Amor de Alma
“Seu sucesso mora nas riquezas acumuladas em seu coração. Nas descobertas de sua alma e na serenidade de um trabalho bem feito.”
A minha presença é permanente
na tua lembrança e na retina,
A alma jamais irá se aquietar
na tua memória e na rotina...;
A minha pertença é iminente
na tua vida e na história,
A inspiração que vem de mim
na tua caminhada é perpétua,
A verdade é que tua alma ama
a minha: sofrendo, muda e quieta.
A rima que nasce e cresce da ginga
amada, sentida, adorada e 'revivida',
É poesia que nasce de um amor
deixado para trás e dos dias de Sol,
Que para você não estou redimida.
A ginga que dança e sacode-me
apaixonada e fervente: virou poesia
É beijo que toca as constelações
comovendo todas as emoções,
Que não me deixam esquecida.
A minha poesia mora em você
relembrada em cada gota de prazer,
É sede que jamais irá [acabar];
promessa que não te deixa esquecer:
- Que sou o amor da tua vida!...
Indomável é o mar de resistência,
Verdadeiro reencontro da alma,
Incrível é a luz da [lembrança]...,
Relembro, respiro e me emociono;
Exilo o teu nome dos meus versos,
Assim assumo que sinto a tua falta.
Memorável é a nossa história,
Sublime convivência em paz,
Perpétua é a minha [presença]...,
Relembra, respira e se emociona;
Sente a minha ausência poética,
Assim convive com a tua dialética.
Amando-me intensamente calado,
Sofrendo todas as dores do [mundo,
Sou a flor que falta no teu canteiro,
Doendo lateja o teu [corpo,
Respirando a minha poesia,
Preenchendo o vazio das tuas horas,
Procurando-me até em desculpas
Só para eu não caber dentro do teu peito.
A minh'alma jamais se deixa
capturar - sou livre para amar,
A minha'alma nasceu livre,
e por isso sou a tua poesia...,
O amor da sua [vida]...,
e isso ninguém pode negar.
A poesia escrita intensa
é a dos loucos amores,
Desenho com todas as cores,
pinto a sua pele com a cor
Que vier a me [inspirar]...,
A minh'alma tu bem enaltece,
o perfume que ninguém esquece,
Ele só você bem conhece,
o rumo a se enveredar.
A minh'alma não cede nunca
a oportunidade de remar,
A minh'alma é embarcação
e emoção à beira mar....,
O amor nela [reside]...,
e ele ninguém pode despejar.
A poesia do mistério bailado,
e que nunca será desvendado.
É essa poesia a te convidar
para preencher a tua vida toda.
Para você amar e ser [amado]...,
e fazê-lo sempre sorrir à toa.
Mantenha a alma atenta:
Premedita, goza e silencia
Diante do mar de violeta.
Desarma a alma inquieta:
Procura o Ano Novo
Brinde-o com bom gosto.
Suspenda a ânsia intensa:
Entrega, sorria e repouse
Somos feitos de poesia.
Liberta o prisioneiro:
Procura a liberdade
Celebre a vida em verdade.
Proponha a vontade tua:
Desafia, ritualize e vivencia
Diante da minha letra nua.
Enfeite com o quê mais fulgura,
Eterniza com a tua doçura,
Inscreva-me no teu peito ternura.
Alonga o teu olhar para ver
A figueira aos pés da duna,
Os frutos tão ricos da alma
De um segredo que é prece,
Eu pude colher os figos
Sob a Lua para fazer um doce,
E também para fazer sentido
- bendigo -
Só para ser exclusivamente tua.
Sempre fugimos do mundo,
Porque nos reconhecemos em tudo.
Sempre fugimos de gente,
Que não ama, não sorri e não protesta.
O amor não surgiu em vão,
Ele nasceu para iluminar a Terra.
Toco as estrelas com os dedos,
Abre as portas da tua alma!
Traz para mim os teus beijos,
Ventos de um forte presságio!
Nasci para ser amor irreversível,
Tornei-me a primavera dos desejos.
Tateio entre os giros do Universo,
O destino fez do meu coração
- um verso disperso
Escrito para ser inesquecível
De uma doçura de derreter o inverno.
Teço um caminho de fina seda,
A minha loucura por você não é lenda,
Talvez a minha suavidade surpreenda,
Dançarei na Lua para que não se esqueça.
Toma-me pela mão, e escreva!
Virarei poesia, e até mesmo odalisca;
Tenho coragem até de ser ousadia,
Fazendo que por mim você persista.
Te adorarei sempre por inteiro,
De janeiro a janeiro,
Do jeito do poetinha,
Tenho a marca de todas a revoluções,
E o perfume das mil tentações.
Tudo em ti virás em mim,
Sou cantiga que te nina,
Sonata que lhe rouba o chão,
Sou a magia do amor que invadiu
A tua alma, a tua mente e o teu coração.
Toco as orquídeas do nosso jardim,
Respiro nelas os teus aromas
Doces da tua flutuação,
- Estás em todo o lugar! -
Tranquilidade um dia a gente terá,
Um dia a gente irá se reencontrar.
(...)
Deitada nas macias dunas,
- e verdejantes
Tocada no fundo d'alma
- tilintante
Embalada pela lira poética,
- em tons extasiantes
Sigo observando os teu passos
Talvez tu não tenha percebido
Que a manhã chegou,
Cheguei sem fazer ruído
Tocando com carinho,
Sou o sonho adormecido
Que tranquilamente acordou,
O amor que não se apagou
Por obra da noite e da aurora;
Personifiquei o sonho de outrora.
Doando passagem para o teu sonho:
Tornei-me realidade.
Eu te amo em castidade,
Pertenço ao desenho mais pleno
Ao sabor da liberdade.
Nada revolve mais a lembrança,
Pois, tu me fortaleces.
Cultivada no aroma da esperança,
Pois, tu me renovas,
Porque quem espera sempre alcança,
Como ninguém tu me perfumas,
Embalada pela oração de uma criança.
A masmorra ainda nos separa,
Sofro como Marília também sofreu,
Chorando na beira do mar,
Contando as conchas para distrair
A falta que tanto faz Dirceu.
Ainda tu reclina-te em memória
O teu peito emoldurando o teu olhar,
Tão lindo e tão puro que nunca há de se apagar,
Os nossos vultos na tíbia luz fizeram história.
Por obra inconfidente, silencio
Guardo do mundo os momentos de amor
Restritos a dois vadios;
Porque de mim carregas o mais sublime:
Tens o amor da estrela,
És o meu sideral espaço, doce e infinito.
(...)
Entrando na tua vida
- bem devagar
Eu sou a primavera,
A alma que te espera,
O Farol que beija o mar.
Um farol perdidamente
No estreito e a frente,
Quanta loucura para contar...
Iluminando o teu barco,
Primavera potente,
Farol perdido, não ilhado,
Com muita história a te contar
E um amor profundo para te dar.
Existe um canal que nos liga,
Reafirme: que nada nos separa.
E muito menos não existe,
Alma audaciosa que nos defina.
Existe uma corrente tranquila,
Afirmativa e serena - nos leva
Para onde que ninguém imagina;
O coração vai e sempre solicita.
O encontro de embarcações
Doces e repletas de emoções,
Em busca de grande sensações.
O encontro de tripulações,
Desencontro de sensações,
- Distanciam emoções
Há o encontro de águas,
- um turbilhão de sonhos
Inteiros e macios...,
Livres, e cativos... não te conto!
Não temo mergulhar em minh’alma,
Não temo de forma alguma,
Nela encontrei a tua em movimento,
Eu não mais me pertenço,
Em ti me acho, e em ti me perco;
Como o vento sopra a duna,
Puro festejo e encantamento.
Canta melodiosamente o vento...,
O seu canto manso,
Giram os cataventos,
Os nossos amores sublimes atentos.
Protegidos por Deus e todos os santos,
Não tememos as naus e quebrantos,
Brada o mar,
Com amor se supera os tormentos.
Certamente, no teu riso,
Sorrio igualmente,
Espelhei-me na tua rebeldia,
Nessa imensidão e desassossego,
Identifiquei-me com o teu brio,
Encontrei na tua alegria,
- tudo -
Aquilo o quê mais precisava:
a minha poesia.
O meu olhar errante te procura,
A minh'alma paira sobre a duna,
Sussurro ao vento:
- Sou tua, tua, tua...
Cada sílaba semitonada flutua,
- perfuma
Transformando-se em música,
Louva, comove e se curva,
- em reverência
Ao Sol que se retira ao leito,
E pela noite que vem chegando,
Tingindo o céu delicadamente,
Com a cor lilás das alfazemas,
Despertando triunfal contentamento,
De atinar-me desse teu amor sedento.
Tu tens a minh'alma, tu me tens
Em todas as posições...,
Como um barco repousando
Sob as águas salgadas
De todas as emoções...,
Tudo flui,
Em Balneário Barra do Sul;
- Terra de todos os amores
Dos nossos sonhos e mil seduções.
Sou a canção nascida da voz
Do pescador e da rede,
Como peixe sem cardume
Busco o meu rumo,
E o teu amor como lume.
Tu me tens pela eternidade,
Sou as ondas do Universo,
A dança de todas as horas,
A saudade pela qual choras,
A valsa de toda a bondade,
A santidade e o erotismo,
- virtudes eternas em letras
Balneário Barra do Sul
É poesia para que não te esqueças.
Noite estrelada,
Aqui em Balneário,
Brisa macia,
Alma amainada.
Caminhei até o jardim,
Para ouvir o silêncio,
Que habita em mim,
Sozinha assim...
Crendo que está escrito,
- nas estrelas-
O amor e o destino,
Estão no nosso caminho.
Noite estrelada,
Alma desacorrentada,
Desapegada,
Flutuando libertada.
Su'a doçura em minh’alma
Traz o mais santo e acalma
U’a luz que brota calma
Gravada está a su'a aura
De êxtase e súplica
Certeza prima
Razão última
Eloquente ternura
Provocada em mim
Somente por ti
Com aroma de sapoti
E saborosos beijos de pequi
Traze os dois hemisférios
E todos os mistérios
Das palavras e séculos
Embaladores dos cordões etéreos
A liberdade guia no escuro
Porque crês no augúrio
Que o nosso amor é puro
E que ele terá um lindo futuro.
Sabor de tudo, sabor de mundo
Com a alma em desterro,
Vais seguindo sem medo,
Levando-me em segredo.
Amo demais os teus sorrisos,
Por ti faço letras dos suspiros,
Gozos, contentamento e risos,
Desenho sonetos novaiorquinos.
Quero de ti de tudo um pouco,
Tenho de ti ainda pouco,
Sou um coração em sufoco,
Esperando pelo meu moço.
Portanto, te aguardo com carinho,
Preparei um céu riscado de estrelas,
E um aconhegante ninho de sutilezas,
Para que voltes a cruzar em meu caminho.