Água
Á flor
Foi como uma flor murcha tentando sobreviver á seca
Depois de tanto tempo sem água
Vem uma nuvem e te cobre com o sereno
Avisando que algo pode mudar.
Quem sabe florescer, e no campo reviver, ou então morrer?
Pobre flor, não sabe ela que a água
não revive metade das tuas raízes
Tão poucas eram as gotas que se atreviam a toca-la
Sua sede era tão intensa, acabou economizando as gotas
Mas os dias de poucas chuvas passaram, a seca voltou
e a flor novamente sem sua água ficou.
Pobre flor está morrendo aos poucos, tão desconsolada
e caída ela está, que nem o outono resolveu esperar
para suas pétalas secar e o vento levar
Quem sabe para o encontro do mar.
Upêndica Poesia
P'RA QUE
P'ra que chorar o passado,
se essas lagrimas amanhã...
Não terá sal, não terá água
não terá nada! Nada, nada.
Antonio Montes
Lindo mesmo, é renascer todas as manhãs, ver o Sol acordar, ouvir a canção da água, e sentir Deus dentro de nós.
Cuscuz a gosto!
Põe a massa na bacia
pra ele ficar composto
misture com água fria
e o sal coloque a gosto
basta um cuscuz por dia
pro cabra ficar disposto.
Meu porto de partida será meu porto de chegada quando meu barco de velas de sonhos percorrer as águas de minha vida e trouxer comigo a sereia que escolhi no grande rio do sul. Então vou tomar um chimarrão com as lágrimas de saudade, e olhar o teatral e melancólico suicídio do por do sol nas águas do Guaíba.
Quem planta e não reparte com seu próximo, aquilo que colheu, não é digno de beber da água do poço que não escavou.
Sou um corpo de água salgada
seus olhos se perdem sobre a minha imensidão
Sou muito além do que possa ver sua visão
sou calmo as vezes agitado
ao amanhecer tenho a companhia de um grande astro dourado
que as vezes mim deixar na mão em dias nublados
Ao escurecer tenho comigo a presença dela
Com o seu brilho refletido sobre mim
deixa a noite ainda mais bela
Sou ártico sou indico sou atlântico sou pacífico
Enfeitado por conchas peixes e corais coloridos
Muitas vezes sirvo de inspiração
para um poema um verso ou uma canção
Mim acompanha sempre uma grande faixa de areia
e também mitos e lendas sobre tesouros e sereias
levo as flores que recebo com muitas saudade
mais retribuo trazendo para você muita paz e felicidade
Élcio José Martins
ÁGUA DA VIDA
Se a água tem sabor, não sei,
Mas sei que sempre dela beberei.
Vem da fonte ou da torneira,
É companheira da vida inteira.
Cai a chuva cristalina,
Nasce o cio na terra menina.
Semeia-se novamente a semente,
Dá vida a um novo ser vivente.
A sede ela mata,
Alegra a seiva e beija a mata.
O verde da mata virgem,
Mata a fome em sua origem.
A água que dá a vida, que veio do sopro,
É a mesma que banha o corpo.
É a lágrima que lava a alma,
Face molhada que a dor acalma.
A água que lava o copo,
É a mesma que do copo bebe.
Frescor na mina incipiente,
Ternura do amanhecer nascente.
Banha a vida
E acalma a alma.
Rega o solo na caída,
Distraída se transforma.
No rio, corre mansa e faceira,
Cachoeiras de cristais caem livres em ribanceira.
É a vida que se vai algemada na esteira,
Quem pensa diferente tapa o sol com a peneira.
No lençol se faz poupança,
É reserva e esperança.
Dá medo e insegurança,
Quando a natureza faz vingança.
Desprezar a natureza não é uma boa decisão,
Falta d’água na nascente aniquila a população.
Não adianta promessa, reza e pajelança,
Plante flores em seu jardim, aproveite essa bonança.
Élcio José Martins
Assim é o Brasil, ame ou odeie.
Acabamos de ser chamado atençao pela ONU pelo desperdício de água, estamos entre os 10 países com maior desigualdade social no mundo e agora me vem essa tal de reforma trabalhista que fará as coisas aqui ser ainda mais difíceis
MEU QUINHÃO
Meu retrato na parede...
Não bebe água, nem sede
a esperança em seu olhar
todavia, vive verde.
É terra seca rachada
é pesadelo sob rede
cabo seco com enxada
e esperança, toda verde.
É vento secando sertão
estrada que passos prende
é fé amarrando coração
é aprende no seu alpendre.
E o velho prato da casa
sobre mesa, seu esmalte
tudo exposto na tabua
com tabuada de quilate.
Antonio Montes
Aleteia
Serar que vai chover
E molhar os meus sapatos
Água pura de beber
Ou de lavar carrapatos,
Será minha sina
E a de tantos outros
Andar por aí engasgado
Com tantos ratos
Assim no poder
O que será de você?
O que será de nós todos?
Quando o sonho virar esgoto
E a nossa cara
Ser esfregada no lodo
Será que vamos obedecer
A tudo isso?
Ou caberá à nós resistir
Mas quem vai arriscar
Ou pagar pra ver
Com tantos gestos, tantos sinais
Os olhos há de nunca piscar
E sempre ficar atentos
Pro o que possa te acontecer
E quando te confiscar
Só vai te sobrar um lamento
Será que vamos pra frente?
Com tudo te arrastando pra trás
Alguns plantando a semente
E outros arrancando essa paz
O que será desse mundo
Dessa moda desumana
Que grita, corta e te joga no fundo
Cada dia da semana
É um masacre
Uma certa penitência
Que já não dar mais pra crê
E ainda nos pede obediência
O que será afinal
De tudo o que já conquistamos
Aquele amigo legal
E tudo mais que amamos
Será o fim de tudo isso
Ou será esse
O começo de todo fim?
Água, nossa vida, nosso mundo
Mesmo entre as pedras
Ela jorra aos montes
Das montanhas cai
E quão ricas são as fontes
Sobre as rochas desliza
Tornando mais belo o horizonte
Sem ela não vivemos
E dela dependemos
Basta um sopro de Deus no ar
Para dos céus ela deslizar
Descarregando as nuvens
Dando o crescimento ao plantio
Ornamentando o verde
Trazendo consigo o que antes não podia
Levando alegria a todo o sertão da Bahia.
Sem aperreio.
Por essa terra tenho apego
a água é pouca mas se tem
meu lugar, meu aconchego
meu sertão me faz tão bem
eu daqui não peço arrego
e nem troco esse sossego
pelo estresse de ninguém.