Aquário
Convenhamos, não faz sentido, como nunca fez. Por isso te quero fora do meu aquário, hoje quando me levantei peguei toda aquela água e derramei sobre a pia em água corrente, parece loucura, eu sei. Esfreguei até tirar todo o resto de você, todas as cores que lembravam a tua presença acinzentaram-se, logo depois troquei as cores por mais vivas, mais chamativas, completei com água limpa, e coloquei peixinhos novos, isso mesmo, peixinhos novos, no plural.
Sem minha capacidade de sonhar acordada, o que sou fica preso em um aquário lacrado com pouco oxigênio. O que acaba por me deixar com pouco ar e com risco de me afogar, já que não sei nadar. Sem minha capacidade de escrever é como arrancar meus olhos e não poder nunca mais ver. O que faz com que fique a enxergar apenas o escuro. Minha mente fica repleta de pensamentos causando-me uma tremenda dor de cabeça, por não poder me expressar. A expressão do que escrevo é que está em meu corpo e em meus olhos. Pode haver medo nas palavras escritas tanto quanto na rigidez do meu corpo. Também pode-se ter alegria em diversas frases como no brilho de meu olhar. Quando escrevo é para mostrar o que tenho em mim, seja: dor ou alegria; desespero ou harmonia; ódio ou amor. E quando a infelicidade, o maior dos pesares, reina em mim, fico sem a capacidade de escrever, o que deixa sem poder expressar-me, e isso dói. E muito. SOU O QUE ESCREVO, E SE NÃO ESCREVO NADA SOU!
O céu é um aquário
A vida transborda
Ao timbrar dos pássaros
Te vejo colher os frutos do passado
Andar por caminhos jamais andados.
Um aquário é só um adorno decorativo para o seu dono. Mas para o peixe é uma prisão, uma constante tortura, de onde ele enxerga o mundo pelo vidro, mas se limita a percorrer os limites que este lhe impõe.
Preciso me livrar das armadilhas para mergulhar contigo fora do aquário. Nadaremos como dois peixinhos por águas distantes, ainda assim, nos desviando de ferozes dentes.
Se eu fosse um peixe mergulharia no seu aquário.
Se eu fosse a data marcaria seu calendário
se entrega pra ver.
O beijo de Aquário é:
Original e surpreendente.
Tão elétrico que pode dar um choque, porque Aquário não
Aguenta contato físico prolongado.
Totalmente inconverso.
Mariana Rodrigues esse é o seu signo
s2
A mulher do signo de Aquário na família
Como é a mãe do signo de Aquário? Mãe moderna, acima de tudo amiga e, como tal, é tolerante e compreensiva. Ela enxerga os filhos como companheiros, verdadeiro parceiros na tentativa de acertar, e os ensina desde cedo a se virarem sozinhos. Ela quer que seus filhos sejam independentes e criativos. Preza pela alegria do lar.😍😍😍😍
Profundidade,
Tão vasta raridade,
Desejei,
Mergulhei no teu aquário,
Logo eu,
Que era peixe do mar,
De pequenesa,
Imensa tristeza,
Rompi os vidros,
Entre choros e gemidos,
Desaguar-me foi preciso.
Política é um super aquário de águas sujas; todo o dia esse recipiente enche de impurezas, mas existe uma saída camuflada de águas, a ponto de evitar o transbordo de toda a sua imundície.
Um narcisista na gestão pública é o mesmo que um peixe fora do aquário; um céu sem estrelas; um oceano sem água; um fogo que não se queima; uma luz sem brilho; um idiota com armas nas mãos.
Minha Fortaleza
Quero Viadutos...
Quero Aquário...
Quero Museu do Mar...
Quero trens, metrôs e ônibus com ar condicionado...
Quero Ciclovias...
Quero ruas e avenidas largas, limpas, floridas e arborizadas...
Quero minha cidade figurando entre as mais belas e modernas do mundôôô!!!
Então, xô a essa cambada que não trabalha e só atravanca o progresso da Cidade de Nossa Senhora da Assunção!
Haredita Angel - 23.08.13
ZOO ? !
(inspiração quase adolescente)
Zodíaco, um aquário...
Lendas mitos e, no fundo, um saber.
Zodíaco, um peixes...
Do mar, do mistério, do homem nu.
Um áries...
Fogo e brasão, representação de gente histérica!
Do taurus... fugidio, rico e que acelera a vida.
Do gêmeos com câncer...
Leva o espírito, mata a matéria compadecido e passivo...
Zodíaco, astrologia leonina...
Marca o marco, ponto largo; o universo gira.
Ah, virgem!
Vida santa, martiriza a flor
Protege seus restos com o poder da vontade.
Signo libra e escorpião...
Vem do amor, marca a música, é imortalidade.
Num quase findar, sagitário...
Arredio, constrangido, que a vida leva.
Que marca o mundo...
Capricórnio...
fim de tudo.
Quase vida.
É terra, da teimosia e das cores negras que não existem.
Todos, tudo unido num poço fundo...
Mistérios que se compadecem da alma humana.
Set/1970
SOBERANO
A natureza está linda
Como peixe no aquário, mergulhado em meu bioma,
Fito os dias exibidos na janela e na tela
Dias em que não sabemos o que fazer
Dias de saudade de dias apressados
Navego em um mundo novo,
Com um céu estranhamente azul
A natureza está linda,
Tudo é abolido, exceto a primavera
O inverno começou no verão,
E trouxe uma frente que ameaça nossas cabeças
O vento forte treme a persiana fechada
No pátio da escola uma árvore solitária
O canto dos pássaros, antes das notícias recorrentes
Uma oportunidade de ver o âmago do espelho
Em toda a casa um doce cheiro matinal
Na venda falta a carne, arroz, leite, dendê e tucupi
Na mesa falta churrasco, virado, queijo, acarajé e tacacá
O operário não acessa o concreto no ambiente virtual,
E seu ofício é triturar o pão em grão,
Ouvindo o pranto silencioso de bocas vestidas,
Enquanto o exílio acomoda vidas e seus restos mortais
Olho para o invisível com o nome de um planeta errante,
Passo o dia a polir a maçaneta, sem usá-la
O sol e a lua acariciam ruas vazias, ouço almas
Imagino vitrines vazias e um oceano secando em sal
A natureza está linda, mas não posso ver,
Estou infectado com poesia
Posso ter apertado a mão de um personagem do meu livro
Eu posso ter beijado os lábios de um destino que sempre me deu as costas
Estou infectado com a poesia e sua esperança infecciosa
Meu pulmão não tem forças para ecoar na garganta o grito:
“Somos um vírus fugindo da fera”
A cidade está em apneia,
O silêncio é ensurdecedor, ouço minhas veias baterem
Com meu corpo inerte, meus olhos cerrados
Mergulho num oceano azul, magnífico,
Com a máscara de imersão, escafandro e cilindro de oxigênio
Preparo minhas melhores armas, armadura e escudos,
Pois a flor não corta o ipê
O dia lava, a janela degusta alguma luz
A arte de viver sempre foi a mesma:
“Vem sem ser convidada e parte contra a vontade”
A besta provoca e sufoca,
É como a aranha que não lhe dá uma chance,
Ela sorri e ri de você
Faço as pazes com o destino
A fera continua e leva a coroa
O soberano.
Edson Depieri
https://www.edsondepieri.com
Em terra e num aquário, o golfinho é o"Bobo" dos visitantes, no mar e em liberdade, o "Delfim" é " Rei"