Amigas de Escola
Quero que todos nesta escola reconheçam que esses alunos problemáticos são demônios excepcionais.
(Iruma Suzuki)
A vida prática como escola é formidável, porém tomá-la como um fim em si mesma, é manifestamente absurdo.
Aqueles que tomam a vida em si mesma, tal como se vive diariamente, não compreenderam a necessidade de trabalhar sobre si mesmos para lograr uma “Transformação Radical”.
A DPH em si é isso aí, os velhos aprendendo com os novos e vice versa, uma escola sem compromisso, um emprego com mínimas responsabilidades, responsabilidades com ideais destintos e diversão acima de tudo!
A vida é uma grande escola e nos ensina a sobreviver a cada ação que praticamos. Viver não é tarefa fácil, se seu coração, sua alma e todo o seu ser não estiverem atrás de toda decisão que você toma, as escolhas e atitudes estarão vazias, e cada ação será sem sentido. Você pode sobreviver, mas sobrevivência não é vida.
Sou a escola
Autor e compositor: Jorge Domingues
Música aqui: https://www.youtube.com/watch?v=cb_-LCyqw3U
FORMA: A B C D B C C
A
Nesta escola vou ficar, alguns anos a aprender
A crescer como pessoa, poder dar p’ra receber.
Construir o meu futuro, na minha segunda casa
Aprender e ensinar, saber ser e saber estar.
B
Nesta minha caminhada, no sentido do saber
Lado a lado com os amigos
Eu sei que poderei vencer!
C
Sou o futuro, sou a esperança
Sou o melhor que há no mundo
Sou uma criança
Sou a alegria, sou a paixão
Sou a história que muitos de vós recordarão!
D
Vou fazer novos amigos, reencontrar os conhecidos
Com eles em meu redor, terei um mundo melhor.
Da minha escola querida, ainda vou ter saudades
Dos recreios e das aulas, das muitas amizades.
Na escola da vida são vários tipos de coragem que podemos desenvolver, mas a principal delas é a coragem de ser você mesmo, de ir atrás dos seus sonhos, de fazer algo único, porque apesar de nós sermos todos um, ninguém é igual a ninguém. Podemos até ser parecidos, fazer coisas semelhantes, mas VOCÊ é VOCÊ.
O que meu filho queria ser quando crescer? Qual era a matéria favorita dele na escola? Ele dormia com luz acesa? Você não sabe. Você nunca quis saber, porque isso o faria um ser humano. Em vez dessa criatura doentia que você tentou vender tão loucamente.
Educar
Educar é um dom.
Ensinamos tudo que aprendemos.
Repassamos o que a escola da vida nos proporcionou.
Não queremos que nossos filhos passem pelo que passamos.
Obriga-los a pensar como nós, jamais.
Mais o recado tem ser dado.
Caso eles quebrem a cara...
Vamos ajudar?
Sim!
Vamos e como vamos...
Mais o peso na consciência não existirá.
Como a vida é cheia de mistérios,
Ao menos uma trilha a eles devemos mostrar...
Aí,
Cada corpo tem uma mente.
E cada mente governa os seus dois pés.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
E quando voltarmos ao prédio da escola não será preciso estar todos os dias no prédio da escola, porque nós aprendemos em qualquer lugar, desde que haja: um projeto de vida, um professor/mediador, um roteiro de estudo para pesquisa, desde que haja avaliação, porque uma prova não é avaliação e não prova nada.
- educação-
Educação é o que resta depois de ter esquecido tudo o que se aprendeu na escola. Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. A educação exige os maiores cuidados, porque influi sobre toda a vida.
3:00am – O grade problema da escola é que ela não esta lhe ensinando e sim dizendo o que você tem que aprender.
3:00am – Se a escola esta realmente nos preparando pra vida por que ela não nos ensina a lidar com ela?
Sonho com uma escola que não ensine, e sim, com uma escola que seja o aprendizado. Uma escola com conhecimento nos espaços e nas interações com todos. Um local para viver com vontade de aprender, de pertencer, de Ser .... e quem sabe, poderá até mesmo haver conhecimento nas aulas também.
Detalhes
O que você aprendeu na escola?
Acabo de levar a minha filha na aula, Maria Eduarda estuda em uma escola do município, é uma ótima escola e eu a adoro. Quando o Luiz passou por lá foi muito bem acolhido, gostava dos professores e aprendeu muito. A proposta pedagógica na infância assim como a integração social foram um dos motivos, além de poder trabalhar, que me convenceram a colocar meus filhos cedo em um ambiente escolar.
Desço do carro conversando com ela sobre se comportar, colaborar, se alimentar, obedecer o que a professora falar e brincar bastante. Olho para o lado e vejo um casal com seu filho, dando praticamente a mesma orientação. Não sei de qual a é origem, mas sei que são imigrantes e isso me tocou, eles estavam muito felizes, a criança um pouco apreensiva. Pedi para a Duda dar a mão para o Andy, trocaram olhares se reconhecendo e entraram felizes, fiquei observando os dois assim como os pais do coleguinha. No retorno para casa, não me contive, chorei emocionada, me sensibilizei com aquelas pessoas e com aquele momento, com um misto de sentimentos em meu peito agradeci ao universo por ter a vida que tenho, com todas as alegrias e dificuldades. Não conheço a história deles e não nego que fiquei curiosa, vieram de longe por condições melhores de vida, acredito eu, e ali, naquele momento o suspiro aliviado dos pais ao verem seu pequeno entrando na escola e tendo uma oportunidade que talvez em seu país de origem a criança não viria a ter, mostrou-me o quanto eles estavam satisfeitos.
Estudei em muitos lugares ao longo da minha vida que até parei para contar, se não me engano são dez o número de escolas, municipais, estaduais, particulares, faculdade, curso técnico, cursinho preparatório (meu pai queria que eu fizesse parte do colégio militar quando eu tinha 10 anos), fora cursos rápidos e atividades extra classe. Percebi, e os meus amigos-leitores no qual compartilhei este espaço também irão perceber que o que mais aproveitei com certeza não foram os ensinamentos de português (e a medida que eu escrevo me sinto mais ignorante quanto a gramatica), também não foi de nem perto qualquer outra matéria da grade curricular. As vivências com inúmeras pessoas e essas trocas de escolas no decorrer da minha trajetória me levaram a ter a visão e sensibilidade voltada para o detalhe, e com este olhar aprendi mesmo foi a andar como um camaleão, me adaptando facilmente a diversas situações e lugares, e mesmo passando por experiências boas ou ruins, aprendi a viver com muita alegria.
Um amigo me perguntou certa vez se eu era feliz, e sem pensar exclamei: - Óbvio! Ele sempre respondia que ficava feliz em me ver feliz, mas não conseguia se sentir assim por mais que quisesse. Nós tínhamos uma troca enriquecedora e verdadeira, ele era um questionador nato assim como eu, e juntos questionávamos tudo e todos, porém me dói muito o fato dele não ter conseguido nesta vida enxergar os detalhes que poderiam ter dado outro rumo a sua história.
Por ter conhecido tantas pessoas cada qual com a sua realidade, aprendi a ser feliz com pouco e ver a dadiva da vida nos detalhes, vejam bem, não estou romantizando pobreza, e nem estou dizendo que não devemos ter ambição, sonhos e vontades, muito pelo contrário, mas é preciso estar atento aos detalhes e olhar com carinho para os lados, para nossa jornada, para o que somos e para onde estamos caminhando. Ao observar as infinitas possibilidades não só daquela criança na entrada da escola como as que a minha filha também irá encontrar no seu caminho, pude mais uma vez reafirmar este sentimento de felicidade. Aprendi a ser grata não só pelo pouco, mas pelo muito que consigo enxergar.
Olga Lago