Antologia Poética
A sensibilidade que brota da alma poética é a doce melodia que embala os sonhos; é a voz persistente que ecoa nas ondas do tempo e alimenta a chama do amor verdadeiro.
" Danço, canto , me mostro para os outros da forma mais poetica, e perfeita de se mostrar ! Uso a linguagem da alma, do corpo, da mente e do olhar. Em silêncio me entrego, me desnudo, falo dos meus sentimentos e emoções, ao som de uma orquestra, de um piano, de um violino ou de um violão.Rodopiano sinto o fogo da paixão, da sedução...música e dança é como o encotro das ondas e o mar !
"Existe uma forma poética para falar a respeito de desejos sexuais? Assim talvez eu pareça menos pervertida."
Na poética mansidão da madrugada
Sonhos se refugiam na inquietação da alma.
A lua, farol iluminado ao longe
Hoje é quem me faz companhia.
A olhar as estrelas por entre nuvens.
Uma lágrima cai, mas não podem vê-la
Porque é da alma que sai...
Há noites assim,
Em que os corpos não se pedem,
São noites brandas de desejo,
Mãos que repousam em palavras de paz.
A cada noite numa folha branca
Os versos pedem para nascer na
Mansa inquietação com que me cubro
Nos dias em que não estás...
"Quem mandou esperar a situação perfeita? Na vida, ela só existe como imagem poética (ou no photoshop)."
HARMONIA DO AMBIENTE ESCOLAR
Cecília Meirelles, em sua saborosa poética, assim escreve: "Ensinar é acordar a criatura humana dessa espécie de sonambulismo em que tantos se deixam arrastar. Mostrar-lhes a vida em profundidade. Sem pretensão filosófica ou de salvação - mas por uma contemplação poética, afetuosa e participante."
Quando se lê a educação com esse olhar de Cecília, parece que o dia-a-dia na relação professor-aluno é encantado. Muitos dirão que essa elevação afetiva só funciona no plano das idéias e que na prática se assiste a um aviltante processo de destruição das relações humanas.
A violência nas escolas se materializa em agressões verbais e físicas. O professor se sente vítima de um sistema que não o valoriza, portanto não o entende bem, nem o protege. Os alunos parecem prontos para a batalha. Padecem de amor e de limites. A ausência familiar se faz sentir na postura agressiva ou apatia em sala de aula.
Além disso, e talvez por isso, tentam disputar poder com os professores que, por sua vez, se deixam levar em um debate desnecessário. Há um axioma essencial na relação entre professor e aluno: autoridade harmonizada pelo afeto. O aluno precisa de limite e precisa compreender o papel do educador. O educador não pode impor sua autoridade, mas deve conquistá-la. Sem brigas nem ameaças. Sem histeria nem parcimônia. Com o respeito de quem sabe ensinar e aprender e de quem harmoniza as relações.
Há algumas dicas para essa relação harmoniosa. Evidentemente, são a experiência e a disposição do professor que farão com que ele toque na alma do seu aluno - sem isso não há educação. Entre essas dicas, algumas proibições. A primeira delas é que professor não pode brigar com aluno, mesmo que tenha razão. Se isso acontecer, parte da sala torcerá pelo aluno e a outra pelo professor, assim, ele deixa de ser referencial. A segunda: professor não pode colocar apelido em aluno. Terceira: não deve comparar um com o outro - é preciso lembrar que não há homogeneidade no processo educativo, mas heterogeneidade. Quarta: professor não pode se mostrar arrogante nem subserviente. O meio termo é amoroso.
E aí voltamos a Cecília Meirelles. A harmonia no ambiente escolar há de ocorrer quando se consegue quebrar a carcaça que envolve alguns alunos, pela falta de algo que deveria ter vindo antes. É esse sonambulismo, essa postura incorreta frente à vida e frente a si mesmo.
Trata-se de ajudá-lo a viver essa contemplação poética, ou, em termos aristotélicos, a buscar uma aspiração para a vida. Ou ainda em Paulo Freire, ajudá-los a desenvolver autonomia para sonhar.
Aí sim, o professor mostrará autoridade. Autoridade generosa de quem confia e cobra. De quem contrata no melhor sentido da palavra. E é nesse bom caminho que entra o afeto como instrumento de poder e participação. É do olhar do mestre que saem essas virtudes. O olhar que acolhe e que constrange quando necessário. O olhar que se faz cúmplice nas boas conquistas e que lamenta docemente pelo que se perdeu. O olhar que mantém o silêncio na sala de aula, sem gritos ou lamentações, mas que é capaz de chorar pela emoção de mais um aprendiz que encontrou seu caminho.
A harmonia no ambiente escolar não é uma utopia. É talvez uma tarefa complexa que exige o que de melhor podem dar os educadores: competência, coragem e muito, muito amor!
Revista Educacional, edição de setembro de 2007
Minha alma é poética.
Sou feita das confidências da lua,
Das canções caladas da noite escura,
Da voz de quem sonha e do choro de quem não sabe sonhar...
Isso é uma mentira, uma discriminação boba. Tudo depende da veia poética do sujeito. Você já imaginou se Deus deixasse eu fazer eu do jeito que quero, com a cuca que tenho? Eu seria verde, todo bonito. Ninguém ia ser igual a mim. Eu seria um sucesso, o cabelo de ouro, ia ser tudo comigo. Mas me fizeram um crioulo esquisito. Essa história de que branco não faz samba é mentira. E também tem crioulo que não faz samba. Artista nasce em qualquer lugar.
(Obs.: Quando é perguntado certa vez se achava que brancos não sabiam fazer samba.)
O amor nasce, vive e morre pelo poder -delicado- da imagem poética que o amante vê no rosto da amada. O amor prefere a luz de velas. Talvez porque seja isso tudo o que desejamos da pessoa amada: que ela seja uma luz suave que nos ajude a suportaro terror da noite."
Envelhecer é a coisa mais poética do mundo: até os olhos ficam entre aspas. Deve ser porque entre a infância e a velhice há um instante chamado vida.
Quero licença poética,
E quebrar a censura, e ser livre
Para poder mandar alguém
Para onde eu quiser,
E também ser mandado
Ao bel prazer.
Um dia de delírio
Hoje vou me permitir, dizendo, ou melhor, escrevendo, uma prosa poética, concreta e não sintética, uma chance, oportunidade, mudança, construção, uma viagem no amor, minha doce e violenta fantasia, o que diria a razão, não sei, se um dia acertei ou errei, mas nessa narração eu vou me corromper, desafiando a lei do equilíbrio, vou perder a sanidade e me deleitar nos teus braços, no conforto da pluma sonhadora, do encanto mais saudoso de uma doutora, formada pela sensibilidade da entrega, da paixão, deixando rasgar o doloroso coração, um dia de delírio, eu nos teus beijos, na tua vida, na tua história, na fotografia, na tua memória, oh nesse jardim ai de brotar o aroma mais puro, pois tua minha amada é a flor escolhida, preferida, meu porto seguro.
Giovane Silva Santos
Histórias em Versos de Marabá:
Uma Antologia Poética da Terra de Carajás
Marabá, cidade poema
Filha da mistura, mãe da diversidade
Às margens do Tocantins, teu rio, tua veia
Cresceste com o ferro, teu sangue, tua sorte
Carajás, região rica
Em minérios, em vida, em cultura
Atrais olhares, cobiças, disputas
Desafias limites, possibilidades, futura
Marabá e Carajás, terra de contrastes
De beleza e destruição, de luta e resistência
De sonhos e realidades, de arte e ciência
De poesia e reflexão, de amor e consciência
Vamos apenas esperar. Você sabe que nós podemos... ser poéticas e simplesmente perder a cabeça juntas.
(Riley)
Digamos que existem dois tipos de mentes poéticas: uma apta a inventar fábulas e outra disposta a crer nelas.
Nas escolas religiosas, existem crentes célebres pela grandeza de seus conhecimentos e teorias, mas, como acontece à famosa Vênus de Milo, requestada pela pureza de suas linhas, não têm braços para ajudar a ninguém.
O Hóspede
Alguém que vem me visitar
É uma coisa impressionante
ele traz seu passado,
seu presente, e ainda,
seu futuro junto com ele.
sua vida inteira vem junto.
Por ser frágil,
e talvez ter sido partido antes,
o coração dele está vindo
em busca do seu coração.
Não que eu seja
da prepotência
mais uma filha,
Cada linha escrita
na existência
não necessita
de terceiros
para serem arautos,
(Tem gente que
olvida que o seguro
morreu de velho).
Não que eu seja
orgulhosa,
Cada linha escrita
apenas necessita
das pausas estranhas
da minha cidade,
Porque a minha
poética tem vida própria,
(Ela mesmo só
precisa dos olhos
e dos teus sonhos).
Não que eu seja
ostracista,
Cada linha escrita
nasceu do convívio
como noiva eterna
do Pablo Neruda,
e que hoje conta
com os beijos da Lua,
(Que não se permite
fazer parte nunca
de antologia nenhuma).
APRENDI A AMAR
por Orlandinho |categoria Poesia enviada
Há muito tempo esqueci o que é amar,
há muitos anos não sei o que é perdoar
e então você me dá um motivo para eu me alegrar.
Você é um sonho, uma fantasia
transformou minha tristeza em alegria.
Você é a luz que ilumina o meu dia
e mesmo que á noite venha à escuridão
eu carrego você em meu coração.
Não existem palavras que possam expressar
o motivo que me fez Te amar.
( EMERGÊNCIA POÉTICA )