Amor Próprio

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A formiguinha diferente

Era uma vez uma formiga.
Ela nascera em um dos milhares de ninhos de formigas que existem por aí.
Quando era pequena, ficava admirada com as outras formigas, que iam e vinham, rapidamente, trazendo alimentos e mais alimentos para o ninho.
Sentia que gostaria de fazer isso o mais breve possível. Portanto, enquanto ainda não podia trabalhar e sair pelo mundo, ela estudava maneiras de otimizar o trabalho, de conservar os alimentos, de se comunicar com as outras formigas e de ajuda-las. Ao invés de brincar, ela sentia que deveria estudar. E se preparar.
Ao mesmo tempo, seu coração se enchia de piedade por aqueles que, por alguns motivos, não conseguiam simplesmente trabalhar ou desempenhar alguma função. Algumas formigas tinham medo de sair, outras tinham alguma pequena deficiência, outras tinham algumas histórias para contar do porque simplesmente não podiam ajudar. E ela as ouvia, com empatia e generosidade.
Finalmente, chegou o dia em que ela iria poder sair e vivenciar o que era tudo isso. Estava ansiosa. Foi observando como os outros faziam, com cuidado, para não falhar. E começou a sua jornada. Às vezes, ela achava um pedaço de alimento mais interessante. Mas, ao invés de pegá-lo para si, mostrava para outra formiga e entregava para ela, que saia feliz e contente e agradecida. Às vezes, ela deixava o que estava fazendo para ajudar alguma companheira, e acaba voltando sem nada, mas com o sentimento de que fez uma boa ação durante o seu dia.
Às vezes, encontrava em seu caminho alguma formiga imprudente, que por isso mesmo comia todo o alimento que havia coletado, ou, por estar distraída o dia todo, estava devendo vários dias de produção. Então, ela, compadecida, lhe dava do seu estoque de alimento, e também cumpria jornada extra para repor o que a formiga imprudente tinha perdido.
Às vezes, alguma formiga estressada, reclamava para ela do trabalho, ou da vida, e ela, generosa, se oferecia para carregar o alimento da outra formiga, e acabou que, quase sempre, estava fazendo isso.
E ainda haviam formigas no ninho, aquelas que ela tinha cuidadosamente escutado, e entendido, levando no coração todas essas histórias. Por isso mesmo, ao sair para sua jornada, sabia que deveria fazer tudo por ela e também por aquelas que, por “n” motivos, não conseguiam ajudar. E elas acabaram contando com isso, sempre.
Mas a verdade era que, a formiga sempre tentava fazer o seu melhor. Apesar disso, o chefe das formigas estava sempre bravo e descontente com seu comportamento. Mas, dentro dela, embora buscasse a aprovação do chefe e de todos, ela sabia que contribuía não só com a produção, mas com as suas boas ações para com os demais. Isso era o que mais importava.
Acontece que, certo dia, a formiga se sentiu estranhamente cansada. Para sua tristeza, ela se sentia adoecida e não sabia por que. Avistou, de longe, uma amiga que ela havia ajudado, e que encontrara um alimento melhor naquele dia. Pediu se poderia ficar com ele, para poder se alimentar bem e talvez, recuperar as suas forças, mas a amiga, estranhamente, disse que havia visto primeiro. E ela entendeu. Era justo.
Então, foi caminhando e encontrou algumas formigas que ela havia ajudado, todas ocupadas levando suas coisas. E ela perguntou se poderiam ajuda-la, carregando um pouco para ela também, pois aquele dia ela não conseguiria. E ouviu vários nãos das formigas ocupadas com suas próprias responsabilidades e necessidades.
Então, encontrou a formiga imprudente, que estava forte e bem alimentada. Pediu se naquele dia, ela poderia dividir com ela algum alimento e se poderia, até que ela se recuperasse, substituí-la. Mas a formiga achou que se a ajudasse agora, ela poderia ficar mal acostumada.
Finalmente, voltou para casa sem nada, e um pouco triste. Foi procurar as formigas que ficavam no ninho e que ela auxiliava, para desabafar um pouco. Mas as formigas estavam zangadas com ela, porque não estava mais ajudando e colaborando, já que sabia que elas precisavam e não podiam, por suas razões, fazer o trabalho.
E se sentiu sozinha e sem nada. Perguntou-se o que vinha fazendo da vida, além de levar muitos pesos nas costas e, no fim das contas, não ter feito nada por si mesma.
Passou dias depressiva, solitária, pensativa. Ninguém entendia o que estava acontecendo com a formiga, mas também não se importavam. Achavam que ela estava, talvez, dramatizando a vida demais. A maioria, na verdade, nem a notava. Dentro dela, ela só pedia para Deus devolver as suas forças, para que ela pudesse continuar fazendo tudo da maneira que vinha fazendo, e para não perturbar ou atrapalhar ninguém à sua volta. Mas Deus parecia não escutá-la.
Foi então que, em meio a tudo isso, e esta dor que estava sentindo, que ela percebeu certas coisas da vida. Ela viu que as outras formigas sobreviveram bem sem ela, e continuaram suas vidas, independentemente de sua ajuda ou existência. À duras penas, ela enxergou que ajudar alguém não significa que o contrário será verdade. Ela percebeu que o chefe das formigas nunca reconheceria nada do que ela fazia, porque seus olhos eram diferentes do dela. Ele nem ao menos enxergava, porque um chefe só enxerga aquilo que quer. E ela percebeu que cumprir a função de outras formigas não as ajudavam, apenas as impediam de cumprir seu papel ou de colher os próprios resultados. E que ela não tinha o poder de mudar a vida de ninguém, e finalmente, de salvar ninguém.
Porque, na verdade, ela deveria salvar a si mesma. Agora se sentia livre daqueles pesos desnecessários. Portanto, percebeu que ela tinha estudado bastante, que este era o seu diferencial, mas que nem utilizava seu conhecimento. Ela nem ao menos se conhecia. Percebeu que, produzir para os outros em prol de produzir para si mesma, não a tornava uma heroína, pelo contrário, a tornava, na verdade, improdutiva.
E, agora, com toda essa consciência adquirida, ela aprendera o turno certo da vida. Se tornou diferente, apesar de sua essência ser a mesma. Descobriu que ajudar não significa ter que se prejudicar. Descobriu que amigo é diferente de colega ou conveniência. Descobriu que, em meios às dificuldades, se ela não pensar em si, ninguém irá pensar. Descobriu que não precisa se responsabilizar pelos resultados de ninguém, a não ser pelos seus próprios. Descobriu que ter alguém para contar nos momentos ruins é muito, muito raro, quase um milagre. Descobriu que não tem que se culpar por não agradar a todo mundo. Mas que valia a pena estar próximo de quem realmente gostava dela, do jeito que era, e que a valorizava, mesmo quando ela não tinha nada para dar.
Hoje em dia, a formiga está em busca de seu próprio caminho. Desistiu de carregar um ninho, que nem mesmo era seu. Abandonou as pessoas que ela tanto amava, mas que não era recíproco. Aprendeu que um ambiente hostil pode ser trocado por um ambiente saudável. Mas aprendeu que, mais importante que ser amada, é amar-se. Mais importante que ajudar, é ajudar-se. Mas importante que agradar, é agradar-se. Mas importante que ser respeitada, é respeitar-se. E mais importante que ser valorizada, é valorizar-se.

Ah, e percebeu que Deus sempre esteve com ela, durante todo o tempo. E que, na verdade, não mudou a situação da formiguinha quando ela pedira, porque estava usando a situação para mudar a formiguinha. E fazê-la crescer.

Um dia, a formiga conta o resto da história.

Até a próxima!

Inserida por lskato

Não espere que te façam o bem
Nem espere que te façam o mal
Faça se a si mesmo esse bem
Pois amor próprio não tem igual

Inserida por FranciscoFontes

Você já se apaixonou ou amou alguém tanto que abriria mão da própria vida em prol de uma pessoa? Se sim, lembre – se que você também existe, e que caso o destino os separe; Você é o único (a) responsável (a) por sua Autoestima! Tenha amor próprio! Se não deu certo tente com outra pessoa.

Inserida por hugowcr

Quem ama intensamente não sofre pois seu amor lhe-cobre como uma coberta quentinha no dia de frio".

Inserida por Andrevicente

Quando vejo os pássaros brigando contra sua própria imagem refletida em janelas e vidros fico pensando: Como não compreendem que aquela imagem é deles mesmos? Quando vejo pessoas que são inimigas do espelho e não aceitam a si mesmas, também não compreendo!

Uns nasceram para falar, mas eu nasci para ouvir.

Inserida por eumechamorenata

Empatia para com o próximo é essencial.

Inserida por eumechamorenata

Flor nordestina em meio ao caos de sampa.

Inserida por eumechamorenata

Por mais que os outros precisem mudar, ou por mais que queiramos que mudem, a única pessoa que podemos inspirar, estimular e moldar continuamente – com algum grau de sucesso – é a pessoa no espelho.

Inserida por pensador

Não há mal algum em procurar alguém que tenha uma certa semelhança conosco. Mas temos que parar de procurar alguém que seja igual a nós. Muitas pessoas são intolerantes, não aceitam as diferenças do próximo e com isso acabam desgastando a relação. Da mesma forma que queremos que respeitem nossas diferenças, temos que respeitar as diferenças alheias. Não podemos continuar essa busca egoísta por alguém que parece mais com um reflexo de nós mesmos do que com um ser humano de verdade. Dê mais oportunidades para que você possa conhecer novas pessoas. O mundo está repleto de pessoas incríveis e enquanto escolhemos, estamos perdendo a oportunidade de conhecer vários universos sem mesmo sair do nosso planeta. Pois todas as pessoas são grandes livros, então vale a pena se arriscar um pouco. O mundo é enorme, porém a vida é um sopro e não podemos perder tempo imaginando como algo seria e não fazer acontecer (carpe diem). E se não acontece, é porque não era para acontecer (maktub).

Inserida por pkcst

Dizem que na vida ninguém passa pelo que temos que passar. Isso soa assustador.
No entanto, quando entendemos que na vida tudo é aprendizado, que tudo é para nosso crescimento, entendemos que a entrega é a chave de tudo.
Para nos entregarmos precisamos confiar, assim como na infância em que confiamos em nossos pais, temos que confiar na vida, nos entregarmos e ter a certeza que tudo irá passar e que de que nunca estaremos sozinhos.
A única coisa que precisamos fazer para isso é manter nosso coração sincero conosco e com o outro.

Inserida por PaulaManfredo

As pessoas gostam de coisas explícitas, de preferência que possam ser expostas, exibidas, por que não dizer publicadas.
Ocorre que no amor, tudo é uma parceria, uma dupla, um segredo a dois. Não cabe plateia, onde há muitos likes, há na verdade dias a menos de vida a dois.

Inserida por PaulaManfredo

Ok! Nós mulheres devemos ser independentes, revolucionárias e logicamente esquecermos definitivamente o príncipe encantado.
Mas o que fazemos com as doses cavalares que nos foram introduzidas de romance durante toda nossa vida.
Tudo bem a gente casou, separou, ou seja lá como esteja sua vida, mas quem se esqueceu de "Uma linda mulher", "Diário de uma Paixão", "A culpa é das estrelas", o príncipe de "Como eu era antes de você" e dos vampiros lindos Damon e Stefan Salvatore, Edward Cullen.
A culpa não é nossa, não importa a sua idade, não param de criar Contos de Fadas e de produzirem apenas Homens-sapos que nunca viram príncipes.

Inserida por PaulaManfredo

Nossa história deveria ser passado, o tempo passou, mas eu a trouxe comigo.
Trouxe e não sabia.
Só a percebi diante da simples possibilidade de reencontra-lo.
Vendo a iminência de um desastre onde tudo parecia seguro.

Inserida por PaulaManfredo

Sabe qual nosso maior desperdício de vida?
Passarmos tempo tentando agradar e poupar pessoas.

Inserida por PaulaManfredo

Já tive tantos Domingos de carnaval em lugares, onde na verdade não sabia o que estava fazendo, mentira sabia sim!
Eu estava "curtindo a vida", ou seja, dormia pouco, ria muito, com ou sem vontade, beijava razoavelmente muito e achava que estava fazendo o certo. Se era certo ou errado até hoje não sei, tudo foi experiência. Na época seguia o dilema não era de ninguém e ninguém era meu também.
Mas, diga-se de passagem eu queria mesmo era dar de cara com um príncipe encantado...

Inserida por PaulaManfredo

A vida é muito simples, tão simples que engana.

Inserida por PaulaManfredo

Por quê na vida as vezes "Mexer" uma panela da tanto prazer e faz tanto sentido, que até a filosofia perde a graça.

Inserida por PaulaManfredo

Algumas coisas a gente só entende de verdade quando acontecem com a gente.
Algumas coisas a gente só entende por que doem, quando o machucado é na gente.

Inserida por PaulaManfredo

Existem pessoas que nos ferem tão profundamente que perdoa-las ou não parece um detalhe hipócrita.
O mau que nos causaram foi tão devastador que na verdade simplesmente deixamos de nos importar com sua existência.
Não é um caso ao qual temos que nos policiar pelo que lhes desejamos ou não.
Na verdade, essas pessoas deixam de existir e só nos lembramos delas quando sentimos dor, e então lembramos que ainda devem estar vivas em algum lugar e que um dia passaram por nossas vidas.

Inserida por PaulaManfredo