África

Cerca de 489 frases e pensamentos: África

MASSAI – O FILHO NEGRO DA MÃE ÁFRICA



É na geração dessa grande raça Massai,
Que corre o meu grande sangue africano,
Aos passos duros do meu colorido Quênia,
Vão-se as ilusões e vibrações do meu corpo,
Despindo a alma no solo agonizante e sem paz.

O meu espírito e pele gemem por amor e reinado,
Duma África esquecida e marcada por cicatrizes,
É duro não poder descansar no leito da minha vida,
Que não abastece as minhas distâncias que cruzo,
Sozinho, e com o meu Deus, eu não quero guerra.

Nem mesmo o meu cajado se levanta mais no alvorecer,
E a minha lança não domina as minas, bombardeios e fuzis,
São apenas ferramentas de conhecimento e cultura,
Que vão ao longo do mundo sem qualquer serventia,
Aos gritos do filho da tribo Massai que foge ao além.

Seria aqui o meu território com extensas lágrimas?
Onde a modernidade não alça por aqui socialmente,
Apenas escraviza a minha alegria de não sorrir,
E vou andando por aí, a procura de um novo céu,
Onde as nuvens do meu Deus me guiam na solidão.

É nesta caminhada com aflição que rumo ao horizonte,
Sem entardecer envergo os pés no único solo materno,
Da mãe África aberta com veias e sangues inocentes,
Não... Ali não soa mais o tambor da minha aldeia,
Até parece que o espírito guerreiro me abandonou.

Da caçada humana deflagrada pelos homens brancos,
A minha boca estremece de medo e sem qualquer cobiça,
E as lágrimas já não escorrem no meu rosto como dantes,
Mesmo assim, sou filho da África da grande tribo Massai,
Guerreiro solitário do meu povo, eu vou andando sem fim.

E vou subir no Monte Kilimanjaro e observar a minha vida,
Falar com o meu Deus e pedir o sangue dos antepassados,
Que correm nas minhas frágeis veias no ápice desse espírito,
Perdoando com os olhos negros o silencio que voa no vento,
Levando a cada instante o meu louvor sem um tostão no bolso.

Eu sinto que a montanha branca também se despede,
Do coração de toda a África derramando as suas lágrimas,
Talvez seja o aquecimento global imputado aos brancos,
Do mais belo paraíso que satisfaz todos os africanos,
De onde eu posso gritar do seu topo o meu Adeus.

Porém, revejo que as esperanças são vencidas pela força bélica,
E minha lança já ultrapassada é a minha ferida que adormece,
Não une esforços com a modernidade que me sacoleja,
Do leste Africano, trago as lembranças do meu Éden,
Que se perdeu nas longas influências dos tiranos.

Não sou mais um guerreiro que luta em defesa,
O imperialismo das grandes nações sufoca-nos,
Absorvendo nos olhos a exploração capitalista,
Na corrida multimilionária da riqueza natural,
Marginalizando a minha cultura milenar.

Isto é o capital avarento de benesses pra perdoar dívidas,
Do qual o povo Massai e outras tribos não constituíram,
Por isso, vou subir no Kilimanjaro e rever a minha vida,
E peço-lhes que não façais do povo Massai o sacrifício,
Assim como Ruanda que emanou sangue como fel.

Eu acho que do alto do Monte Kilimanjaro, o sonho acabou,
Para cada lado que olho, vejo em cada fronteira um absurdo,
Da Etiópia, Somália, Oceano Índico, Tanzânia, Uganda e Sudão,
Vejo que não me resta nem mesmo o Lago Victória, tão longe,
Talvez, este poderia afagar o meu tormento nas profundidades.

O mundo não é mais o mesmo dos meus ancestrais,
A guerra, a fome, as pestes são frutos do homem branco,
Invadindo o meu ser que espanca a minha liberdade,
E saiba que eu não conheço outra forma de viver sem o gado,
Que campeiam nas gramas desérticas do meu coração.

Eu sou o homem negro abatido na minha própria África,
Porém, revejo que a esperança é vencida pela força bélica,
E minha lança já ultrapassada é a minha ferida que adormece,
Vejo que nem o meu cajado se levantar mais no amanhã,
E a minha lança afiada não vence as minas e nem os fuzis.

Inserida por Shallkytton

Dói-me o Tibet


Hoje dói-me o Tibet
como me doí a Galiza
ou como me tem doído
a África e os meninos.

Hoje dói-me o Tibet
e minhas lágrimas
rasgam meus olhos
num profundo desejo
de ser Oriental.

Hoje dói-me o Tibet
porque o Tibet sou eu
e dói-me também
porque me dóis Tu.


Concha Rousia
Santiago de Compostela
2 de Abril de 2008

Inserida por anaferreira

ÁFRICA – SEM FREIOS

Novos ciclos demarcam os eixos da sobrevivência humana na dura passagem de Ano Novo, e o homem ainda trilha nas faces angustiadas das crianças africanas no monopólio das maiores mazelas duma pobreza.

Inserida por Shallkytton

Assim como as chuvas na Africa, vai levar algum tempo, eu poderei levar um tempo pra te conquistar mas, eu sei que vale a pena lutar por você

Inserida por palavrasdeumser

Se o berço da humanidade está na África, por que há tanto neguinho aí racista?

Inserida por SAINTCLAIRMELLO

Se a sua alto-estima anda em baixa? Imagine como andam as pessoas da África ou do Haiti. Ou mesmo alguma família carente aqui no Brasil. Sobrevivendo em meio a miséria que a prostituição política promove. Pense bem nisso...

Inserida por LLSantos

"A seleção da África é composta pelos melhores jogadores da África"

Inserida por dedevital

Mama Africa


Cores, pessoas, animais
Não sei onde estou, mas sei que é fugaz
Sons, ruídos, choros
Parece estranho, mas me acostumo aos poucos.
Dor, Sofrimento?
De onde vem esse tormento?
Quero poder ajudar
Mas não sei por onde começar
Escuto então uma canção
Quem diria vem dessa nação!
Nação sorriso nação esperança
Vejo isso nos olhos daquela criança
Penso então no porquê de tanta dificuldade?
Será porque não se tem igualdade?
Matar pra quê?
Se o melhor da vida é viver!
Se recuperando aos poucos percebo
Que toda esperança vence o medo
Essa nação que tanto amo
Mama África eu a chamo.

Inserida por JessicaMello

Angola meu país, África meu monumento.

Inserida por Kanhanga

ALMA DA ÁFRICA,ALMA DO BRASIL

A narrativa de Antonio Olinto em seus romances africanos começa, em A casa da água, como uma enxurrada. Não há introdução, preparativos, prolegômenos. O leitor literalmente mergulha, já na primeira frase, em uma enchente. É a metáfora que conduz o discurso, uma recuperação moderna da narrativa sinfônica. Olinto escreve como quem conta uma história ao pé da fogueira na noite da África ancestral. Enumera os usos e costumes, o sincretismo religioso, os procedimentos curativos, o folclore, o cotidiano das casas e das ruas, mas principalmente localiza o leitor, pondo e transpondo pessoas, com enorme habilidade, em lugares de aqui e de acolá, do Piau a Juiz de Fora, do Rio à Bahia, do Brasil à África. Mas, se o espaço tem destaque na linguagem, o tempo é etéreo. Tempus fugit. A primeira referência temporal só se dá por volta da página 200, quando se menciona a guerra. "Mariana achava ingleses, franceses e alemães tão parecidos, por que haveriam de brigar, mas deviam ter lá suas razões." Somente ao final do livro uma tabela de datas vai esclarecer de que tempo histórico se está falando. E aí está: o tempo cronológico não tem importância.

Os achados de linguagem são tocantes. Logo à página 20, damos com esta preciosidade: "As mulheres ficaram com receio de olhar para fora e puseram os olhos no chão, Mariana, não, Mariana comeu o prazer de cada imagem." À página 58, outra: "Maria Gorda pegou-a no colo, começou a falar, tinha uma voz boa e gorda também." E à página 64: "A alegria dominou durante outra semana ainda o navio, mas foi-se diluindo em pedaços cada vez maiores de silêncio." É a voz soberana do narrador, simples, despida e precisa, fazendo um registro. Sem avaliações morais ou moralistas. O padre José que bebe cachaça, a matança cerimonial, a fornicação sem vergonhas. O livro é a pauta da vida. Desenvolve-se. Evolui, como um navio que avança pelas ondas franjadas. O livro é a vida, em seu processo, sujeitando as pessoas pela tradição, cultura, pela dinâmica própria. Um relicário da prodigiosa observação desse autor que funde ficção e memória em uma liga só, emocionante
A Casa da água foi lançado em 1969 e serviu de esteio para os outros dois livros da trilogia (O Rei de Keto e o Trono de Vidro). A análise da alma africana, e por extensão da alma humana, é preciosa, no texto de Antonio Olinto. Mas não está em fatos pitorescos ou nas anedotas. Está nos refrões, pregões, imprecações. Vejam esta frase: "Ele tinha boa cara, os lábios, grossos e fortes, formavam um sorriso lento, que demorava a se formar e demorava a se desfazer." Outra: "O pai revelou-se um homem baixo e muito gordo, a boca se esparramava como a de um sapo, ria uma risada enorme e demorada."
A trilogia do acadêmico Antonio Olinto é um compêndio sobre costumes de um povo que passou muitos anos lutando para manter a sua identidade. Assim, a pretexto de falar da alma da África, o autor fala da alma do Brasil. O fio condutor é Mariana, errante e errática, miscigenada e híbrida, suspensa entre dois mundos, como a água do mar, a água da enchente, nessa torrente de vida. Mas uma mulher firme, empreendedora, justa. Uma brasileira. A frase de Mariana, ao batizar a sua loja, comprada com o trabalho de uma vida, de Casa da água, foi esta: "É que eu comecei a ser eu depois que fiz um poço." Anos mais tarde, ela diria (página 59 de O Rei de Keto): "A coisa mais importante que fiz foi abrir um poço em Lagos quando era moça." Quanta densidade em duas frases!
Aqui e ali, a voz do autor se deixa evidenciar, numa cuidada intervenção da primeira pessoa. São apenas dois ou três verbos em cada volume, com desinência voltada para o eu. Artifícios de um habilidoso processo de construção da narrativa.

A um homem que viveu a África, como adido cultural na Nigéria, escolho a boa tradição iorubá, e termino este artigo com um oriki, como faz o autor no seu romance: ó Antonio Olinto, tu que ensinas a ver e a julgar, que estás no teu merecido lugar no cenáculo da Academia Brasileira de Letras, que escrevas muito e que teus escritos sejam recebidos com alegria pelos nossos corações, para sempre. Porque tua obra, nobre escritor, é como tu: tem a energia do trovão, a sabedoria dos nossos ancestrais e a serenidade do mar calmo.



Jornal da Letras, edição de setembro de 2007

Inserida por fraseschalita

Sou negro
meus avós foram queimados
pelo sol da África
minh`alma recebeu o batismo dos tambores
atabaques, gongôs e agogôs
Contaram-me que meus avós
vieram de Loanda
como mercadoria de baixo preço
plantaram cana pro senhor de engenho novo
e fundaram o primeiro Maracatu

Depois meu avô brigou como um danado
nas terras de Zumbi
Era valente como quê
Na capoeira ou na faca
escreveu não leu
o pau comeu
Não foi um pai João
humilde e manso
Mesmo vovó
não foi de brincadeira
Na guerra dos Malês
ela se destacou

Na minh`alma ficou
o samba
o batuque
o bamboleio
e o desejo de libertação

Inserida por nanahh

A modernização da África, com a construção de portos, estradas, ferrovias, foi o cemitério de milhões de africanos.

Inserida por JulianaBG

O oceano que banha o Brasil é o mesmo atlântico que se debruça na áfrica, que corre pelas praias de Portugal, é o mesmo, mas com características totalmente diferentes, mais quente, mais frio, suas ondas são mais agressivas, calmas, escuras ou transparentes...e a população destas costas, encostas, ilhas, penínsulas, continentes, estão acostumadas ao seu - particular - oceano atlântico O amor é assim. Parece ser basicamente o mesmo, faz chorar, faz é mais quente, ou mais frio, agressivo ou calmo, transparente ou não. Mas é diferente em cada corpo, em cada coração em cada cérebro, em cada pensamento e em cada ação. Ele é único para cada um. Pois é o conjunto de encontro e desencontros, sorrisos, olhares e desvios de olhares. Então nunca compare, apenas ame e deixe que este mar de emoções e sentimentos te levem ao doce sabor de suas ondas. Mas também é totalmente diferente do mar salgado porque esta imensa massa de água é incontrolável, é inconstante, o amor não pode, não deve ser assim, pois pode ser controlado (ou domado) pelo próprio amor que o reflete. Uma cara braba se transforma quando refletido em um sorriso, uma lágrima acha conforto em um abraço, um beijo cala um desaforo e sela um entendimento. O amor e o oceano são forças imensas, mas o mesmo poder devastador de ambos pode e deve gerar energia boa, limpa, agradável e sobretudo, comprometida.

Inserida por andresaut

Sabe o que que é palavrão ?
É ver pessoas morrendo de fome na Africa, é não ter camas em hospitais, é a corrupção, é animais sendo mortos por vaidade, é crianças sendo abortadas, é o pai abusando sexualmente de sua filha menor de idade, é pai jogando sua filha da janela.

Inserida por BrunaLourencoRibeiro

A fome nunca matou a Africa, mas a gula dos povos tem trazido ruína ao mundo..

Inserida por CONDIOLOV

Vai falar Foco Força, Fé & Felicidade pro povo da África.

Inserida por MichaelMotta

Estima-se que a cada cinco segundos morre uma criança de fome na África. Quando você para pra pensar na vida, outras morrem, quando tira tempo pra sonhar, sonhos acabam. Não que a vida seja injusta, mas a cada dia contribuímos para isso.

Inserida por AfonsoAllan

“‘Todos nós conhecemos uma doença na África Central chamada de doença do sono. O que precisamos saber é que existe uma doença semelhante que ataca a alma — e que é muito perigosa, porque se instala sem ser percebida. Quando você notar o menor sinal de indiferença e de falta de entusiasmo com relação ao seu semelhante,fique alerta! A única maneira de prevenir-se contra essa doença é entendendo que a alma sofre, e sofre muito, quando a obrigamos a viver superficialmente. A alma gosta de coisas belas e profundas.”

“Teriam que abrir mão de tudo mais, tendo eu a pretensão de ser seu padrão único e exclusivo.”

“Bendito aquele que consegue dar aos seus fi lhos asas e raízes”, diz um provérbio árabe.Precisava das raízes: existe um lugar no mundo onde nascemos, aprendemos uma língua, descobrimos como nossos antepassados superavam seus problemas. Em um dado momento, passamos a ser responsáveis por este lugar. Precisava das asas. Elas nos mostram os horizontes sem fim da imaginação, nos levam até nossos sonhos, nos conduzem a lugares distantes. São as asas que nos permitem conhecer as raízes de nossos semelhantes, e aprender com eles.”

"Mas a lenda é mais importante do que a realidade."

"Quando você é jovem, tem sempre o mesmo sonho: salvar o
mundo. Alguns terminam esquecendo isso rápido, convencidos de que existem outras coisas importantes para fazer — como constituir família, ganhar dinheiro, viajar e aprender uma língua estrangeira.Outros, entretanto, decidem que é possível participar de algo que faça uma diferença na sociedade e na maneira como o mundo de hoje será entregue às próximas gerações.

Inserida por rithelydias

Vocês verão que o míssil War irá destruir a África

Inserida por crislambrecht

Safaremos para África.
Procuremos um Safari!
Para que?
Safaremos...

Inserida por eagorajose