Areia
"Areia nos Olhos" é melhor expressão que tenho para justificar quando uma pessoa faz algo que fere os bons costumes, literalmente cuspindo areia nos meus olhos, choro e os fecho.
Aqui na beira desse mar, me sento na areia fofa que insiste em esconder meus pés. Talvez seja por ver-me sem fôlego e queira me dizer que aqui tenho que voar!
O tempo passa deixando marcas que as vezes não se pode apagar. Não é como escrever na areia dá praia, pois a onda vem e leva com ela todos os seus pensamentos escritos no chão. Mas a dor verdadeira fica no coração.
Os sonhos são incontáveis como a areia da praia, mas as ondas vem e os levam de nós e quando surpresos pegamo-nos pisando neles com os próprios pés.
A poesia está no olhar... nas folhas... nos animais... nos passos deixados na areia... nos risos... no abraço forte... na delicadeza da rosa... no menor dos seres... tudo é Sentimento... tudo é Poesia...
Conte as estrelas do céu , as gotas do mar, e os grãos de areia da praia , some tudo e verá o quanto Te Amo .
Tudo é tao insignificante para aquela pedra, que quando vem a ventania é capaz de não sentir a areia cobrindo - á ...
A primeira vez que vi o mar....
me apaixonei pelo mar.
Sentei-me na areia da praia
fiquei olhando as ondas
da lá pra cá... de cá pra lá.
A areia... o mar
as ondas... a água salgada do mar.
Vi as gotas de mar
a areia a sugar
e o mar a continuar...
sua água na areia jogar
sem se importar com as gotas que pra areia perdia
dia e noite... noite e dia...
A areia a sugar... o mar a água a jogar
a areia a sugar, a sugar, a sugar...
e o mar água salgada jogar...
pra o que curar?
Eu diria que algumas dúvidas são como areia movediça. Nos prendem e vamos nos afundando nelas. Até que alguém nos resgate com respostas.
A brisa e a vida
De brisa em brisa
De vento em vento
O passeio dos pequenos grãos de areia
Formam as dunas
As enormes
E as pequenas montanhas
Móveis
Das praias
Onde meus olhos
Descansam
E meu coração
Se alarga
Em baixo delas
Dorme
Em líquido sono
Silenciosa
Límpida e fresca
A água doce
Em seus lençóis
O mar
(in)constante
Azul e salgado
Abriga incontáveis seres
E testemunha
A pulsação da vida
Com sua música própria
De brisa e de vento
Vozes de pássaros
De homens
E de crianças a brincar
De brisa em brisa
De vento em vento
A vida acon-tece
Em sua infindável tessitura
Tear
Teares
A ti meu amor
Os ares
A ti
A vida e a maciez
Das brisas por sobre as dunas
Vislumbres
No balanço das ondas
No frio das águas
Na poeira da areia
A luz da lua
O brilho das estrelas
O sussurro do vento
O cheiro das algas
O esconderijo dos corais
O vaivém dos passantes
O esconde-esconde dos caranguejos
O amor dos amantes
A risada dos viajantes
E lá de longe, o navio mais brilhante.
[Maceió-AL, 15 dezembro de 2012]
Por que para o ser humano muitas vezes é mais divertido derrubar o castelo de areia do que construí-lo? Porque é mais fácil e rápido? Ou por considerar divertido estragar o feito do esforço de outra pessoa e ainda fazer chacota?
Como quando eu me ponho sobre a areia e deixo o mar chegar, se ele volta de onde veio não me importa, importa que o senti
E que sempre vou querer isso
É hora dessas espero que esbarre no eterno
Na eterna onda
que vai mas sempre volta