Água
O Oceano Atlântico
que nos abraça
sempre romântico,
Faça Sol ou faça chuva
concede possibilidades
tão claras de pensar
na vida quanto uma
bela Água-marinha:
Conviver mesmo
divergindo sem deixar
para trás o quê é
essencial e sem quebrar
os laços ao redor
de tudo aquilo
que nos faz fortalecidos
é possível e imprescindível.
Escrever sobre o quê todos já sabem,
Que nesta vida ninguém usa a cabeça?
A água limpa é fonte de vida,
Economizá-la sempre compensa.
Porque ela hidrata, limpa e nos renova,
Toda a homenagem não é o bastante,
Economizar a água é a maior forma de recompensa.
Água, água, água...
Água, água...
Água...
Água, água, água...
Já que resolvi escrever, escrevo sobre a ingratidão,
Da nossa Humanidade que não preserva nada,
Nem a água que utiliza, se banha e bebe,
Gente ingrata que nem ao Bom Deus,
- obedece -
Humanidade que suja a água,
Fonte de vida que fortalece
- Gente
Que a polui, a abandona e a esquece.
O Rio não reclama a água que perde durante sua caminhada, porque ele sabe que todas as águas irão se encontrar no Mar.
Bonito mesmo é ver os galhos secos da caatinga ganharem contraste em meio ao céu negro iluminado pela veracidade de um raio.Bonito mesmo é sentir o cheiro de terra molhada, ver a casa cheia de sujeira que cai das telhas de cerâmica, ouvir meu avô tocar violão depois de tanto tempo, isso indica a alegria dele, bem sabe que diminui a preocupação dele.Isso me anima, isso anima qualquer nordestino. É o sinal que a chuva deve estar no local que a muito não visitava... E que a seca vá para o mesmo local que é mandada a escuridão na presença de luz
Tem pessoas que não se acalmam com água e açúcar, mas a maioria se tranquiliza com muita água salgada, areia em abundância e sol escaldante.
Um navio é cercado pelas águas do oceano, mas não afunda enquanto a água não entrar no casco. Da mesma forma, as coisas ruins que nos cercam só podem nos atingir se permitirmos que invadam o nosso interior.
Nós somos como um rio poluído pelas impurezas que encontra no seu percurso.
O pensamento que antes fluía intensamente, agora se arrasta lentamente, carregado dos males, inquietudes e incertezas,
que os esgotos e as águas de outros rios,despejam na correnteza.
Se não podemos ser como o mar que, pela imensidão, nem se importa com a sujeira que despejam nas suas águas, podemos, como o rio, mudar o curso ou o trajeto, para não represarmos todos os males, que um dia transbordam, na enchente.
A coisa mais forte
que existe
não é a água,
o fogo, o aço,
nem a vida ou a morte.
Só o amor
supera tudo isso.
Passei algum tempo na chuva
interceptando o fluxo da água
que escapa da sarjeta danificada
A rodada temperada
gotas suspensas no jardim
Aquelas que se ligam num momento solto
no final dos ramos
ao longo da planta
olhos que capturam e transformam
imagens sob campanulas azuis
REZO ELEMENTAR
Que ser é esse, escorrendo-se em vida, o presente
Derramando-se como relva, regando-nos ao deleite
Como se lírios fôssemos, no paraíso do onipotente
Mesmo que vivamos no dúbio inferno de estimação.
Banha-nos a torre de nosso ego, a insensibilidade
Batiza-nos nos refúgios e sagrados altares pagãos
Em mantras noturnos da santíssima ancestralidade
Pelos tambores cardíacos dos corações irmãos.
Lava-me em acolhimento e amor, ao recém nascido
Antes que o cordão se rompa da raiz, da querência
A mãe germe do broto divino, sagrado, adormecido
Aurora de minh'alma, desabrochando-se, à sequência.
Que ser é esse que me banha de fluidos universais
Que transborda-me em pensamentos, e vontades
Que transcende-me de meus desertos sentimentais
Que irriga os amores eternos das minhas mocidades.
Que ser é este, que me põe a ser, ser elementar
Que me põe a olhar meu espelho vivo e trágico
Que me pare no leito de morte de minha ancestral
Ao mesmo tempo em que me mostra, mágico.
Batiza-me, oh santa medula mãe, de mãos serenas
Pondo-me no espelho interno de minh'alma
Na quietude de seus lírios, artemísias e sucenas
Na edificação da verticalidade de minha calma.
Prontifica-me em verbo à luz, em ética, à direção
Põe-me em silêncio, poetizando-me de memórias
Ao procurar as notas do amor, da paz, da emoção
Esperando minhas verdades ou crenças irrisórias.
Pedro Alexandre.
A vida de uma cidade deve-se, normalmente, à presença de um rio nas proximidades; a morte de um rio deve-se, principalmente, ao fato de existir uma cidade nas imediações.
DIA MUNDIAL DA ÁGUA
No dia 22 de março de 1992
foi criado pela ONU para ser lembrado
O dia Mundial da ÁGUA.
Nesse dia também foi lançado
A Declaração Universal
dos Direitos da ÁGUA
Onde no seu artigo primeiro declara:
A ÁGUA faz parte
do patrimônio do nosso planeta.
Cada continente,
cada povo,
cada nação,
cada região,
cada cidade,
cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.
Pois ela é um bem
que se não cuidarmos vai acabar,
e a espécie humana não sobreviverá.
Vamos todos juntos nos unir e preservar
pois ela é a fonte que a vida nos dá...
Rio de água docinha...
bebia-se;
banhava-se
lavava-se roupas;
lavava-se louças;
lavava-se inté a alma!
Haredita Angel
13.02.21
Creio que na fase que cheguei na vida, uma coisa posso dizer com certeza que não consigo mais abrir mão...viver no mato, na natureza, envolta em céu, verde, água e terra. É bom demais, experimente, é inevitável a conexão imediata e o reconhecimento de sua verdade essencial.
Água cristalina que banha
Os pés, a cabeça, a vida
Água de beber, de nadar, navegar
Precioso néctar da Terra
Fonte da renovação e do despertar
Traga de dentro de nós a consciência
A cura,fé, esperança
Mergulhados na límpida essência
Para nos renovar...
Não acredito quando dizem que num rio uma água só passa por ele uma única vez. Por isso questiono: a água que me mata a sede, quantas vezes realmente já matou a minha sede?
Não só sede de água, mas de tudo que existe, que existe para que eu exista.
E que existindo consuma o que me for dado como empréstimo para um existir que me faz cada vez mais vivo, mais eu.
Sem saber realmente de onde vim, para onde vou e porque me fazem estas coisas existir cada vez mais, vou sedento de vontade de consumir tudo o que a mim se apresenta, a fim de continuar essa minha saborosa existência.
Sempre acreditei que quanto mais próximo da água nos construímos como ser, menos doem as mazelas que a vida nos obriga a viver. Até vejo força naqueles que procuram ser rígidos e fortes como as pedras, porém não conseguem se encaixar em nada, pois jogam no próximo a necessidade de absorvê-los e tendem assim a machucar aqueles que estão ao seu redor. Da dó das pedras que não podem ser maravilhosas como as águas, porém o homem não é assim, é ele quem escolhe quem quer ser, mas destes também tenho pena.