Anoitecer
Ao Anoitecer
Autor: Jefferson almeida
Lembro-me do coração a palpitar,
a saliva faltar
e as pernas a trepidar
quando te vi pela primeira vez.
Pensei que nunca seria amado
ou correspondido no amor —
e foi quando te encontrei.
Sei que a vida nos provou,
como o ouro no fogo
e serras de diamante a cortar.
No começo do nosso flerte,
a paixão queimava
e eu não via o tempo passar diante dos meus olhos.
O tempo passou
e teu olhar me conquistou.
Então as provações vieram,
o tempo consumindo,
e eu não soube o que fazer.
Minha ansiedade de querer cuidar de você
te mostrou algo que eu não queria transparecer.
Tu és um homem feito e digno,
que não quer ser cuidado
e não precisas de marcapasso para ser feliz.
Hoje entendo que tu me convidaste
para tua história estar,
e nela poder também me encontrar.
Sou novo na história de amar.
Passeeis por amores dolorosos,
e quando cheguei em ti,
não soube me expressar.
Peço-te calma e amor
neste ciclo que é o nosso amar.
Ao anoitecer, lembro de você,
mas não quero te incomodar.
Só sei que te amo
e com você quero casar.
Hoje foi um domingo chuvoso que me fez pensar:
"Será que ele está bem?"
Mas eu peço a Deus para te abraçar.
Te escrevo com amor e carinho este poema,
que é uma das formas de te dar
todo o amor que sinto,
que às vezes transborda fora do meu lar.
Elino tem o significado: iluminado com muita luz,
e foi assim que me senti
quando te dei o primeiro beijo de amor verdadeiro,
como os contos de fadas que eu sempre sonhei em sonhar.
Já nem sei mais o que dizer...
mas só posso te dizer mais uma coisa:
eu, pra sempre, vou te amar.
Quando amanhece já tende anoitecer, que nascemos já tendemos morer portanto saibamos que quando começa uma atribulação ela tende a terminar.
CARPE DIEM
Antes de anoitecer
Coma o fruto ele vai apodrecer
Ainda não escureceu
Conte seu sonho se ainda não o esqueceu.
Que desânimo é esse
Se bonito ou feio
Conte a alguém e se expresse
Não abandone seu anseio
Acredite na poesia
Mais feliz será seu dia
Segure essa paixão
A solidão e obscura !
Tristeza não tem cura !
E a rosa do sertão ?
PARCELA DE PLÁSTICO
Não fique estático
Do amanhecer
Ao anoitecer
Não é um ato teórico
Julho sem plástico
Diz Curupira
- Não a ziquizira
Cuide da terra
Árvore, ar, serra...
E aprecie lira.
Todo infortúnio que bate à tua porta com a chegada do anoitecer, são sonhos disfarçados, que se revelam e devem ser realizados com o nascer do sol
Somos infinitos, e nessa jornada corpórea o nascer e o morrer é apenas o intervalo entre o anoitecer e o por do sol
Ao usar um candeeiro para iluminar seu caminho na vasta escuridão do anoitecer, suas pegadas jamais permanecerão ocultas com o raiar do sol
Amo mesmo: (Simplicidade)
é o sereno do anoitecer,
o bem-te-vi no raiar do Sol,
a brisa fina pelo amanhecer.
Gosto do gosto da chuva,
o orvalho deitado nas flores,
o cheiro de terra molhada e turva.
No jardim a borboleta a revoar,
e a vida assim segue seu versejar.
Enlutado
No alvoroço da vida corrida ao anoitecer encontrei a minha mente apimentada no mundo dos sonhos.
Vasculhando entre alguns recortes e escritos de gaveta vi nascer com uma alegria imensa mais uma poesia complexa, inteira e ainda vos digo ademais, nascia ali mais um fenômeno da arte escrita no detalhe.
Até que eu acordei as pressas além de muito assustado com os latidos ofegantes da gangue dos cachorros caramelos em frente o portão da minha casa, isso me tirou metade do brio da poesia que estava por emergir, logo a outra metade da surreal poesia perdi no momento pelo qual fui lavar o rosto e beber água para tentar controlar as emoções e recuperar o raciocínio de tanto valor.
Além disso, foi uma pena perceber que havia perdido mais uma arte rara da escrita para o meu próprio subconsciente.
Enlutado como uma múmia voltei a dormir no desejo talvez de reencontrar os caminhos daquela tão sonhada poesia.
DESCOBRI
Um dia cresci
Descobri que o barulho na concha
Não era o som do mar
Que pai e mãe também erram
Que a cada dia sei menos das coisas
Descobri que verdadeiros amigos se conta nos dedos
Que ganhar colo é bom em qualquer idade
E que sempre vou querer raspar a vasilha de bolo
Um dia cresci
Descobri que o para sempre
Às vezes tem fim
Que nem sempre o sim é melhor que o não
E o melhor de tudo
Descobri que os grandes abismos
Podiam ser pulados feito poças d’água.
Por trás do mosaico de cores do arrebol vejo-te me sorrir misterioso, como um convite cifrado nos olhos indecifráveis da lua.
ASSIM É
Janela que dá pra lugar nenhum
Trevo que perdeu a quarta folha
Concha tirada do mar
Cobertor que não tapa os pés
Assim é aquele que perdeu a voz
Foi negado o saber
Queimada a história.
Na folha de papel
Vi que palavras não se pode prender
Senti cheiro de liberdade
Enxerguei colibris
Descobri então
Que sou feita de asas.
Que a noite chegue com o silêncio que o sono pede, com a leveza que os sonhos querem e a poesia que o luar sugere.