Areia
MINHA FRASE 0620 | 06/08/2013
Para alguns, ofertar - por exemplo - areia de Jerusalém aos fiéis de certas igrejas é considerado engodo, má fé e ofensa. Entretanto, a hostia - associada ao corpo de Cristo - é algo aceito e plenamente justificado por esses mesmos alguns. Por quê?
Ao mar.
Joga-te ao mar,
As ondas vão te beijar.
Joga-te ao mar,
Na areia do mar.
Escreve teu nome e o meu.
Joga-te ao mar,
No leito lindo do mar.
Nos dias de maresia,
Teu cheiro em minha fantasia
Fico louco pra te encontrar.
Joga-te ao mar,
Mergulha este corpo escultural.
Sou pescador vou te pescar.
Joga-te ao mar,
Molhe seus cabelos e
Balance-os ao levantar.
Joga-te ao mar,
Quero mais ainda te desejar.
Joga-te ao mar,
E quando eu chegar,
Ainda molhada,
Corra na areia.
Corra pra me abraçar.
A gente nasce pensando que a vida é um castelo de areia e descobre que na verdade o castelo só faz parte de algo maior, muito maior.
As pessoas certas, no seu tempo, vão se juntando.
Dia de maré alta, cento-me na areia pra observar.
Pensamentos em silêncio.
Vejo um casal ao longe,
O amor entre eles é puro e vivo...
Não consigo deixar de admirar.
A cada troca de olhares, a cada toque de mão...
Faz meu coração aquecer,
Mas logo tudo congela.
Está selvagem o mar.
O casal que a mim descrevi não existe.
Levanto e vou para casa só.
Era o eu e você.
Em uma casa notamos madeira, tijolos, ferros e areia, em um lar percebemos a união, o carinho, o amor e a harmonia. Construa casas para se proteger, mas também construa lares para se relacionar.
Imagine um grão de areia. Neste grão de areia tem mais partículas (protons, neutrons, neutrinos, etc) do que a quantidade de grãos de areia à até 3 metros de profundidade, de todo o deserto do Saara.
A daí?
Viu?
Você é idiota.
TRATADO SOBRE UM POEMA
quis um poema sem razão nem fim
um canto surdo de areia e noites
bem mais veloz que a ilusão do tempo
que fosse a vida muito além da morte
quis um poema que tivesse o fim
de ser apenas um rascunho torto
entre as lembranças de qualquer rascunho
entre os rascunhos de alguém já morto
quis um poema de tempo e de tempos
regado a vinho – se possível tinto –
do instante imune, que não foi instante
do tempo impuro, do mais puro cisco
quis um poema que fosse um poema
de pele clara, de cabelo ruivo
que fosse a pedra fecundando o húmus
e a luz gestante fecundando a luz
quis um poema... se quis um poema
foi assim quase... meio, fim e meio
sangrei a noite, mas fisguei o verbo
quis um poema lacerado ao meio
Quem sou eu?
Fui luz
fui sombra
fui átomo
fui pedra e areia
fui prata e ouro
fui diamante
fui água e fogo
fui vento
fui inseto
fui animal
fui gente, carne, alma, espírito
sou energia, sou livre
sou parte do todo.
Distorção
Quanto mais se move, mais se afunda.
Quando se entra nela é como se caísse numa areia movediça, muito pouco se pode fazer a não ser esperar alguém jogar a corda e te puxar.
Quem vem te salvar?
Espere e deixe o desespero tomar conta, o medo, ódio, impotência, descrença, desapego, solidão.
Todos os demônios virão te atormentar, pensamentos difusos, sensação de loucura, quando estiver quase morta a corda aparece , pegue e segure com firmeza, agradeça e olhe por onde pisa para da próxima vez não entrar.
Não deixe o leme da sua vida em mãos alheias.
Entre milhares de grãos de areia em Tua mão, eu creio que o Senhor percebe a minha falta, quando eu escorrego e sou levada pelas enxurradas da vida; eu persisto em crer, que prontamente e diligentemente, Tu vais a minha procura, pra me resgatar da minha inabilidade de viver sabiamente à sombra do Teu regaço.
Eu estou atravessando a praia da solidão, nesse instante piso na areia, gelada como uma alma morta. Agora é noite, e está escuro por todos os lados da cidade, nem mesmo postes e luzes de carros agora brilham. Continuo andando pela areia gelada e agora começa a soprar em meus cabelos uma leve brisa. Em meus ouvidos sopram vozes que me dizem coisas horríveis. Em meu pensamento revejo estas pessoas me dizendo estas coisas. Revejo as pessoas que eu mais amei me dizendo estas coisas ruins. É, pessoas que eu amei, porque hoje eu não amo mais ninguém, não sinto mais ódio, nem amor. Não sinto mais a paz, nem mesmo a dor. Estou imune a qualquer sentimento. Pensando nisso, talvez até fosse bom sentir pelo menos a dor, pois assim eu saberia que ainda estou viva.
Eu atravesso um deserto
Vou andando pela areia quente
Ás vezes me perco
Então volto ao mesmo lugar
Mas de repente
Encontro um oásis.
Não sei quantos grãos de areia...
Tem a areia do mar.
Não sei o fim da minha estrada..
Sei apenas que amo...e vivo para amar.!
O mar estava lindo, me deixou cheio de inspiração, como é bom respitar o ar do oceano sentir a areia em meus pés, cada vez que sinto a sutileza das ondas é como se eu renovasse a cada instante!!!!!
O amor te escapa pelos dedos como quando você brinca de pegar areia fina da praia com as mãos. Quando você quer controlá-lo. O amor se esconde por de trás de um rosto cansado, numa fila do banco ou no banco de algum ônibus voltando pra casa. Volte pra casa, também. Arrume a cama, o cabelo, o emprego, os estudos e depois – se der tempo entre um seriado ou outro – arrume um amor.
O amor não é livro de auto-ajuda. Não é mãe, nem pai, nem irmão mais velho ou mais novo. Amor é aquele amigo que quando caí, a gente ri, mas depois pergunta se está tudo bem, faz curativo e assopra pra passar, sabe? Amor é para rachar a conta do taxi, do restaurante e do barzinho de sexta. O motel é por tua conta, rapaz – seja por amor ou não. Amor é para dividir a cama, o sorvete, o guarda-chuva, a culpa e a pipoca.
O amor é bicho arredio, que quer fugir por aí pelos carros e pedestres que correm pela cidade. Amor não é para ser domesticado, enjaulado ou coisa assim. O amor foge pelas janelas, pelos sorrisos e pelos olhos. Amor é uma junção de apelidos bobos com brincadeiras infantis, mesmo após os trinta, quarenta, ou seja, lá qual for a idade dos amantes. Amor é envelhecer ao contrário.
Amor é verdade, das mais doces às mais amargas. Amor é sentir frio na barriga após um “precisamos conversar” ou após um “estou chegando pra te ver”. O amor não transforma duas pessoas em uma. Amor é soma. E, nunca, o contrário. O amor de um par é a terceira pessoa desta relação. O amor é leve. O desamor que pesa, machuca e maltrata.
O amor foi feito como uma troca justa e verídica. Não dá para amar pelo outro. Nem querer que alguém alimente o nosso amor próprio. Porque até na frase: “Eu te amo”, o “eu” vem em primeiro lugar.
A beleza no mar
No silêncio do olhar
A onda vem lamber a areia
Levando toda a dor
Onda branca feito renda
Vão e vem teu íntimo sentir
Enquanto seu castelo vai sendo construído
a areia na praia está se tornando indiferente
Porque ela ainda é maioria...