Algo novo
O que cada um sabe quando se fecha para o mundo?
O que cada um busca quando se reabre para a vida noutro lugar?
Não se pode ser outra coisa? Algo mais do que outra coisa?
Não se podem pendurar as metáforas mastigadas? Edificar algo de novo? Ser o novo?
É tudo tão igual e tão pouco parecido ao que é igual… um tudo no nada ou um pouco do nada em tudo.
Um espaço em branco não significa um espaço em branco,apenas uma nova oportunidade de se criar algo novo .
Ao mesmo tempo em que criamos algo novo nós também estamos recriando algo que não é tão novo.
O processo criativo não se inicia do vazio absoluto.
Ele é fruto incontestável dos sentidos outrora experimentados.
Dos sabores, dos odores, das imagens, do toque e da audição que se processam em uma caldeirada deliciosamente temperada de ideias e de pensamentos.
E assim o mundo gira, e assim evoluímos.
( 014 )
Jenário de Fátima
ALGO NOVO
Tu despertas em mim coisas estranhas.
Que estavam há muito adormecidas
Guardadas...sepultadas escondidas...
Lá bem no fundo de minhas estranhas.
E agora já não tenho hora vãs...
Me apanho em risadas descabidas
Ou meio as canções indefinidas
Que vivo a cantarolar pelas manhãs...
Aonde isso vai dar não sei ao certo
Só sei que neste estranho riso aberto
Me sinto criança com novo brinquedo...
E já não mais vislumbro céus escuros
Há tantas estrelas, tantas sobre os muros
Demolindo um a um meus velhos medos...
Jenário de Fátima
A escrita deles, os pensamentos deles, os jornais me assombra, porém, assim mesmo eu desafio eles a viver o algo novo de Deus