Amar à Vida
A vida é um diário indescritível. A vida é sinônimo conectivo de amar. A vida é espontânea. A vida é uma conspiração. A vida não tem rotulação. A vida é uma árvore da felicidade. A vida é uma pedra a ser lapidada. A vida é um desejo recíproco da alma. A vida é uma construtora do afeto. A vida é democrática... Enfim, a vida tem uma idiossincrasia revolucionária.
Posso te amar uma vida inteira, mas não quero ver-te amar outra pessoa que não sejas eu.
Amor é renunciar para ver a felicidade do outro.
Amar a vida me torna extremamente
vulnerável.
Como o êxtase à beira de um abismo: a
visão mais fabulosa a um passo da minha
total fragilidade.
Não há como sentir a vida usando
armadura e meias medidas. A totalidade
requer imensa coragem, saber suportar os
maiores medos.
O que se pode perder? todo o sentido do
ego.
O que se pode ganhar? a plenitude.
Os ipês-amarelos florescem
entre julho e setembro,
de amar na vida o quê
é belo ainda me lembro.
Com o florescer dos ipês
juntos florescem o meu apego
avivado e a inspiração
pelo meu divinissímo berço.
Com as pétalas de amor
dos belos ipês-amarelos
enfeito todo o meu andor.
É impossível não entregar
o coração a maravilha de amar
o encanto dos ipezeiros a inundar.
Eu não sei dizer quanto tempo aqui na terra vou ficar, mas a vida e pra amar, a vida e pra viver, e hoje eu quero oferecer, estas flores pra você.