Agradecimento aos Avo Formatura

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Exemplo de fé, humildade e sabedoria, avó do maior homem do mundo, santa Ana iluminai-me.

Distante, do RIo, me sinto um pouco traidora. Como uma espécie de avó que não assiste o próprio parto da filha, não escuta o primeiro choro do neto. Minha obrigação era estar lá, espiando o céu, junto com os outros, interpretando o barulho dos trovões, ou se não houver trovões, apurando o olhar e o ouvido para detectar por outros indícios a tristeza ou a esperança.

Para quem fica chateado comigo, se serve de consolo, até minha avó reclama de que eu não telefono.

Avó

Avó é a combinação perfeita: de anjo, fada madrinha e gnomo.
É a meninice que parou no tempo, num tempo que não quer passar.
Avó é essa saudade mansa que aos domingos vêm nos visitar, com cheiro de café quentinho e gosto de bolo de fubá.
Avó é uma mistura mágica do que foi e do que será.
É um ser tão encantado que mesmo quando se vai deixa pra sempre na gente o brilho do seu olhar, os odores da infância e esse mistério bonito de quem foi sem nos deixar.

Cafona é algo hereditário. Avó cafona, mãe cafona, e netos cafona e meio. Pior que ser brega é ser cafona, o brega tem o ar de sua graça, mais cafona não tem graça nenhuma... cafona não tem gosto, é um desgosto ver uma cafona achar que seu mal gosto é o melhor de todos os gostos...cafona quer ser diferente e copia tudo...pior que copiar, e copiar mal, e sempre acrescentando algum detalhe... rsrsrs, e aumenta o péssimo gosto. Cafona se acha o máximo dos máximos... no reino da cafonice, reina inveja, egoísmo e um imenso vazio. O simples é o mais sofisticado, se você não nasceu para usar seda, a chita com certeza vai lhe cair bem como uma seda.

O preconceito é pai da ignorância e avô da estupidez.

Saudade
Ah, saudade!!!
Como sinto saudade, saudade de tudo!!
Saudade do avô, dos tios...
Saudade de quando tinha 15 anos
Saudade de quando meus filhos tinham 1 ano
Saudade daquela mulher que não sabia o que era dor
Saudade de quando você me beijou a primeira vez
Saudade de quando conheci o amor
Saudade de ser apenas uma menina
Sem preocupações, responsabilidades
com apenas alguns medos e angustias
Hoje tenho medos, angustias, preocupações
responsabilidades e muita, mas muita saudade
de tudo isso e algo mais...

TRECHO DE: AS MARGARIDAS DO QUINTAL DO MEU AVÔ

Você nunca entendeu o porquê eu tacava a bola com força em você, então. Não era pra te castigar, mas para te mostrar que você é tão frágil quando uma margarida. E que dependendo da força que você tacava a bola, deixava marcas, eternas. Mesmo que a eternidade da margarida durasse um dia.

VOVÓ @. COM



Raquel de Queiroz me encanta sempre que leio “A arte de ser avó”, que mais parece uma declaração de amor do que uma crônica. Além do manejo perfeito das palavras, não há como desvincular o texto da serena figura da escritora, com aquele jeito de avó. Fofinha, de óculos, sorriso complacente, meiguice e doce cumplicidade. Vovó como mandava o figurino. Como foi a minha e a de tantas vovós de hoje.
Pois é, como tudo mudou com a aceleração da modernidade, as avós mudaram também. Não no mais importante, creio eu, que é no quesito amor maternal elevado à potência dez, mas na forma como esta relação tão especial acontece entre netinhos e vovós nos tempos de @.com.
Mudaram as avós ou mudaram os netos? Inclino-me a afirmar que a mudança maior atingiu as avós. Simples, as mulheres mudaram e isso independe do grau que ocupam na hierarquia familiar. Dos vinte aos oitenta os cosméticos, a academia, o vestuário muda muito pouco. Os hábitos também. Não causaria nenhuma surpresa encontrar a avó curtindo a mesma balada que a neta, visitando a mesmas lojas de jeans, fazendo o maior sucesso nas rodinhas de conversa. Afora as experiências e histórias que compartilham com os jovens sem nenhum constrangimento. Tem ainda a confiança inabalável e o prestígio que uma avó possui com seus netos. Mãe é para educar, reprimir , colocar limites, dizer não, impedir. Vó não, esta é para defender, dar cobertura às peraltices que mãe não tolera, ouvir segredinhos (e guardá-los), alcançar aquele dinheirinho extra, comprar e dar de presente um tênis de marca que o neto nem precisava, sercúmplice do namorinho escondido e até permitir que os pombinhos se encontrem na sua casa, sem que os pais desconfiem nem em sonho. E avós modernas têm Orkut, sabem usar o computador, fumam, namoram e dirigem automóvel. São tão arteiras como os netos. Gostam de música, de filmes de ficção científica e adoram comer porcarias, de preferência no schoping. Não que não encarem a cozinha para satisfazer a gula dos marotos. Muitos bolos, chocolates e brigadeiros no melhor estilo abre-embalagens de semi- prontos, melhora a classificação da vovó no ranking e no prestígio familiar. E o que é melhor em tudo isso é que essa vó moderna é fofa também, mesmo não tendo nada de matrona ela dá colo gostoso, abriga na sua cama, faz chá de camomila e curte a dor-de-cotovelo, sempre que essa desgraça acontece com seus netos. Muitos dizem “minha vó é uma fofa”, querendo dizer querida, amorosa, parceira, macia, gostosa de conviver.
Vó é tão especial, que mesmo sendo modernas, joviais e cibernéticas, não se importam nem um pouco em dividir o espaço em sua cômoda, abarrotada de frascos de perfumes e de batons vermelhos, com porta-retratos ostentando aquelas carinhas, que só ela sabe, são o maior e mais descarado amor que uma mulher é capaz de sentir.


Maria Alice Guimarães

Minha avó anda devagar, pq ja viveu o suficiente pra saber qui a pressa nao leva a lugar nem um...

Ser avó
É um abraço constante,
Carinho que nunca acaba,
Amor que fica para sempre.

Enquanto estava na casa da minha avó, uma senhora me disse: Nunca é errado escolher. Errado é ficar com qualquer um. Nunca escolha um que fume, beba ou que fique em grupinhos. Lembre-se: Nunca é errado escolher. Escolher é certo. Quero o seu bem, por isso estou lhe dizendo isto.

Pai... Avô... capítulos de uma grande história!!! Todos dia é dia de ser pai, todo dia é dia de ser avô... dividindo experiências, construindo o sentido de ser família.

"Busque dentro de você o amor que você sente por qualquer pessoa: sua avó, seus pais, seu cônjuge, seu filho ou filha... Acolha-se nesse amor, acalme-se nesse amor e nessa condição, pense!"

Casa da Vovó

Minha avó era exatamente o que se esperam de uma avó, bem tradicional. Cabelos totalmente brancos, ancas largas e usava avental. A casa dela tinha tudo o que não tinha na minha casa, nem nas casas das minhas tias, sei lá, era só um lote típico da grande BHte dos anos setenta. Trezentos e sessenta metros de área, mas tinha tanta árvore frutífera que parecia uma chácara fincada na Cidade Industrial. Manga Ubá, cana, figo, uva, abacate, pitanga, limão, laranja, frutas e mais frutas que davam o ano inteiro. Cada fruta em seu tempo próprio faziam o lote ser um paraíso para mim, meus irmãos e meus primos.

Minha avó jamais brigava conosco quando nossos brinquedos eram suas coleções de moedas antigas, ou os trotes ao telefone que só lá tinha. Quando eu estava lá sozinho, brincava com os cães do meu tio ou me estirava no sofá que parecia tão gigante na frente da TV. O café da minha tia... Humm que delícia de café!

Minha mãe se tornou avó como minha avó. Cabelos brancos, ancas largas e eventualmente um avental. Um "fubá suado" como nunca mais experimentei. Ver meus filhos e meus sobrinhos brincando pela casa, subindo na laje, descendo o morrinho do portão, voltando em bando para comer o bolinho de chuva com recheio especial... Ontem fez um mês que elas se reencontraram na casa nova...

Resistência

Ouvi do meu pai que a minha avó benzia
e o meu avô dançava
o bambelô na praia, e batia palmas
com as mãos encovadas
ao coco improvisado,
ritmando as paixões
na alma da gente.
Ouvi do meu pai que o meu avô cantava
as noites de lua, e contava histórias
de alegrar a gente e as três Marias.

Meu avô contava:
a nossa África será sempre uma menina.
Meu pai dizia:
ô lapa de caboclo é esse Brasil, menino!
E coro entoava:
_ dançamos a dor
tecemos o encanto
de índios e negros
da nossa gente

Eu herdei muitos erros do meu avô
Mas diferente dele eu me mudo
E mesmo mudo eu faço tu sentir a dor
Do que é escrever histórias desse submundo

⁠A casa da minha avó.
Casa simples num bairro operário, muro baixo, porta de duas folhas e nela meu avô olhando para as nuvens e prevendo chuva, homem alto e forte, óculos grosso ,emoldurando os olhos azuis. sala com cortinas de chita coloridas, rádio em alto volume tocando uma moda de viola ou futebol. Minha avó na cozinha, sempre agitada e ranzinza, coitada ,nunca foi de carinhos ,talvez porque não sabia. O carinho dela era fazer o que comer ,uma polenta fresquinha, ou um doce de laranja. Meu lugar preferido era o quarto da tia, uma colcha de retalhos sobre a cama ,e uma pilha de fotonovelas e gibis. Foi ali que aprendi a ler e a viajar ,foram muitas e muitas horas por dia naquele quarto .Lá fora ,no quintal, um quarador de grama ,roupas colocadas ali para branquear ao sol, laranjeiras lima ,baia e cavalo ,um pé de uvaia carregadinho. Lugar de brincar com a irmã e primos. Mas minha lembrança mais querida era o jardim da tia. Esporinhas rosas, brancas e azuis, margaridas , flores amarelas .Um pinheiro (faia)que dava umas bolinhas espinhudinhas. Mas o cheiro e a beleza do manacá ,são das minhas lembranças aquilo que mais me emocionam.Saudades.

⁠a minha avó repete:

o tempo cura a ferida
mas não cura a cicatriz

e nenhum outro poema
de nenhum outro poeta
me falou tão alto ao ouvido

Coisas de Vovô!
Eu sou aquele tipo de avô, que esquece do mundo, não dimensiona bem as suas responsabilidades e que fica totalmente surdo às broncas dos filhos e da esposa.
Interajo as minhas emoções, e raciocino como se tivesse a mesma idade minhas netas.
Aprendi que para ser feliz, a gente precisa sair do lugar. E hoje,o meu melhor lugar é aonde estão as minhas netas.
( Nino Carneiro)