Apego
Chuva de benevolência na primavera,
pra nós é pouco
Eu quero é tempestade de afabilidade,
apego, apreço
Eu quero a soma das equações, e não a subtração
em que as incógnitas somos nós.
Estima, aproximação da gente
porque nosso caso é periódico.
Mas é isso mesmo, não? Estamos todos fadados ao apego desmedido.
Nos esquecemos que a vida é efêmera e para voar precisamos de ventos e de velocidade.
Esses sapatos de chumbo teimam em nos firmar: instintos de sobrevivência desnecessários em tempos de abastança.
Também tenho pensado e repensado tudo.
O tempo urge, a vida escoa...
Olho no espelho e tenho apenas vinte anos.
Parece bobagem mas eternizar passados às vezes não passa de nostalgias recorrentes.
Fiquei sabendo de planos que já ficaram para o outro ano. Pena.
Os trens têm horários rígidos.
E passam de tempos em tempos por nosso presente.
É preciso coragem para embarcar.
E também para as necessárias despedidas do que ficará pra trás.
No fundo tudo se ajeita.
Escolhas são sempre traumáticas mas imprescindíveis e inevitáveis.
Não escolher já é uma escolha...
Ah o amor!
Uma espécie de apego, dependência, cuidado.
Um tipo comum de dois, tipo você e eu, tipo nós.
Ah, o nosso amor!
Que saudade nenhuma conseguiria definir, nem as horas diminuir.
Queria controlar o tempo, queria paralisá-lo a cada abraço seu. Queria muito e um pouco mais de você.
apego.
da ditadura sou refém.
aquilo, tudo me mata.
aquilo, tudo desaba.
quero sair de mim,
fingir, que fugi, resolve.
esquecer tudo.
perde a memoria.
me envelopa no meu eu.
mas só! não posso! não posso nunca esquecer,
que és, que fosses e que é o meu bem-querer!
Mas, entre uma lua e outra, meu apego pelas memórias que tive com você retorna. Não sei porque isso acontece, só tenho torcido muito para que o tempo se estabilize.
É que tem dias, que seus gestos são vagos...
Sem lembrança, sem apego e sem saudade.
O encaixe de nossas almas se perde por instantes...
E, em dias assim...
Eu não acredito em você.
(Alessandra Alcântara)
Aprender a deixar o apego de mão é uma grande sabedoria, pois, veio só ao mundo, e sairá dele da mesma forma.
Tenho em mim guardada a paciência, e nela me apego com todas as minhas forças, sem ela tropeço e posso até cair, com ela vou a mundo distantes, lugares incríveis, chego ao meu tempo com tempo e com ela descobri que sem ela não posso viver.
Apego
E ela segura minha mão como se fosse gesso
E em seguida estala todos os meus dedos
E sorri, com cara de missão cumprida
E me abraça com o braço esquerdo
E me envolve: corpo e coração
E olha como se nada fosse
E encolhe toda do frio
E ameaça me soltar
E eu peço, por
favor, segure
um pouco
mais
Acho que me apego rápido demais as pessoas, mais não são qualquer pessoa, são pessoas de caráter único, agradável de conviver, que tem uma boa conversa e que me surpreende a cada minuto, e é esse tipo de pessoa que quero ao meu lado, quero conviver com gente que saiba viver o bom e o melhor da vida, quero me sentir livre, me sentir bem, sem falsidade, sem mentiras, sem dúvidas, apenas viver ...
Quero as minhas certezas, mas me apego demais às dúvidas, talvez por culpa dos outros (eles nunca sabem o que querem de mim), talvez por mim, sem transferir culpa para ninguém (porque eu nunca sei até onde devo ir).
O tempo tritura os desejos aos quais não temos acesso direto, o apego tritura o tempo, e as concretizações nos moldam.
Sou sensível
me apego fácil
as pessoas.
Mas...
Se não me faz bem
por mais que eu sofra
prefiro ver partir.