Almoço
ei , que tal um café ? ou talvez um jantar , mais almoço não dá, vem senta me acompanha eu quero conversar, me escuta , não precisa seguir eu só quero desmentir o que falam de mim .Eu tenho dois parafusos a mais , más pra você tanto faz já gostei de você , perceba que sou meio anormal não curto zero cal e nem doce também neném nem vem .Me curta , dê deslike nas fotos dos teus exs namorados não quero o passado aqui dentro de nós.
Convidei um senhor de rua para almoçar. Após o almoço, em razão de um aperto de mão, contraí uma uma irritação braba na pele da mão e do punho. Precisei tratar com um remédio forte. No final da consulta, o médico pediu para que eu não fizesse mais isso: "Aprendeu agora, né? Vê se não faz mais isso! Parece maluco..." Apertei a mão dele e disse que, no lugar do conselho, poderia me dar luvas.
Amor de pontas
A quem pensa que os amantes são feitos para as noites e outros para o almoço, mas existem aqueles que se especializam nas caronas e nas pontas do dia, logo no primeiro horário e no final do dia, tendo que negar sua existência por todo os outros períodos Amar assim é preciso de criatividade e muita determinação para respeitar o longo intervalo que se fica distante. Porém esse amor quando ocorre quebra todos os paradigmas, uma vez que já nasce fora do padrão, mas quem disse que existem regras para amar.
'TENHO FOME'
O café da manhã não compreende tua falta.
E o almoço,
mero esboço,
repulsa desagradável pelos olhos.
Mesa farta,
e tantos outros tormentos...
Olhar irreflexivo por entre a cozinha abarrotada,
limitada a devoções diárias,
exoráveis.
O estômago,
tritura os inacabáveis espectros ao anoitecer,
criando imagens repetidas...
Martírio zumbidos soando canções aprazíveis,
nuvens carregada pelos ventos.
Pássaros sem moradas,
novas melodias.
Sou sentimentos perdidos na sacada,
manhãs intermináveis...
Tenho fome do infinito,
do abraço colorindo a alma em descobertas.
Da voz suave que perfura uma vida nos seus mais imprescindíveis sentidos.
Fome de você,
transitiva,
aniquilando significados vãs...
NO QUILO
Estou no quilo
por aquilo
que eu comi
lá no almoço.
Dias dóceis
dias de sal e outros
mas muitos desses
... São insossos.
Estou no quilo
desse grilo
que me íntica
até o pescoço.
Lá em cima
é só desvio
e para baixo...
A sobra é osso.
Antonio Montes
Como o pequeno-almoço a olhar pela janela.
Hoje a madrugada fundiu-se na manhã.
Talvez dois minutos de silêncio, mas são o suficiente para um trovão cortar o ar.
Domingo, almoço em família e aquela pergunta clássica: "e os namoradinhos?" Tenho vinte e tantos anos, minhas primas já estão todas casadas, algumas com filhos e eu continuo solteira para a preocupação de alguns familiares. O que eles não entendem é que apesar do meu coração ser de mocinha eu não penso em casamento, não tão cedo. Alguns acham que depois daquele ex namorado eu fiquei traumatizada e não quis mais saber de me envolver, outros comentam que é imaturidade, que eu só penso em curtir. Talvez eles não estejam completamente errados, já me envolvi o suficiente com pessoas que me ensinaram a dar valor a minha própria companhia, melhor estar só do que com a pessoa errada por medo de terminar sozinha. Desse medo eu não sofro. Aprendi a gostar de mim, do meu jeito, dos meus defeitos e manias, não aceito menos do que eu mereço. Prefiro terminar sozinha do que casada com um homem que não faz meu coração palpitar. Há tanta coisa mais importante do que casar. Quero estudar. Ser bem sucedida. Trabalhar. Viajar. Conhecer pessoas e lugares novos. Quero me divertir, dançar, beijar, ser livre. O que eles não sabem é que eu não tenho pressa, deixo a vida seguir seu percurso natural. Casamento é coisa séria, e se não for pra ser feliz a vida inteira eu nem quero. Enquanto o amor não me encontra distraída por aí, me deixem ser feliz sozinha.
Vem me molhe com sua saliva, se precisar me deixe a carne viva, faça do meu pescoço o seu almoço. Só não me deixe esquecer o quanto eu amei você.
Minha menina, minha pedra rara, minha coisa fina.
FRUSTRADOS ?
Só não os como todos os dias ao pequeno almoço, porque sou muito selectiva na escolha dos meus alimentos...
"Fui dar um rolê em um parque na hora do almoço, procurei uma grama bem confortável e deitei pra dar aquela pensada na vida e relaxar. Alguns segundos depois me chega um guardinha ofegante de bicicleta: "Ei senhor, senhor! Não pode deitar" Perguntei: "Ahh ta, não pode deitar aqui... nesse lugar?" "Na verdade não pode deitar em lugar nenhum dentro desse parque, só sentar... deitar é proibido!" Até pensei em perguntar o porque, mas desisti. Levantei e caí fora. Proibido... Deveria ser proibido eu ouvir uma babaquisse dessa."
Tem gente que é feliz, tendo apenas uma barraca pra morar. Tem gente que troca o almoço pelo jantar.Tem gente que pede mais um dia de vida, tendo o amanhã como despedida. Tem gente que junta os trocados da semana, pra poder comprar o medicamento do mês. Tem gente que toma banho sem luxo, no baldinho, na bacia, no cano com água gelada. Tem gente que sente dor sorrindo, só pra não sentir mais pena da vida. Tem gente que alimenta a vida de fé e poesia. Tem gente e mais gente, dessas eu tenho orgulho. Me emociono ao ver uma criança na rua, me chamando de tia. Me emociono ao ver o gari me dando bom dia. Me emociono porque sou gente como eles. Me emociono porque não sou e nunca serei melhor que ninguém. É essa gente que eu admiro, é essa gente que vou valorizar até o fim da minha vida.
O ALMOÇO
Ela estava longe, e fui convidado para almoçar com um amigo. Mais do que depressa, aceitei, era uma diversão, uma distração, poder ver um amigo de tanto tempo!
No almoço, conversávamos sobre o perdão e a caridade, ele um judeu, eu um católico.
Jesus falava de perdão aos inimigos, e ele não via praticidade nisto, pois perdoar a um inimigo é como criar uma cobra em casa, mais cedo ou mais tarde ela vai te morder!
Contei a ele uma experiência minha:
Um dia me senti injustiçado, logo e princípio, como é normal, uma onda de ódio e de rancor tomou conta de mim. Era difícil conviver comigo mesmo com aquele sentimento.
Pensei em fazer meditação para dominá-lo, mas meu cérebro me levou a várias situações adversas do passado, todas parecidas, todas frustrantes, que expliquei o passado, mas não resolvi o futuro.
No dia seguinte resolvi ajudar a quem me deixava nervoso; uma onda de paz me atingiu, e por algum tempo o mal estar melhorou.
Mas ele voltou!
Fui ao meu canto, e só toquei violão, me veio à solução: era o perdão pleno, sem razão aparente, deveria subsistir apenas por si.
Quando perdoei, a paz voltou!
Pensei no que escrevera antes: “Pode ser que o outro não mereça seu perdão, mas você também não merece perder a paz”.
Era esta a solução!
Ao falar sobre isto meu amigo se calou, quis pagar a conta, e uma sensação de clareza e de luz, tomou conta de sua feição, e seus olhos se iluminaram.
Fui para casa com a nítida sensação de que aquele almoço valera à pena!
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