ouvidos, que minhas palavras entrasse como flecha em seu coração,
Que o meu rosto estivesse sempre em seus sonhos e em seus olhos,
Que o meu nome saisse varias vezes de sua boca,
Que eu fosse a sua melhor lembrança, do passado e presente,
Gostaria de estar sempre em seu coração.
Quem são Marias?
Hoje pela manhã, enquanto eu me dirigia para o meu trabalho, ouvi a música “Maria, Maria, do grandioso Milton Nascimento, e comecei a pensar em quantas Marias existem nesse mundo. Você, caro leitor, deve estar pensando “é óbvio”, mas a Maria que eu me refiro, não é apenas a Maria-mulher, mas também a Maria-homem. Não vejamos apenas o lado homossexual da questão, mas sim o lado Humano.
Pessoas comuns, batalhadoras, guerreiras, que lutam incansavelmente por cada um de seus objetivos, tendo como o único medo, o fracasso como ser humano, mas que deixam seus fantasmas de lado e seguem a vida em uma constante batalha pela felicidade. Que muitas vezes estão rindo, mas só elas mesmas sabem o que se passa em sua alma, que muitas vezes chora feito criança. Essas pessoas carregam consigo um misto de dor e alegria e sabem que é preciso ser forte e nunca desistir dos sonhos, que é essencial ter fé na vida e é essa fé que muitas vezes as mantém vivas.
Pessoas que tudo o que querem é amar e serem amadas, que vêem o mundo com outros olhos, que sofrem e não reclamam, pelo contrário, agradecem a Deus pelo aprendizado que tiveram com as dificuldades, nem sempre vencidas, mas sempre superadas pela consciência de que nem tudo acontece de acordo com as suas vontades.
Agora analise você: Será que você é uma Maria? Se não for, quanto falta para ser?
Muitas pessoas têm a incrível capacidade de deixar que pensamentos inferiores tomem conta de suas vidas, como por exemplo, “e se eu errar?” Ou então “e se não der certo?” Ou ainda “e se eu não conseguir?” Não se esqueça que tudo na vida tem pelo menos cinqüenta por cento de chance de dar certo, mas tenha sempre um plano B, para uma eventual emergência e faça tudo o que estiver ao seu alcance para não precisar usá-lo. Se errar, tenta de novo, se não der certo na primeira tentativa, tenta uma segunda, terceira ou quantas forem necessárias, se você não conseguir, reavalie sua estratégia, afinal, você é um guerreiro ou uma samambaia? Coloque na sua cabecinha a seguinte frase “Deus apostou todas as suas fichas em mim por ter a certeza de que sou um grande vencedor e não vou decepcioná-lo”. Repita isso todos os dias ao acordar e ao se deitar, mas com convicção, caso contrário seria mentir para si mesmo e isso é atitude de covardes. Você é um covarde? Não se ao trabalho de responder.
Não reclame das dificuldades, aprenda com elas, faça delas degraus para que você possa subir cada vez mais e se precisar descer, será para buscar algo esquecido no caminho. Só não permita que o desânimo se aproxime, mostre a sua força de se levantar sempre que for necessário. Mostre ao mundo que você é mais que um guerreiro...
Você é um vencedor!
Brasileira, és mulher
Tens nos olhos um encanto
És Maria’s pra José’s
É de fé e é de pranto
Brasileira é assim,
Forte garra as mantém
No coração cabe o mundo
Mas do mundo és refém
Gisele’s ou Daniela’s
Todas têm sua beleza
A diferença de todas elas
Tem no espírito a inocência!
Ingenuidade de menina
Com o corpo de mulher
Sobre a lua se declina
O brilho forte de quem és!!!!!
Raiar da fome
As ave marias que a boca vomita
Amarrotam a alma quando acorda de manhã
E vê os pratos vazios.
Maria
Marias foram sumindo no tempo
Não nascem mais Marias
Quanto anos tinha Maria?
Não nascem mais Marias?
Maria era a mãe da vó de Maria
Depois ficou Mariazinha
Porque era a ultima Maria
As Marias eram tantas
Que tantas mulheres se chamavam Maria
Até os homens se chamavam Maria
Mario,José Maria ...
O tempo passa até que Maria virou rosa Cristina
Virou Sabrina
Mas a mãe de Sabrina morreu
Rosa Cristina virou de novo Maria
Maria Rosa ,Maria Cristina
O tempo abala de novo Maria
Virando Marisa ,Mariana ,Mirian,Marcia
Mario,Marta...
E assim as Marias sobrevivem
E de novo começa Maria ...
Somos todas um pouco Marias... Algumas que são “pena”... Algumas que dão “pena”... Algumas que precisam usar o “Código Penal”... Essas ultimas, em sua maioria são tão leves, que suscitam o desejo de ferozes predadores aprisioná-las... São cárceres do medo, da insegurança, da vergonha e de um abandono de si mesmas... Que só a duras “penas” conseguem se libertar! “Ave Maria” a lei Maria da Penha! Minha homenagem, às mulheres que de alguma forma, sofrem qualquer tipo de violência. Que a lei, se cumpra com todo seu rigor!
ÀS MARIAS E OUTRAS MÃES
Demétrio Sena, Magé – RJ.
A estas horas, os meus irmãos estão nostálgicos como eu. Imagino-os, cada um em seu canto, remoendo um universo de vivências. Muitas e muitas, tristes; algumas alegres; mas todas envolvendo amor, esperança e uma luta insana pela sobrevivência e pelo “ficarmos juntos”, que era um bordão de nossa mãe.
Temos, de fato, este universo de vivências com nossa mãe. Mas o tesouro imensurável que nos restou de todos aqueles anos é a cumplicidade que nos envolvia. Entre choros, percalços, privações e muito trabalho, nós sempre tivemos uma relação intensa de amor, apesar dos momentos de revolta contra tudo e todos ao nosso redor. O amor intenso, a presença forte, a coragem e a determinação de nossa mãe, cuja única ambição era conseguir nos criar como pessoas de bem, preparadas para o mundo e aptas para sobreviver com dignidade nos transformou ao longo dos anos. A revolta foi permeada pela ternura, e o sofrimento nos deu experiência e força para conseguirmos nosso lugar no mundo graças ao trabalho e à criatividade que aprendemos a ter com a nossa Maria cheia de graça, para driblar as horas difíceis. Ela nos tornou vencedores.
As lembranças e a saudade não se limitam à data instituída. Mas a data instituída nos organiza dentro de um turbilhão de afazeres e até de outros afetos, para separarmos um dia dentro de um ano, de nos dedicarmos como em todo o mundo, especificamente às homenagens. É boa essa corrente, mesmo com a consciência da exploração comercial que nos remete ao consumo. Que faz o comércio e a indústria comemorarem não especificamente o amor às mães, mas o dia do ano que só perde para o natal, no que diz respeito ao lucro, o que não condeno, pois isso atende ao anseio dos filhos de mães vivas, a lhes dar um agrado como símbolo e demonstração de amor e reconhecimento.
Quando viva, nossa mãe conseguia nos reunir, nos últimos anos, a cada dia das mães. As reuniões se tornavam grandes festas, porque somos nove irmãos; todos com filhos. Alguns com mais de um filho. Outros com netos. Somando-se as esposas, não era necessário ter mais ninguém para encher e movimentar um ambiente. A grande alegria de nossa mãe nunca foi ganhar presentes. Ela nunca deu a menor importância para utensílios, bens, roupa nova e qualquer outro agrado material. Sua maior felicidade era ver todos juntos e nos encher de comida, como se para compensar os muitos anos de pouca, e às vezes, quase nenhuma comida, mesmo com tanto trabalho para que pelo menos o alimento nunca faltasse à mesa simbólica. Simbólica, porque poucas vezes tivemos mesa. Quando tínhamos, era feita por nossa mãe, de caixotes velhos de feira.
Desculpem se quase sempre os meus textos que tratam de mãe soam meio lamuriosos. Não é minha intenção. Até porque, lamentável, mesmo, seria não termos tido a mãe que tivemos. Hoje nem todos os irmãos conseguem sair de casa para se juntar em só ambiente com o fim de homenagear nossa mãe. A certeza de que não a veremos nos desestimula um pouco, e nos faz priorizar a homenagem presencial às mães de nossos filhos e, algumas vezes, às nossas sogras. Homenagens muito justas, porque todos nós nos casamos com grandes mulheres e, em maior e menor escala também filhas de grandes mulheres.
Neste dia das mães, além da homenagem à memória de nossa Maria, quero também homenagear a memória de outra Maria, mãe de minha esposa Eliana, por quem tive grande afeto, e a grande mãe que a Eliana aprendeu a ser com sua Maria. Esta homenagem se estende a todas as mães que fazem jus à maternidade.
Abri a janela do meu pensamento só para ver você passar, passaram: Alice, Marias, Clarices e tantas outras que não posso mencionar, mas por maldade, você saudade não vi passar...(Patife)
> Depois de muitos meses indo na okupa das Marias, oferecendo suporte as crianças, manutenção do espaço e oficinas em zines, mais uma vez o assunto foi Igreja X Jesus. Só que hoje foi diferente, percebi que aprofundamos um pouco mais. Curioso saber que ela, de moikano, 18 anos, longe dos pais, residindo na okupa, com toda aquela marra secundarista e antifa vem me dizer, enquanto desenha um símbolo no seu fanzine, que até os 13 anos frequentavam a igreja, não por gosto mas porque sua mãe lhe obrigará. Ainda disse que até hoje a mãe é obreira, porém a ela, aquele formato institucional não a representava. Levei um susto quando souber disso, não por ela já ter frequentado uma igreja, mas por saber que mais um(@) jovem antifa já foi deste meio e pela falta de compreensão ou compaixão de seus líderes não permaneceram no Caminho.
universalizar o amor
feito a luta
de maior valor
repararia
milhões de negras
que há ( Marias )
e nunca amou
Eu faço poesia assim
Hora vendo as estrelas
Observando as Marias
Olhando o Cruzeiro do Sul
É assim que faço poesia.
Casas barrocas
Que bom esse dia,
crianças, sorrisos e marias,
subindo a ruas de mão dadas.
Cantando em plena risada.
A esperança e caminhada.
Hoje não nos faltam nada.
Pura a felicidade.
O cheiro de mar invadindo o nariz.
E a certeza da gente.
De gente. Que é gente.
Nasceu para ser feliz.
Brincadeiras lúdicas, sem preço.
Tão simples em plena paz.
Admirando casas de barrocos velhos.
Testemunham alegria de outrora.
Passadas para a novas gerações.
Simplicidade com os pés na areia.
Pular águas que não se misturam.
Sentir as correntes de ventos.
e o atravesso do amor no coração.
Agradecer da vida, o momento..
Caminhando feito corrente.
Pés descalços, e sorrisos quentes.
Onde a idade, já não existe.
marcos fereS
Em meio a tantos, outros alguém.
Em meio a tantas, marias.
Em meio a tantas, julianas.
Em meio a tantas, beatriz.
Em meio a tantos, severino.
Em meio a tantos, João.
Em meio a tantos, outros alguém.
Que seu nome é sua identificação.
Sou mais um,
que é julgado inocentemente perante a lei...
da raça humana.
Autor
Sergio Macedo
Quando eu crescer quero ser poeta
Para entender a linguagem das aves
E a devoção das ave-marias
Pra aproveitar as noites vazias
E entender os seus mistérios
Quando eu crescer eu quero ser poeta
Pra entender de saudade
E descrever as lembranças com minúcias,
Belezas e prazeres vividos
Quando eu crescer eu quero ser poeta
Para ter noção do que é ser triste,
Porque só quem tem essa noção
Sabe distinguir o que é felicidade
MARIAS DESTEMIDAS
Os ideais políticos ou o medo
Tornaram camponeses lapeanos
Em "pica-paus" republicanos
Menor número. Sangrento enredo
- Fuja, e leve sua criança!
Bradou às mulheres o General.
Elas ficaram. Rebelião geral
Dariam aos homens esperança
E assim, seguiu firme Maria
Com outras, permaneceu no fronte...
Mortos? Nas ruas, viam "de monte".
Unidas, mostraram sua valia
Nesta batalha, eram guerreiras
Alimentavam e curavam soldados:
Seus filhos, maridos, amados...
Ela, Maria, e suas companheiras
As moças trouxeram o enxoval
Lençóis, toalhas e os vestidos
Era necessário, para os feridos
O véu branco, cobriu o General
"Só 72 horas!", mas resistiram 26 dias
Final do cerco: elas recolheram corpos
Filhos, maridos, amados: jaziam mortos
História não contada nas biografias.
São merecedoras desta homenagem
As heroínas do Cerco da Lapa
Relevantes figuras nesta etapa
Lutaram com fibra e coragem
Vem chegando ela a rainha das marias
Um pedaço de noite cruzando o dia
Vem chegando ela a rainha sem coroa
Dançando entre ruas pelas almas sobrevoa
Das figueiras aos cabarés
Em trajes negros e rubros
A embalarem as marés
Tece as almas daqueles que anseiam
UMA POESIA CHAMADA MARIA (DAS ALMAS)
- Magaiver Welington
Vem chegando ela a rainha das marias
Um pedaço de noite cruzando o dia
Vem chegando ela a rainha sem coroa
Dançando entre ruas pelas almas sobrevoa
Das figueiras aos cabarés
Em trajes negros e rubros
A embalarem as marés
Maria dos lábios ciganos
Tece as almas daqueles que anseiam
O beijo da madrugada
Com gosto de devaneio
Rainha da encruzilhada
És flor e essencia magia
Com suas vestes pretas e vermelhas
Carrega a noite e conduz a matilha
Sem misterios, antes de acontecer ela já agradecia.
Coisas de Marias e de Josés, aqueles de fé.
E a promessa se cumpriu. O caminho se abriu, e um sonho se fez.