Apetite
Estamos próximo a um colapso existencial, temos tudo que preenche o apetite do consumo desenfreado e nada que dê significado à vida.
Ninguém vale suas noites mal dormidas, sua perda de apetite, seu estômago embrulhado ou sua cabeça doendo. Você precisa ter consolidado em si mesma este cuidado, este carinho por você.
Território Gastronômico
Terra,
Oh! terra bendita que doa e que toma...
Apetite,
Frutas, carnes e vegetais
Aldeia global...
Lar, nosso paladar...
Cadeia alimentar, posso até dizer, vasta...
Na grelha, churrascos e poéticos petiscos...
Até onde vai essa cadeia?
O horizonte cara de pau se declara, infinita..
Cada região, cada criação, cada país com seus temperos e costumes...
Uns comem baratas de laboratório.
Uns comem, animais peçonhentos.
Aqui , não vivemos para nós mesmos...
Ja vi gente colocar farinha no pão;
Ja vi arroz com fubá, juntos se moendo no pilão;
Ja vi carne adocicada com Coca-Cola rapadura e limão;
Ja vi carne de lagarto gemer na panela sem precisar de pressão...
Cada querência na sua residência com suas fraquezas e resistências..
Solo fático ,cobiçado e enraizado aos olhos de muitos...
Torrão gastrônomo,
Nutrientes de baixo e alto teor.
Nosso olfato , é traiçoeiro.
Ele engana e mama na mente dos que tem fome e sede...
Ter fome , não é pecado,
Ter sede , muito menos.
Cozinheiros e cozinheiras,
Desatem os nós da culinária que essa poesia não é precária e nem temporária..
Aos os olhos dos Poetas ela é,
Lendária, imaginária, evolucionária e tudo contarária....
Com ou sem cuidados,
Trazem saúde e doenças desnecessárias....
Gostos são gostos e não devemos discutir...
Ja vi doido comer a pimenta mais ardosa do mundo e dizer que em sua boca ela é o puro mel da flor...
E quem sou eu para dizer que não é ?
Quem ?
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Boiadeiro desbravado
Parabéns pra você...
Meus parabéns...
A você que tem um apetite insaciável...
A você que é muçulmano...
A você que é crente...
A você que é católico...
Ou de qualquer religião...
A você que acredita na sorte...
A você que pisa em cacos e não se corta...
A você que canta e arranca lágrimas de olhos desconhecidos...
A você que escolheu fazer o que faz...
A você que deixa o Amor imperar em sua alma...
A você que planta e colhe...
A você que faz comida e se farta...
A você que ainda tem escadas pra subir....
A você que chora de alegria...
A você que sente o verdadeiro raiar de cada dia...
A você que estudou e formou...
A você que está concursado e tem um emprego vitalício....
A você que é ser um humano de verdade...
A você que é mãe e sentiu muita dor...
A você que leva a carga em um caminhão....
Anda por estradas comendo poeira e pisando no chão...
A você que é normal....
E não usa as pessoas como corda de varal....
A você que rouba risos de pessoas tristes....
A você que tem e quando perde e não se sente mal....
A você que casou e agora está vivendo em um mundo de alto astral....
Recebam meu beijo bem dado..
Na alma e no coração...
Sintam-se abraçados aí....
Pelo Poeta do Amor e que Voa...
Por essa vida....
Andei...
A ferro....
Ferrolho...
Facão....
E com lapis na mão...
Grafei....
Aqui...
Não é um simples homem...
É boiadeiro e Poeta...
Onde o rugir do gado....
Ecoam na imensidão...
Toco meu berrante...
Que treme esses pastos...
De cabeça empinada..
Atravesso rios e lagos e Ribeirão....
Tem horas...
Que nem sei se sou louco...
Ou sou de fato um trovador....
Mas me sinto Poeta....
E pelas trilhas...
Saio montado em meu cavalo alazão.....
Não uso esporas...
Porque faz mal pro animal...
Pra que...
Cutucar o que te ajuda...
Um animal mais que batuta.....
Que está contigo toda hora nessa luta....
Ahooooooo chão batido....
Menino trovador e atrevido....
Os planos de Deus é comigo...
E é também contigo...
Duro na queda...
Vara de pescar na mão....
Pega dourado...
E cozinha no Caldeirão....
Um dote...
Ou um dom...
Onde as asas batem...
E ouço o som.....
Aleluia papai...
Aleluia Jesus....
Oh grande Luz....
Que a todos nós conduz.....
Chega mais morena...
Não sinta vergonha...
Sou cavaleiro....
Mas também sou jardineiro...
Onde em tua mente...
Planto sementes e navego com meu veleiro....
Vai que é sua Taffarel....
Vamos de realidade....
E Detesto o bordel....
Alivia o cinto....
Respire fundo....
Vamos para o horizonte....
E mergulhar profundo....
Pra que tanta timidez...
Amanhã pode tudo se repetir outra vez....
Vamos tirar as máscaras...
De um modo simples e cortês...
Acostuma loirinha....
Nessa vida...
Todos tem sua sina.....
Flutua no ar.....
E vamos todos versejar....
Mantenham-se calmos....
Nesse palco...
A uvas são doces demais....
E logo teremos um bom vinho....
Vamos tomar sorrindo....
Chegue pra lá tristeza...
Sai daqui....
Te odeio e te expulso em forma de rima....
Deixe essa sociedade....
Todos tem direito de ser feliz de verdade....
E por favor...
Afunde-se na brasa....
E nunca mais volte...
Nem na cidade...
E nem aqui no interior.....
Em ti...
Eu mando e desmando...
E não peço favor......
Na GUERRA a vontade de vencer enfraquece quando se percebe que o apetite de triunfar, de teu adversário, é congruente. Desta forma, o equilíbrio harmônico se dará com a PAZ, pois não haverá arrependimentos
Não me entregue ao apetite dos meus adversários, pois são caluniadores e se levantam contra mim, bufando crueldade.
O sorriso bobo, a falta de apetite, a cócega no estômago, sinais vitais de que estou amando você neste exato momento.
Ahhhh, se não fosse o ar em meus pulmões, estaria gritando por socorro agora, é, estaria me sacrificando para salvar essa memória sua.
Oh Deus, por qual motivo, por qual motivo, eu não volto pra casa?
Por que minha casa é aqui, dentro mim, onde nós nos misturamos em um só, ahh, como sopa no inverno, quente, quente, satisfatória.
É assim, bem assim, borboletas dançando, oh, que glorioso seria você aqui dentro, Por Céus, grito.
Venha, venha cá, me pegue nos braços, e leve me ao paraíso, que dure tempo suficiente, tempo suficiente pra ecoar para sempre, Por Céus infinitos.
Sacrifícios, sacrifícios, encontrá-lo no meio do mar, sorrindo de volta pra mim, para que eu volte pra casa, quero que volte comigo, juntos, 1, 2, 3
Recupere o ar, 1,2,3, se recomponha, há mais vinho do que pensa, pegue mais uma taça, pense em algo estranho, e garanta que eu alcance o céu outra vez.
Oh, o que há por traz desses olhos, tão severos e bobos, beba este cálice e se prepare, as borboletas estão espalhando néctar por toda casa, cantemos.
Vamos, cante em voz alta, chegamos ao paraíso, acenda uma vela, e junte se as mim, quem sabe se recompõe, pela milésima vez, eu acho uma corrida justa.
Enquanto deitou do meu lado e beijou minha face, estava gritando por você, olhando em seus olhos, resistindo, resistindo a ir aos céus gritar teu nome.
Ah, borboletas, borboletas,
Em um só casulo.
Eu amo você...
(Definitivamente, este, não é para menores, muito me admira lê-lo esperando o contrário)
_Srta.Spínola