Afogado
As vezes me sinto um messias, afogado num mar de dor, aniquilando-se a si mesmo em busca de reconhecimento utópico. As vezes me sinto um messias que ouve as dores de amor dos outros, mas vive sufocado em uma prisão de sentimentos nunca correspondido.
Um messias humano e mortal, feito de carne, osso e dores que corroem a alma, com o desejo de um único milagre nunca concedido. Um messias medíocre que vive a angustia de não ser um Deus em sua santidade plena, e mais medíocre ainda, por não ser humano o suficiente para viver o pecado da carne ao lado de um amor.
As vezes me sinto um messias desacreditado, que até mesmo o direito a cruz já o foi negado, e hoje vive sem um sentido, perdido como uma alma presa entre o céu e o inferno.
Um messias que recebeu como paraíso um vale de solidão e restos de carne podre, extraído do próprio coração. Um messias composto de lixo humano que possui uma só certeza, este ser messiânico não passa de um nada.
Quero morrer afogado em minhas próprias lágrimas
Não dá, não deu, não aguento, olha, sem você minha vida é uma lastima
São essas lágrimas que o meu coração derrama por não ter você
Elas caiem agora, ou melhor a todo o momento, e perguntam onde esta você ?
Penso na solução, mas você é a solução
Não sei o que faço, esta em pedaços meu coração
Sem você meu coração chora
É dor que vai e vem toda hora
Mergulho no rio da solidão
Onde me afogo em ilusão
São tantos gritos Disfarçados em risos
- O que aconteceu com o garoto alegre que você era?
- morreu afogado com as palavras que ele nunca disse
Cada dia estou afogado na solidão, tristeza, raiva sem saber o motivo, fraqueza extrema nos sentimentos, detesto a mim, detesto ter que cada vez que eu falo com meu pai, ou minha mãe, ter que esconder minha face verdadeira, não consigo chorar pois meus olhos já estão secos na tristeza, uma tristeza que seca até a terra mais fértil que possa existir, só estou a escrever essas palavras porque não consigo me expressar, cada vez que tento faze-lo é como se à tristeza vedasse minha boca pra guarda-lá somente para mim, sofrerei mas sofrerei sem trazer essa dor a ninguém que possa fazer algo, prefiro me ferir, ao invés de ferir a eles.
existe dentro de nós um oceano possível de ser desbravado se viver nos enganos, pode morrer afogado se souber mergulhar nesse mundo e no urbano, pode ser um ser humano iluminado...
E eu havia enchido de dores, me afogado em amor; sentia a falta de algo: eu mesma.
Quero ser eu, não mais uma cópia dos seus antigos amores.
Enquanto vejo o barco passar
Morro afogado sem saber nadar
Mirando o destino que queria ir
No rastro do barco que me deixou aqui
Agora ele atraca em outro lugar
Âncora de esperança me fez afundar
relatos de um ex-marinheiro afogado
em seu complexo redor todo naufragado
destinos que havia sonhado
sua alma ali havia deixado
Atlântida, seu oásis enquanto cai
com um profundo abismo se distrai
belas palavras a alguém que nunca vai
reluzir o amor jamais vai
Netuno, rei dos mares, por onde Tu se escondes?
aos prantos do marinheiro, por que Tu não respondes?
êxitos conquistados por conta dos tremores
falta de fé será a harmonia de seus clamores
as águas vão afogando o ser
mas nunca acabarão com as suas dores
as águas matam o ser
mas ele sempre viverá por seus amores
Não faça de sua vida um mar de sentimentos ruins para depois não morrer afogado na saudades da sua solidão.
com prioridade disse sem errar.
*
Sujeito passivo afogado em um copo de melancolia. Fervem tempestades dos teus olhos, chuvisca, sim, e pisca desatentamente ao lacrimejar eufórico. Disse pouco, mas, falou tudo o seu poema sem descrição. Alienígenas em sua porta, "e, da sacada sacou tudo ao seu redor.".
*
Ricardo Vitti
_ Palavras traidoras...
_, sentimentos tardios_
_palavras que surradas...
Gritos que são afogados...
Espaços diferentes para palavras se perdem no vasto sentido...
Esqueci porquê ainda sinto falta de você.
Nos lábios rachados do sol lembrei da época que chovia todavia...
Seria bom... Ainda sim seria de madrugada...
O galo cantando sua vertente a sangria da panela de domingo...
Despedida alegres nos conformes...
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