Alma Triste
algo no fundo da minha alma
começou a gritar o princípio do fim
o início do choro
eu preferiria morrer a me afastar
deixar de existir a me fazer ausente
prefiria cortar minhas mãos
a soltar as suas..
Eu não entendo os sentimentos que atormenta minha alma
Eles são barulhentos, dolorosos e agonizantes
Pelo menos, ainda tenho café...
A dor e a angústia é tão pessoal quanto se pensa.
Carcerários da alma e do espírito, aprisionam, torturam e atormentam a cada segundo sagrado que a vida atravessa.
O corpo refém dessa cadeia, está condenado a sofre internamente sem tempo ou previsão de um semiaberto!
Cada indivíduo tem a tendência de atravessar e sofrer conforme for julgado!
Existem tantos coitados que sofrem sem merecer. Muitos por acreditarem demais, outros por dar muita importância. São 1001 casos e situação para uma só cadeia!
Pobre coração sofredor, este sofre em dobro. O peito aperta tanto que até para respirar fica difícil. Consegue até fazer as lágrimas caírem com um peso enorme.
O tempo dessa cadeia corre reverso e fora da normalidade. Ele não passa, ele volta atrás e até PARA. Cada minuto atravessando são dias de sofrimento e dor.
Apesar de tudo isso, é nessa prisão que você conhece quem são os amigos de corpo e alma e os de interesses.
É nessa cadeia que você.conhece os seus e até sua família.
Pois na hora que tudo aperta e você está dentro dessa cadeia todos aqueles que abriam a boca situando um EU TE AMO. EU TE ADORO. ESTOU COM VOCÊ. MEU AMIGO (A) MINHA VIDA. MEU COMPANHEIRO(A) e ETC. São os primeiros que vão embora. Deixam você para trás, e te esquecem.
Nem todos aqueles que sorri para ti, estão para verdadeiramente te abraçar na hora do aperto.
Nem todos aqueles que te estão próximos, estão para te ajudar. Infelizmente é assim. Só descobrimos quem são, depois que muitas lágrimas são derramadas e depois que a alma fica muda de tantos gritos em silêncio!
"Que a noite silenciosa console sua alma cansada e traga alívio às lágrimas que insistem em cair. Que os sonhos tragam um breve refúgio das tristezas do mundo.
"Nem sempre carregamos nossas cicatrizes na pele... muitas vezes, as carregamos na alma, tornando-as invisíveis ao mundo!"
Solitária Estrada da Alma
Na estrada solitária da alma perdida,
Caminham passos cansados, sem destino,
A solidão é uma tempestade sem guarida,
Um mar de tristeza onde o sol não brilha.
Na escuridão dos pensamentos noturnos,
As estrelas parecem distantes e frias,
A solidão é um lamento em murmúrios,
Um eco de dor que preenche os dias.
eu poderia dizer:
"a dor é passageira"
menos a dor da alma.
a dor da alma.
é quando a tristeza não sai.
é quando voce vê a vida como ela realmente é.
é quando seus olhos veem a vida tragicamente e não tem mais volta.
quando voce ja passou por tantas feridas que a felicidade não existe mais.
quando voce percebe que a vida não vale tanto a pena.
fingimos que sim.. vale a pena passar por toda esses momentos longos de destruição por apenas 30 minutinhos de risadas alegres.
a vida é tragicamente bela.
MINH'ALMA
"Minha alma cansada
ainda abalada resiste
A luta diária
Desconfiada se cala
Diante ao caos da minha mente
Que mente o que sente
Confusa se perde em prantos
Confidente me diz : -Não consigo !
Meu corpo reage sem saber,
Sobrevive em modo automático
sem rumo dizendo:
-Eu consigo!"
"Como uma dança delicada entre as notas da melancolia, sua alma desvela uma beleza transcendente, onde a tristeza e a introspecção se entrelaçam em um abraço poético."
Medita o bardo em silêncio profundo...
Na tarde cinza dum dia sem cor,
a alma chora seu revés sem rancor
mas, o coração se afoga em lago imundo!
Descem lágrimas em pingos de dor...
Cada suspiro é lamento rotundo
e, só a tristeza habita o seu mundo
desprovido da alegria do amor!
Sua alma é noite escura de agonia...
Porém, no fundo, uma luz a brilhar,
traz promessa de novo porvir, pois
a tristeza, embora possa durar,
é passageira como a ventania
que destrói, mas traz beleza depois!
Há fogo na alma daqueles que ousam colorir o invisível. É fogo que dói, destrói e arde na terra e no futuro dos inconsequentes.
Enfim, quando a tábua de sua alma estiver totalmente coberta de experiências, ele não desprezará nem odiará a existência, e tampouco a amará, mas estará acima dela, ora com o olhar da alegria, ora com o da tristeza, e tal como a natureza terá uma disposição ora estival ora outonal.
Aquilo que me asfixia à alma, que prolonga o meu alento, que mistura os pensamentos, que me tira de viver.
Como o nada pode doer tanto, como aquilo que não se ver posso sentir, como sangra o meu corpo à dentro, sem que eu deixe de existir.
Os olhos vermelhos se escondem atrás de uma lente preta, que culmina toda a dor, que tira a minha verdade, que deixa meu mundo incolor.
Os meus passos nunca mais andaram em silêncio, a todo canto que prossigo posso escuta-los, talvez eu já esteja enterrado, mas ainda não me mataram.
Das minhas desilusões amorosas
Sinto como agudas adagas cortando minha alma, Sangrando à já esquálida alma.
As lágrimas descem, molhando essas feridas
Lágrimas como o mais amargo fel , que cai no abismo dessas feridas
Duplicando me as dores mais infindas
Coração bate descompassado
Triste por não haver mais motivos para bater
Olhos calados,
Ouvidos mudos, que nem mesmo a própria dor as ouve
Corpo fraco, sem a rigidez para se estar de pé.
Meus ossos foram quebrados,
Meus sonhos triturados.
Ao que distante via, hoje se abraça à mim, a solidão!
Faço me amigo de minhas lágrimas, duras como a rocha, mas que expressa o que os olhos já não veem mais.
TÉDIO (soneto)
Sobre minh’alma, no cerrado ao relento
Cai tal folhas ao vento, dum dia outonal
Um silêncio mortal, dum vil argumento
Tão brutal, o aborrecimento, tão fatal!
Oh solidão! Tu que poeta no momento
Abandono, no mundo, a mim desigual
Me dando ao pensamento o lamento
Num letargo sentimento descomunal.
Só, sem sonho, sem um simples olhar
Deixar de sonhar, como então fazê-lo?
Se é um aniquilamento assim estar...
Deixar o enfado num desejo em tê-lo
O que não vejo! Porém, estou a ficar.
Ah! Dá-me a aura da ventura em zelo.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto, 23 de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando